🐺|Capítulo 17.

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         Stanley Uris|Point of view.
                  Hawkins, Indiana.

─ O que é isso? -Perguntei curioso, me aproximando de Boris.

─ Ah. Isso aqui? -Me olhou, parecendo pensar no que dizer.

─ É, isso ai. -Levantei as sobrancelhas.

─ Isso aqui... -Soltou uma risada nasal. ─ Isso aqui é um chá.

─ Chá? -Franzi o cenho confuso, sem entender. ─ Chá de quê e pra quê? -Bisbilhotei a leiteira.

─ Você é curioso demais em. -Levantou as sobrancelhas e cruzou os braços. ─ É um chá de alface. -Soltou uma risada nasal e se encostou no balcão.

─ Chá de alface? Nunca ouvi falar. -Franzi o cenho. ─ Pra quê ele serve? -Perguntei curioso.

─ Ele... ajuda a dormir. -Sorriu.

─ Nossa, então eu vou querer um pouco também, tô precisando. -Soltei uma risada nasal.

─ Ixi, cê quer é? -Coçou a nuca. ─ Então... mas ele dá bastante sono, tá?

─ Melhor ainda, faz dias que não durmo direito. -Mordi o lábio inferior.

─ Então tá bom. -Deu de ombros e apagou o fogo. ─ Pega duas xícaras ai, vai.

─ Muleque folgado você. -Falei resmungando e fui até o armário, peguei duas xícaras e voltei até o balcão.

─ Isso ai, obedeça à mim, escravo. -Ele falou e eu ameacei jogar a xícara nele, ele riu.

Ele encheu as duas xícaras com o tal chá, logo buscou o açúcar no armário e adoçou.

─ Só avisando que eu não sei se isso é bom não em, vi na internet. -Sorriu de canto.

─ Muito bom você dizer isso quando eu já estou com a xícara na mão, é reconfortante, Boris. -Ironizei e ele soltou uma risada nasal.

Cheirei o tal chá, e puta merda, tinha cheiro de morte.

─ Bebe você primeiro... -Sorri como quem não quer nada.

─ Então tá jóia. -Ele assoprou mais um pouco e logo começou a beber o chá.

Levantou as sobrancelhas e me encarou, o encarei de volta, esperando.

─ Nossa... é bom! -Soltou uma risada nasal e começou a virar a xícara de uma vez, arregalei os olhos.

─ Menino, tá quente!

─ Não tava mais. -Deu de ombros e colocou a xícara na pia. ─ Agora bebe você.

Olhei para a xícara, vendo aquela água cor de mijo.

─ Não posso voltar atrás? -Fiz um bico.

─ Vai logo Stanley, bebe isso ai. -Soltou uma risada nasal.

Bufei e dei o primeiro gole, quase vomitando ao sentir o gosto da bebida.

─ Que nojo! -Falei tapando a boca, tentando não vomitar. ─ Isso é bom onde, Boris?! -Deixei a xícara em cima do balcão.

─ Quanta frescura, mo docinho. -Levantou as sobrancelhas.

─ Seu paladar já tá queimado de tanta bebida, só pode. -Balancei a cabeça. ─ Urhg! Que horrível! -Resmunguei enquanto limpava a boca.

─ Vira de uma vez que é menos pior. -Se aproximou e pegou a xícara. ─ Vai, toma aqui. -Estendeu a xícara para mim.

─ Nem pensar. -Neguei com a cabeça.

Era pra ser só umas férias de verão! Onde histórias criam vida. Descubra agora