🐺|Capítulo 45.

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              Stanley Uris|Point of view.
                      Hawkins, Indiana.

Bufei e me virei para o outro lado, estava completamente inquieto.

O sono todo que eu tinha antes fez o favor de ir embora, agora eu parecia um idiota acordado enquanto todo mundo dormia.

Me sentei na cama e bufei, esfreguei minha testa e me levantei.

Sai do quarto devagar, tomando cuidado para não fazer barulho e acabar acordando os outros.

Andei pelo corredor e logo desci as escadas, indo para a cozinha.

Fui até a geladeira e peguei uma garrafa de água, botei um pouco no copo e bebi.

Guardei a garrafa de novo e fechei a geladeira, logo em seguida fui até a pia deixar o copo lá.

Senti meu corpo gelar quando senti algo atrás de mim, meu coração disparou de medo.

Me ferrei.

Me virei rapidamente e estava prestes a gritar por socorro quando alguém tapou minha boca.

─ C-ca-calma, sou eu. -Bill falou, me fazendo soltar um suspiro de alívio.

─ Você pretendia me matar? -Falei quando ele tirou a mão da minha boca.

─ Desculpa. -Coçou a nuca.

─ Que que cê tá fazendo aqui? Achei que estivesse dormindo. -Perguntei.

─ Não c-consegui. -Respirou fundo.

─ O que aconteceu? -Indaguei preocupado, ele parecia tenso.

Ele me encarou em silêncio, atitude que me fez franzir o cenho em confusão.

─ Bill?

Fui pego completamente de surpresa por um beijo repentino de Bill.

Fiquei imóvel por alguns segundos, tentando raciocinar o que estava acontecendo.

Assim que finalmente entendi, suspirei e fechei meus olhos, levando a mão até sua nuca e retribuindo aquele beijo.

E meu deus... nem nos meus melhores sonhos eu esperaria por isso.

Ainda mais o Bill que é igual uma porta.

Ele se afastou do beijo lentamente, abri meus olhos e olhei nos seus.

Silêncio.

Ambos estavam com o olhar fixo um no outro, acho que estávamos tentando entender o que havia acabado de acontecer.

─ Vo-v-você- -Bill estava prestes a dizer algo mas eu o interrompi, tomando seus lábios em outro beijo.

Ele retribuiu rapidamente, levando sua mão até minha bochecha.

Levei a mão até sua bochecha também e acariciei suavemente a mesma.

O beijo era calmo, apesar de muito intenso. Bill parecia querer isso tanto quanto eu.

Eu quem pedi passagem para a língua, vendo que Bill não ia ter coragem de fazer.

Ele cedeu rapidamente, fazendo o beijo se tornar ainda mais intenso, porém nada malicioso.

Por incrível que pareça era um beijo cheio de sentimentos, um beijo calmo e ao mesmo tempo completamente necessitado. Muita informação.

Ele acariciava minha bochecha de forma suave, ato que fazia meu corpo inteiro se arrepiar e uma vontade enorme de sorrir tomar conta de mim.

Era pra ser só umas férias de verão! Onde histórias criam vida. Descubra agora