Capítulo 79

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Perdão! 

Perdão! 

Perdão! 

Perdão!


Eu errei, falhei com você e comigo mesma, sei que só pedir perdão não vão resolver as coisas entre nós, mas é tudo o que posso fazer no momento, é a única forma que encontrei para amenizar o mal que te fiz. 

Poncho, sei que te magoei profundamente e talvez tenha estragado tudo que construímos juntos no nosso relacionamento, você não merecia e eu lamento pelas minhas atitudes, porém não quero tentar me justificar usando a morte do me pai, mas ainda sim perdê-lo mexeu comigo de forma irreparável e eu não soube lidar, não consegui encarar o luto e tudo o que fiz foi me isolar e fugir, sendo honesta ainda não superei e a terapia é difícil, sim, estou fazendo terapia para você vê quão no fundo do poço eu cheguei, os dias aqui não forma menos dolorosos e depois de muito tempo percebi que fugir não adiantou e além dela carrego a culpa pelo que te fiz, e arrependimentos pelas pessoas que feri. Poncho, decidi não me esconder mais e encarar as consequências dos meus atos e encarar a dor de frente, é um caminho doloroso, contudo estou disposta a trilhá-lo desde que eu consiga superar e ter você de volta, por isso se eu ainda tiver qualquer chance com você eu vou insistir, eu vou voltar para você, só que voltarei mais forte mais convicta do que quero.


Poncho, eu quero te mandar outros e-mails, manter contato, dizer como estão as coisas e como me sinto, então se você não estiver com ninguém (espero que não esteja) me permita ao menos isso, se não quiser ter noticiais minhas vou esperar sua resposta, mas se vier o silêncio então vou entender como uma segunda chance. 


Ainda te amo!

Ainda sua Any. 


Alfonso já tinha relido aquele e-mail várias vezes e ainda sim estava aturdido com tudo, não só pelas emoções conflitantes que sentia ou os pensamentos confusos, mas o que mais o deixava abalado era por perceber o quanto ela ainda estava ferida com tudo o que acontecia e a necessidade de querer confortá-la. Ele simplesmente não conseguia odiá-la ou querer distância, saber que ela pedia uma chance e que apesar de tudo ainda tinha sentimentos por parte dela, mexiam com ele a ponto de  perceber que não conseguiria tão cedo "virar a página" 


Tão perdido em emoções e pensamentos não percebeu Ucker entrar em sua sala. 


Ucker: E aí cara, o que você tem em? Perguntou ao perceber o amigo distraído. Alfonso passou as mãos pelos cabelos e suspirou alto. 


Alfonso: Às vezes sinto que vou acabar enlouquecendo. Ucker se aproximou e puxou a cadeira para se sentar. 


Ucker: Já sei, isso tem a ver com Anahí. Alfonso assentiu – Cara, esquece, isso já faz um ano, ela já deve ter seguido com a vida dela e você deveria fazer o mesmo. 


Alfonso: Você fala como se eu não tentasse ou como se fosse fácil. O que eu sinto por não se esquece ou se apaga com tanta facilidade. Se antes eu já me preocupava com ela, porque sempre soube o que a morte do pai causou nela, agora eu simplesmente não sei o que fazer. Disse fechando os olhos e jogando a cabeça para trás. 


Ucker: Como assim agora não sabe o que fazer? Pensei que estava disposto a esquecê-la, principalmente depois de romperem contato por tanto tempo.  

Perfeita  Secretária Onde histórias criam vida. Descubra agora