Capítulo 62

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Duas semanas depois

POV Carlos

_Ah Gael, assim não vale, o Zé faz tudo que você quer, me ensina, por favor!-Sam reclama com o irmão que gargalha por ter feito o Zé pegar o lápis dela, só pra provar que os dois são cúmplices nas brincadeiras, e esse Zé gosta da bagunça, tenho quase certeza de tê-lo visto rir quando a Sam deu conta que ele tinha pegado o lápis dela.

_Faz o Zé devolver ,Gael, quero ver se você tem essa moral toda mesmo!- eu falo rindo da palhaçada dos dois, ao mesmo tempo que abraço minha princesa lhe dando um beijo na cabeça.

Gael fala em libras com o Zé e não é que ele devolve mesmo o lápis pra ela?

_Tô impressionado meu filho, ele realmente te obedece...

_Não papitos, ele é meu amigo e fazemos coisas juntos, é isso!- ele fala desprentensiosamente.

O telefone interno toca  e eu vou atender.

_Carlos, precisamos de você aqui no laboratório V, o alarme disparou.

_Tudo bem, eu vou até aí.

_Meninos , fiquem aqui, nada de sair pra outro lugar, ok?

_Tudo bem papai, a gente não vai sair daqui, fica tranquilo...- Sam fala concentrada no desenho que ela está fazendo do Zé para um trabalho da escola.

Saio e vou correndo ver o que está acontecendo, Aléxia não é de ligar pra que eu resolva algo, se ligou é porque o caso é bem sério.

Ao me aproximar, vejo o caos na frente e dentro do laboratório, Aléxia, Fernando, Aninha e Ari estão do lado de fora e o pessoal de emergências dentro, apagando fogo  no que parecia ser a centrífuga.

_O que aconteceu?- eu pergunto assim que chego perto deles.

_Eu não sei exatamente, eu tinha ido no seu escritório para pegar planilhas, as meninas tinham ido até a cantina pra pegar coisas pra gente lanchar e de repente ouvi uma explosão, quando vi tinha sido no laboratório...- Aléxia diz confusa, ela ainda está ficando aqui porque estamos sem o Junior, que precisou viajar e ainda não conseguimos uma pessoa para ocupar o lugar dela, pra todos os efeito ela está cumprindo aviso prévio.

Uma moça, que eu não conheço muito bem, acho que ela é de outro departamento, se achega a nós , um pouco tímida.

_É, desculpem me intrometer, mas eu estava passando aqui, um pouco antes da explosão e eu vi uma pessoa que eu sei que não pertence a esse laboratório, pois eu trabalho no mesmo setor que o dela, ela estava saindo dele...

_Quem?- Aléxia pergunta já parecendo que desconfia de quem é.

_A doutora Garcia, achei estranho porque eu sei que ela está sumida já há alguns dias e...

_Onde estão os meninos?

_No santuário, mas o que...- ela sai correndo e eu vou atrás dela.
_Você acha que essa explosão foi só pra destruir? Não, foi para nos distrair, ela foi atrás dos nossos filhos, o que me diz que ela estava aqui e sabia que eles estavam aqui, apesar de ter a entrada dela proibida.

Quando chegamos  Aléxia para, a porta está entreaberta e eu escuto o choro da Sam baixinho e o Gael pedindo calma, quando eu ia entrar pra saber o que está acontecendo, Aléxia me para e sussurra.

_Tem outra entrada pro santuário?

_Tem, pela parte onde levam os alimentos pra eles, podemos entrar pelos aposentos dos Rhesus ... Mas porque não podemos entrar pela porta, Lexie?

Nunca te esqueciOnde histórias criam vida. Descubra agora