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Pov Marília

Acordo com um barulho alto vindo do quarto do meu filho, quando olho ao redor da cama e não vejo meu pequeno, começo a me desesperar. Levando rapidamente e pego qualquer coisa para bater, caso alguém tenha entrado na minha casa. Mas quando entro no seu quarto, e vejo Maraisa colocando o pequeno no berço, eu me acalmo.

- Puta que pariu, Maraisa - Falo nervosa.

- Eu troquei a fralda dele, e coloqu- Ela começa a falar mas para quando me vê com um objeto afiado nas mãos - Espera... você ia me bater?

- Sim, quer dizer não... não em você, só caso fosse um ladrão, ou algo do tipo.

Maraisa começa a rir baixo e sai do quarto, me puxando pelas mãos para fazer o mesmo, fechando a porta atrás de si.

- Ainda está de noite, Lila - Ela fala me olhando - Pode descansar, eu vou olhar ele.

- Você não precisa...

- Mas eu gosto de cuidar dele, Lila.

- Ele não é seu filho... - Falo desanimada - Você não tem obrigação com isso.

Tento voltar para o meu quarto, mas Maraisa entrelaça as nossas mãos e me puxa, para olhar nós seus olhos.

- Não fica na defensiva comigo, Lila - Ela sussurra para não acordar o pequeno - Eu não estou fazendo nada por obrigação, até porque não teria necessidade. Eu estou fazendo porque eu gosto de cuidar do Leo... e de você também.

Estou tão acostumada a ser mãe solteira, a fazer as coisas sozinha, que quando recebo uma mínima ajuda, me sinto culpada e que estou atrapalhando.

- Desculpa... - Falo cabisbaixa - Eu só... não quero te precionar a ficar e me ajudar.

Ela revira os olhos e entrelaça as nossas mãos, me levando novamente para o meu quarto. Quando eu me deito na cama, Maraisa se encaixa no meu corpo, deixando a sua cabeça perto do meu pescoço. Meu corpo se arrepia quando sente a sua respiração quente, batendo contra a minha pele.

- A gente dormia juntas assim - Maraisa fala com a voz rouca - Você sempre dormia primeiro.

- É...

- Lila... posso te fazer uma pergunta?

- Pode...

Ela não fala de imediato, mas fica pensativa, olhando para mim.

- O pai do Leo... é o Murilo?

Não respondo, apenas respiro fundo antes de continuar.

- Ele é o genitor - Respondo sem olhar nós seus olhos - Ele nunca vai ser o pai do meu filho.

- Tudo bem... - Ela concorda me abraçando com força.

- Isso importa para você, Mara?

- Não... ele é muito bonito - Maraisa se apoia no cotovelo para me olhar melhor - Talvez toda a beleza dele, tenha vindo de você.

- Toda a beleza veio de mim? - Pergunto rindo.

E ela concorda com a cabeça, rindo baixinho, com seus olhos totalmente focados na minha boca.

- Acho que é melhor irmos dormir, Mara... - Tento afastar ela devagar, mas Maraisa não parece querer sair de perto.

Maraisa fica me olhando como se estivesse hipnotizado em um transe, paralisada, com as mãos na minha barriga, acariciando devagar.

- Mara... - Chamo ela novamente - Vamos dormir...

- Vamos... - Ela sorri fraco e parece acordar desse transe.

Revenge (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora