Semanas se passaram e aquele clima estranho continuou entre os dois. Cada dia que se passava Alfonso se sentia mais e mais atraído pela sua secretária, imaginando o que não devia e muitas vezes ao longo do dia pensava nela. E o mesmo acontecia com Anahí, mas ela tentava disfarçar o desejo que sentia e tentava ao máximo ocupar sua mente para não ficar pensando no seu chefe. No trabalho as coisas seguiam normais, de forma alguma os dois deixavam a confusão interna deles atrapalhar o trabalho.
Anahí em um final de semana aceitou sair com Dulce, as duas foram a uma boate. Anahí sentia que precisava se divertir um pouco, conhecer outras pessoas, outros homens. Ela bem que tentou, de verdade, ela tentou. Conheceu Bryan e acabou rolando uns beijos, mas ela não quis ir além disso. Não era ele que ela queria. Nem ela e nem seu corpo, e claro isso causou uma irritação que foi descontada na amiga e na irmã. Dulce relevou, conhecia Anahí o suficiente para entender a irritação, já Angelique não aceitou muito bem, nem quando a irmã se desculpou horas depois.
Alfonso seguiu até o apartamento de Cláudia, já tinham se passado semanas e ele percebeu que estava na hora dos dois terem aquela conversa. A conversa com a irmã ficou por dias na cabeça e ele entendeu que não era justo com Cláudia, não era justo prende-la sendo que ele não sabia o que queria.
Cláudia o encarou com surpresa não o esperava, mas no fundo sabia que o fato dele estar ali era para resolverem o que seria do relacionamento deles.
Alfonso: Oi!
Cláudia: Oi. Entre! Disse dando passagem a ele. - Fique a vontade. Ele se sentou no sofá.
Alfonso: Acho que você já deve imaginar. Ela assentiu.
Cláudia: Sim, imagino o motivo da vista. E pela sua cara acho que imagino sua decisão. Disse tentando não se abalar ou chorar na frente dele. Ele segurou as mãos dela e a encarou nos olhos.
Alfonso: Eu pensei, pensei muito nesses dias e eu não sei o que quero. Ela o encarou surpresa - Não sei se o que existe entre eu e a Anahí é só atração ou algo mais, eu nem sei se pretendo dar continuidade a isso.
Cláudia: Eu não estou entendendo o que dizer com isso.
Alfonso: Eu estou tentando dizer que estou te deixando livre, não posso te prender e fazê-la esperar por mim, se eu nem sei o que pode acontecer, não quero te magoar mais do que já magoei. Disse com sinceridade.
Cláudia: Eu...eu... Disse tentando controlar a vontade de chorar.
Alfonso: Eu nunca vou esquecer você, nem dos momentos bons que passamos juntos, por um tempo eu quis muito que fosse minha esposa e até mãe dos meus filhos, mas hoje eu não tenho essa convicção, eu aprendi muito com você e sempre terei um carinho especial por você e pelo tempo que ficamos juntos.
Cláudia: Eu também, Poncho! Eu vou recordar de tudo com carinho. Eu te amo e só quero que seja feliz, mesmo que me doa perceber que vai ser com outra pessoa.
Alfonso: Eu quero que seja feliz, Clau! Que encontra alguém que te mereça, que te faça feliz e que te ame da forma como você merece. Ela assentiu sem saber ao certo o que dizer, estava doendo. Estava doendo muito. Tudo o que ela queria naquele momento é que ele fosse embora para que ela se trancasse no quarto e chorasse.
Ele sentia pelo fim do namoro, gostava dela, e sabia que ela saíria muito mais machucada do que ele no término do relacionamento e isso o abalava, porque nunca teve intenção ou quis faze-la sofrer. Porém era como Melissa disse seria muito pior continuarem com o namoro sem saber como seria lá na frente, sem ter a certeza de que ela não se magoaria ainda mais. Ele a abraçou, fez carinho nos cabelos dela e até trocaram um beijo de despedida, no fundo ele sabia que quando fosse embora, quando passasse por aquela porta ela choraria, colocaria para fora a dor que estava sentindo, a dor que ela não permitia que ele visse.
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Perfeita Secretária
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