Capítulo 46

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POV Aléxia

Ao chegarmos à sede, Martel foi levado para a sala de interrogatório e Any ia se dirigir para lá quando o Hasmiro a impediu.
_Any, hoje não...
_Por que não? Eu estou bem chefe e você sabe que não tem ninguém melhor para...

_Você está muito envolvida e passou por muito hoje, além disso você sabe que o fato dele te conhecer vai fazer com que ele tente te atingir, você sabe disso! Fique aqui fora e me fale na escuta enquanto assiste ao interrogatório, por favor. – ele diz e eu seguro a mão de Any  a apertando para confortá-la, sei que ela detesta demonstrar fraqueza.

_ Certo, eu vou ficar mas se eu achar que devo eu entro, tudo bem? Acendo a luz vermelha para pedir autorização, ok?- ela diz e vejo que ela não vai ceder em mais nada.

_Tudo bem Any, se você acender e eu achar que está apta, eu autorizo, vou mover a cabeça e você entra com o comportamento contrário do que eu estiver tendo, combinado? Max, quero o máximo de informações sobre Martel, quero saber tudo, até com que pé ele pisou primeiro hoje ao acordar!

_Não quer saber a cor da cueca dele? - Max pergunta em tom de provocação.

_Não preciso, por quê,  você quer saber? - ele revida no mesmo tom e dá uma  piscadinha pra ela já entrando na sala, deixando-a boquiaberta.

_Vocês viram isso? Ele brincou e piscou pra mim? Eu vi certo? Que fenômeno aconteceu pra esse homem mudar assim?

_Fenômeno Cris- eu digo baixinho e elas arqueiam as sobrancelhas em questionamento.

_Depois eu explico!

Entramos na sala ao lado da sala de interrogatório e  Max foi pra sala dela para investigar tudo sobre o Martel.

“_Olá senhor Martel, como está, trataram bem  do senhor em nossas humildes acomodações?”

Ouvimos Hasmiro começar a falar com Martel através do autofalante da sala onde estamos.

“_Oh, sim senhor Hasmiro, me trataram muito bem, até água eu recebi, vejam só! Apesar que eu sei que o motivo não foi a gentileza e sim pra recolher meu DNA...”

Olho pra Any e ela está com a expressão preocupada, refletindo exatamente o que constatei e pelo que vejo Hasmiro também, ele nos conhece a todos, sabe nossos nomes, nos resta descobrir o quanto ele sabe de nós  e se esse conhecimento se atém somente a ele ou os outros também sabem, e o que sabem exatamente...

“_ Vejo que nos conhece senhor Martel, então acredito que já sabe qual é o objetivo da nossa investigação, sugiro que você comece a falar para que sua situação não se torne pior do que já está...

_Ora senhor Hasmiro, eu sei que não vou ficar aqui por muito tempo, seja de uma maneira ou de outra, por isso não vou falar nada, vocês não merecem nenhum tipo de ajuda”

Martel passa a mão em seu pescoço e noto que ele está suando apesar do ar refrigerado na sala estar ligado...

Vejo Any apertar o botão da luz vermelha e Hasmiro olha  em nossa direção interrogativamente, já que não dá pra ele nos ver através do espelho em que  estamos por trás  e Any  vai até nosso armário de medicamentos que temos em todas as salas que são contíguas às salas de interrogatório e tira de lá um frasco que não consigo identificar , sai rapidamente da sala entrando quase que imediatamente na de interrogatórios, surpreendendo tanto Hasmiro como Martel. Any usa exatamente o elemento surpresa para pular em cima de Martel e  empurra dois comprimidos pra dentro da boca dele o imobilizando e fechando sua boca e nariz para que ele engula, nos deixando todos atônitos.

_Chefe, mande examinar a água, Martel foi envenenado!

POV Ananya


Assim que percebi que Martel ia morrer para não falar e vi que ele já apresentava sinais de envenenamento por monofluoracetato de sódio, pois notei que ele começou a suar sem motivo aparente, já que o ar estava ligado e vi pequenos espasmos no seu rosto, precisei agir rapidamente pegando comprimidos de carvão aditivado que ajuda a absorver e retardar mais os efeitos do veneno até que seja admisnistrado o antídoto correto. Agora estou aqui no nosso ambulatório de pronto atendimento esperando o belo adormecido acordar,enquanto leio as informções que Max conseguiu sobre ele. Ouço um pequeno murmúrio e o vejo tentar abrir os olhos piscando por causa da luz da luminária que eu deixei  direcionada  de propósito para seu rosto com o intuito de fazê-lo sentir incômodo nos olhos, preciso desestabilizar nosso hóspede.

_Olá senhor Martel, como se sente por ter passado por uma situação de quase morte?- ele se vira em direção à minha voz, já que tenho certeza que nesse primeiro momento não consegue me ver por ainda estar se acostumando com a luz.

_O que aconteceu, por quê eu ainda estou aqui? -ele pergunta num tom de raiva e confusão misturados.

_Oh senhor Martel, o senhor não achou que iria se livrar tão fácil assim de nós, não é mesmo?

Ele me olha com um certo receio e eu continuo.

_Bem, vejamos, Jackson Ramirez Martel, 35 anos, nascido na cidade do México, mais precisamente no hospital Geral da cidade do México, na ala particular, filho de Maria del Socorro Ramirez Martel e Juan Solon  Martel... E olhem só, pai  de duas princesas, viúvo de Angelina Gutierrez Martel, que morreu de causas desconhecidas e foi sepultada de caixão fechado, hum, porque será- eu baixei o tom de voz propositalmente e fingi pensar supostamente baixando os olhos, mas observando suas reações coprporais pois sei que neste momento ele estaria desprevenido para tentar me enganar com sua postura de fodão, claro que o fato dele acordar agora e eu bombardea-lo com essas informações me dá toda essa vantagem, por isso não saí daqui e esperei pacientemente por três horas que ele acordasse...

_O que você quer saber?- ele fala derrotado pois sabe que não terá outra alternativa a não ser delatar seus comparsas!

_Pode começar por falar quem está infiltrado aqui na sede...






Boa tarde lindonas, primeiro do dia

O trem tá esquentando, Any "Baixinha" retada. Nem a morte tira dela um suspeito!!

Mais tarde posto os outros!

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