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Pov Maraisa

- Jantar? - Pergunto para Lauana - Mas eu não quero jantar agora.

- A Lila preparou para vocês duas - Lauana explica fechando meu vestido - O que custa ir?

- Eu não estou sentindo fome...

- Mas você vai com fome ou não - Ela fala irritada, e me vira para ela - E talvez tire aquela chatice dela.

- Ela não vai querer ter nada, tem medo de me machucar.

- Duvido que com você assim, ela não queira ter nada - Minha amiga me mostra no espelho - Só a barriga que está um pouco pontuda.

Eu estou com um vestido vermelho de franjinhas, meus seios estão ficando sensíveis e mais bonitos. Mas uma única coisa que me preocupa é a barriga, ela não deveria estar desse tamanho, deveria estar menor, sei disso, eu acompanhei a gravidez da minha irmã.

- Mara... posso te fazer uma pergunta?

- Claro que pode.

- A barriga não deveria estar menor? - Ela pergunta apontando para a minha barriga através do espelho.

- Não... - Nego com a cabeça - Está no tamanho certo, completo certo.

- Tudo bem...

Balanço a cabeça para tirar esses pensamentos e vou até o meu filho que está sentado na cama, mordendo o seu brinquedo e assistindo o desenho na TV.

- Leo... isso é sujo - Falo tirando o brinquedo da sua boca - Não pode.

Ele fica bravo comigo e arranca a sua mão da minha, totalmente nervoso. Leo não é assim comigo, na verdade ele não é assim com ninguém, mas depois que eu descobri que a inseminação deu certo, ele começou a ficar bravo comigo, manhoso, não quer ir para o meu colo, só dorme com Marília, e só quer ficar com ela.

- A mamãe já está indo, Leo... - Chamo a sua atenção.

Ele olha para mim e ignora, voltando a sua atenção para a televisão, me deixando completamente sensível.

- A mamãe te ama, amor - Sussuro baixinho para ele - Não fica assim comigo não.

Ele não liga novamente, decido desistir de ter a sua atenção, mas deixo um beijo na sua cabeça, antes de me despedir da minha amiga e ir ao encontro da minha amada. Desço para o Hall do hotel, e fico esperando a minha mulher, quando olho em volta, vejo alguns fãs, na porta do hotel, e me pergunto se eles realmente não tem outro lugar para ir.

Marília começa a demorar, e eu fico cada vez mais preocupada, não gosto desses atrasos, tenho medo de acontecer alguma coisa.

- Oi, Mara - Escuto uma voz familiar - Não sabia que você estava em São Paulo.

Quando me viro, encontro Danilo, sorridente para mim, e todo engomado, como sempre.

- Oi... - Sorrio simpática - Como você está?

- Estou bem, em viagem de negócios, mas bem.

- Você parece bem - Dou de ombros - Está mais bonito que antes.

- Você sempre foi muito bonita - Ele fala sorrindo - E eu sempre te disse isso.

- É... eu estou esperando a Lila.

- Enquanto ela não chega, você não quer ir comigo, tomar um vinho, ali na adega do hotel?

- Eu não estou bebendo...

- Então a gente fica lá conversando - Danilo dá de ombros - Falar sobre a vida.

Olho ao redor e não encontro a minha noiva, nem o seu carro. Danilo sempre foi um bom amigo, ele só tomou uma atitude errada, assim como todos as outras pessoas que estavam na minha vida, naquela época. Vou junto com ele, e a adega é imensa, poucas pessoas ao nosso redor, mas ficamos sentados em um dos sofás que tem ali.

Revenge (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora