🐺|Capítulo 37.

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       William Denbrough|Point of view.
                      Hawkins, Indiana.

Meu deus, eu gostei disso?

Eu estava nesse momento em completo surto e confusão.

Stanley havia me dado um beijo, e eu havia sentido coisas estranhas da qual eu não faço ideia.

Por que raios ele me beijou?!

Balancei a cabeça freneticamente, me sentindo totalmente confuso.

Olhei em direção onde Stanley tinha ido, vendo-o perto da mesa de bebidas.

Neguei com a cabeça e desviei o olhar, voltando à olhar para frente.

Fitei um ponto fixo no chão e levei as mãos até minha cabeça, as deixando paradas lá.

─ M-m-me-meu de-deus. -Eu falei com mais dificuldade que o normal pelo nervosismo.

Ri baixinho de desespero, afundando meu rosto em meus joelhos.

Ele me beijou...

Meu melhor amigo beijou minha boca.

Eu não poderia estar mais confuso do que agora.

Olhei novamente em direção ao Stanley, o mesmo que parecia querer chorar naquele momento. O conhecia bem demais.

Eu queria ir lá, mas eu mal conseguia abrir a boca por não saber como havia me sentido com sua atitude.

Talvez se...

Me levantei e fui em direção à ele, caminhando até a mesa de bebidas.

Stanley se virou de frente para mim assim que notou minha presença, abriu a boca para falar algo mas eu o interrompi.

Juntei nossos lábios em um selar demorado, da mesma forma que ele havia feito comigo, o pegando de surpresa.

Me afastei e o encarei, vendo-o totalmente surpreso e confuso.

Franzi o cenho, tentando entender o que eu estava sentindo.

─ Bill, eu- -O interrompi, deixando novamente outro selar em seus lábios.

Stanley me afastou, nossos olhares em confusão recíproca.

─ Você realmente..? -Ele perguntou, me fazendo ficar com um ponto de interrogação na cara.

─ E-e-eu não s-sei? -Franzi o cenho e ele fez o mesmo.

─ Por que me beijou? -Ele perguntou.

─ P-po-por que v-vo-você me b-beijou? -O respondi com uma pergunta.

Ambos ficaram em silêncio, se encarando.

Eu havia o beijado porquê na minha cabeça eu saberia dizer o que estava sentindo se sentisse outra vez.

Não funcionou.

─ Você não está com raiva? -Indagou e franziu o cenho.

─ Não. -Respondi e neguei com a cabeça.

Stanley que me encarou com um ponto de interrogação no rosto dessa vez.

─ Bill, eu não tô entendendo, você tá me deixando confuso. -Coçou a nuca.

─ Eu t-t-também estou. -Neguei com a cabeça e respirei fundo.

Me afastei um pouco dele e passei a mão pelo meu cabelo, sem saber o que falar.

Depois de um tempinho de silêncio, Stanley resolveu falar.

─ Olha, desculpa. -Respirou fundo e me encarou, o encarei de volta. ─ Eu não sei porquê te beijei... -Desviou o olhar para suas mãos. ─ Eu acho que... não sei... no momento eu só achei que tivesse um clima e... -Limpou a garganta, notei suas bochechas ficarem vermelhas. ─ Desculpa, Bill.

Era pra ser só umas férias de verão! Onde histórias criam vida. Descubra agora