Capítulo 52

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Capítulo 52

POV Aléxia

Eram sete da manhã quando ouvi um carro chegar e olhei pro Carlos que dormia serenamente e quase tive pena do que ele ia passar, pelo menos por um tempinho durante esse fim de semana. Me levantei e saí pra “sala” da barraca em que nós estamos, troquei de roupa rapidinho e saí da barraca indo ao encontro do meu pai, tio Francis e tia Amália... E como nada me surpreende no que diz respeito ao meu pai, o vejo pegar uma panela relativamente grande e uma concha de ferro se dirigindo exatamente para onde eu estava , só me pergunta com gestos de que lado o Carlos está, sou obrigada a dizer porque vai ser pior se eu não disser, ele vai entrar e aí as meninas vão sofrer junto com ele.

_Olha o peixe,camarão, sururu, é baratinho, venha freguês, oooolhaa o peixeeee- papai gritava e batia na panela bem perto do nosso quarto.

Só ouço um monte de coisas caindo dentro da barraca e o carlos saindo de cueca , dando de cara com papai,ele pisca os olhos várias vezes, acho que processando, afinal ele já viu fotos do meu pai, olha pra mim e cai na risada

_Seu Henrique, quase morro do coração, prazer, meu nome é Carlos , que bom que o senhor veio, precisava mesmo conversar com o senhor!- Carlos fala e já abraça meu pai que fica de braços estendidos segurando a panela e a concha sem entender muito bem o que aconteceu, nesse momento todo mundo cai na risada ,já que todos acordaram com o fuzuê que meu pai fez, ainda bem que ficamos numa área mais afastada e não temos vizinhos por perto.

_Bem feito seu velho chato, quis trolar acabou trolado! Por isso que eu te amo meu filho, melhor pessoa pra lidar com esse velho chato!- tia Amália fala abraçando o Carlos

_Bom te conhecer meu filho, Amália e os meninos falam tanto de você que parece que te conheço há anos!- tio Francis também abraça o Carlos e meu pai grunhe algo como “amigos da onça” e um “ainda não me convenceu”, saindo pra abraçar os netos e cumprimentar o resto do pessoal.

_Então, foi tranquila a viagem? Vocês chegaram cedo, saíram de madrugada de lá, né?- eu pergunto pra tia Amália

_Claro, seu pai enfiou na cabeça que queria chegar aqui e começar cedo a “testar o carlos”, como ele mesmo disse.

_Ele falou testar? Tia, pelo amor de deus, eu quero paz e estamos tão bem, não quero meu fim de semana estragado pelas besteiras do papai...

_Eu sei minha filha, mas acho que esse plano dele não vai muito adiante, o carlos reagiu de forma inesperada, logo o seu pai vai ver que ele é a melhor pessoa pra estar com você e seus filhos, você sabe que ele não se perdoa por você ter se casado com o crápula do richard, ele acha que não cumpriu bem o papel de pai e mãe na sua vida, apesar dele não ter culpa de ter que exercer esse papel e de ter exercido muito bem, quando te conhecemos você já estava muito bem forjada por ele, agora é só esperar ele cansar, e algo me diz que vai ser rápido, o Carlos tem o dom de conquistar pessoas.

_Tomara, porque não quero ter que chamar a atenção do papai em relação a isso!- ela me abraça e me sinto mais tranquila.

Os meninos ajudaram a descarregar o carro, Carlos pegou as barracas que eles  trouxeram e junto com o Noah e o Rô, começou a montá-las.

Papai só ia observando e curiosamente ficou quieto por toda a manhã

_Cara que da hora essas ondas, você tinha razão papitos, essa praia é muito boa pra pegar onda- Noah vem falando com o braço por cima dos ombros do Carlos e vejo meu pai arregalar os olhos, antes que ele falasse ,eu me aproximei dele.

_Pai... – ele se vira pra mim ainda atônito.

_Eles têm um ótimo relacionamento apesar do pouco tempo, eu sei que talvez pra você tenha sido rápido, mas pra nós está sendo no tempo certo e os meninos estão no mesmo ritmo, na verdade eles meio que puxaram o ritmo, nós estamos indo porque está bom, tudo tem se encaixado, então eu te peço, tenta pelo menos, tá bom?

Nunca te esqueciOnde histórias criam vida. Descubra agora