de fato, nós fomos.
nós fomos um quase muito bonito
e doeu, ardeu, despedaçou a mim
o fato
de não termos de fato acontecido.na verdade, se me ocorreu
nós fomos quase algo,
eu fui quase algo,
ou nada aconteceu?me pego resistindo
ao impulso repentino:
meu peito me pedindo
incessantemente, aos prantos, aos gritos
que eu te mande novamente meus poemas
e te diga tudo que tenho sentido.
a saudade que tem doído, tem ardido, tem machucado
meu peito já arranhado, já anteriormente mutilado.
a ideia que tem martelado meu peito
de que a sua volta traria de volta minha paz
e de que tudo que você me trás
poderia resolver meus problemas.ainda é fácil escrever sobre nós, sabia?
as palavras vêm tão facilmente
quanto o Sol deslizando no horizonte,
quanto a mais intensa euforia,
tão suave quanto o vento que corre sutilmente.como é bom te ver outra vez,
você não faz ideia do quanto
me fez bem te ter por perto,
mesmo sabendo que
a possibilidade de você ficar
é só mais um talvez.o nosso quase
me apaixonou de novo a vida,
mesmo que não pareça.
eu entendo se você agora
não quiser que aconteça,
e é por isso que eu guardo meus poemas,
até que você leia
e realmente queira.
até que você peça pra ler,
até que eu consiga te entender,
até que possamos ser
mais do que um quase algo.
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carta
Şiircartas que escrevi mas não quis enviar porque não teria coragem de as explicar