Depois do que tinha acontecido na boate, a noite tinha se encerrado de forma tensa, fazendo com que cada um aos poucos se despedissem e fossem seguindo rumo as suas casas.
Após um tempo já sentada na cama Mel pensava em cada palavra do irmão, e começava a se preocupar com o rumo das conclusões que chegava, ela despertou dos seus pensamentos ao ouvir Letícia a chamando.
Letícia: Está pensando em tudo o que aconteceu na boate? Mel concordou a cabeça. – E a que conclusão chegou?
Mel: Você também acha que estou sendo invasiva com meu irmão? Perguntou receosa. Letícia se aproximou da namorada.
Letícia: Mel, eu acho que todos entendemos o quanto ama e se preocupa com o Poncho, e principalmente o quanto quer ver seu irmão feliz, mas existem situações eu só a própria pessoa pode resolver. Disse com delicadeza.
Mel: Ou seja, eu exagerei. Concluiu.
Letícia: Ele entende suas ações, mas quanto mais você forçar mais doloroso para ele vai ser. Ele ainda ama a Any, e não está pronto para se envolver com ninguém, porque está muito ferido, e você fica tocando nessa ferida a todo o momento, só dê tempo a ele e o apoie. Mel assentiu. – Vamos dormir e amanhã será um novo dia, e você poderá se desculpar com ele.
Mel: Não só com ele. Disse a si mesma.
Após uma noite mal dormida Mel foi a primeira acordar, fez sua higiene, se arrumou tomou um café rápido.
Letícia: Levantou cedo. Disse assustando a namorada.
Mel: O dia está bem cheio hoje e vou passar na casa dos meus pais para levar a Soph para escola. Letícia assentiu. As duas se despediram com um beijo rápido.
Um tempo depois Mel e Dulce se encaravam. Mel havia ligado pela manhã para que as duas pudessem se encontrar em uma cafeteria próximo ao trabalho de Dulce.
Dulce: Por que me ligou?
Mel: Eu quero falar sobre ontem.
Dulce: Mel, se for sobre isso eu vou embora, não quero brigar. Disse peando sua bolsa para se retirar, mas Melissa a impediu segurando seu braço.
Mel: Não quero brigar com você, gostaria de me desculpar. Dulce voltou a se sentar e respirou fundo.
Dulce: Eu não queria que a situação chegasse a esse ponto.
Mel: Eu também não, eu me preocupo muito com o Poncho, eu nunca tinha visto tão feliz com alguém como ele estava com a Any, e acompanhar de perto tudo o que ele vem passando e não poder fazer nada me incomoda.
Dulce: Mas você poder fazer, você pode sair com ele, passar uma tarde entre amigos, leva-lo a luares que ele vai se sentir bem, mas não precisa forçar eu ele encontre alguém.
Mel: Eu sei, agora eu vejo que estava forçando as coisas, eu fiquei tão angustiada em vê-lo sem sair, sem comer, sem dormir direito que achei que estava fazendo o melhor pra ele.
Dulce: Eu te entendo, também fico preocupada e desejo o melhor para ele, mas só cabe a nós ficarmos ao lado dele, pra mim também é difícil sou amiga dos dois e sei que ambos estão infelizes. A Any deixou tudo pra trás, fugindo do que estava sentindo, mas imagine o quão difícil foi pra ela também? Não cabe a nós julgá-la
Mel: Eu sei, eu pensei que quando os seis meses acabassem, ela voltaria e dois se entenderiam, mas isso não aconteceu e foi daí que comecei a querer que o Poncho conhecesse alguém.
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Perfeita Secretária
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