Capítulo 58

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POV Aléxia

Ficamos em silêncio todo o trajeto  até a nossa casa, sabia que Fernando estava incomodado com toda a situação e que Carlos estava digerindo o que ouviu na casa do tal Dioguinho, então achei que o melhor era conversar depois que chegássemos em casa.

Quando chegamos Daniel, Thomas e Any estavam nos esperando, ao descer do carro,  Tom se dirige a mim dizendo que Hasmiro disse que o Fernando iria para a sede e que eles iriam colher o depoimento dele.

_Eu até gostaria de ficar mais um pouco, mas preciso ir para analisar todo o comportamento e reações do Fernando. Ah, queria te dizer uma coisa, você preparou muito bem os meninos, principalmente o Noah, o garoto se matém no controle e a todos em situações de alta pressão, fiquei observando  o comportamento dele após toda a situação e fiquei admirada ...- Any falou e eu estranhei.

_Como assim, o que aconteceu aqui?

_Eles vão te pôr a par de tudo, entra, eles estão precisando de vocês, sim vocês, os três só falavam isso, que queriam que vocês chegassem logo.- ela fala sorrindo quando me espantei ao falar “vocês”.

_Então vamos mocinha, nossos meninos precisam de nós- logo vejo o sorrisinho dela e faço cara feia pra ela, mas ela acaba soltando uma gargalhada e agora eu sei que estou ferrada, Hasmiro não falou, ela vai falar , meus colegas vão “arrancar meu couro”!

_Você não pode me chamar assim em público!

_Assim como?- ele pergunta confuso

_”Mocinha”!

_Por que?

_ Eles agora vão cair matando, vou ser a bola da vez!- eu falo inconformada.

_Ah meu amor, você é e sempre vai ser minha mocinha, deixa quem quiser falar, não vou conseguir lembrar sempre, perdoa seu amor, sim?- ele fala sorrindo e dá um beijo no bico que eu acabei fazendo, e que foi desfeito imediatamente, ele tem razão, não há porquê ter vergonha do que somos um com o outro.

Entramos apressadamente e nos deparamos com os meninos agitados, com exceção do Noah que estava quieto num canto e as meninas abraçadas sendo consoladas pela  Cris, assim que nos veem os três correm até nós e os abraçamos.
_Calma, a gente tá aqui, tá tudo bem!-ouço o Carlos falar.

_Eu protegi meus irmãos, eu protegi...-Noah fala com o rosto enterrado no peito do Carlos.

_Nunca duvidei de você, meu filho!- ele  aperta o Noah nos braços e olha pra mim com os olhos marejados.

Encaminho todo mundo pro sofá pedindo pra eles sentarem.

_O que aconteceu?-eu pergunto me direcionando para o Renan, pro Hasmiro e pra Cris.

_Fizemos como você nos orientou- Renan começa a relatar tudo o que aconteceu...

Horas antes...

Narrador

Após o término do filme, Renan fala com todos que eles têm que ir para casa e passa o recado de Aléxia, Noah assente e puxa os irmãos para perto de si, indo em direção ao estacionamento, sendo seguido pelos outros, a partir dali Renan nota uma drástica diferença de comportamento do Noah, seu olhar se torna duro e é nítido que ele está focado , atento a qualquer movimento fora de padrão considerado normal.

_Vamos para casa, com paradas de cinco segundos em semáforos e formação fechada. Renan, você vai dirigir o carro da mamãe, que é de sete lugares, foi o carro que a gente veio, vocês vieram no seu, tia Cris?- ele fala tudo de uma vez  e ficam dois segundos assimilando o fato de um menino de quinze anos estar orientando a para da toda com dois adultos ali que no final constatam que não iam saber fazer nada nessa situação.

Nunca te esqueciOnde histórias criam vida. Descubra agora