Capítulo 49

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Quando as duas entraram no quarto, viram Henrique deitado, abatido e aparentando cansaço. Angelique soltou a mão da irmã e se apressou a caminhar até o pai e o abraçar deixando as lágrimas virem, soluçando. Henrique recebeu a filha em seus braços.

Henrique: Não chore...eu estou aqui. Disse fazendo um carinho nos cabelos de Angelique.

Angelique: Eu fiquei com tanto medo.

Henrique: Está tudo bem agora. Foi só um susto.

Angelique: Me perdoa, pai. Me perdoa por tudo o que eu fiz, por ter te decepcionado tanto. Eu vou mudar, eu prometo. Henrique sorriu.

Henrique: Claro que eu te perdoo, é a minha menina, sempre vai ser e só quero o melhor pra você e para esse bebê. Não chore mais. Angelique soltou o pai para poder secar as lágrimas. Henrique sorriu e olhou para a porta viu Anahí parada, emocionada. - Vem cá, meu amor. Pediu a filha que quase correu até chegar ao pai. Eles não disseram nada, Henrique abraçou a filha e Anahí se deixou ser consolada pelo pai. Ambos em silêncio, palavras não eram precisas.

Quando o abraço finalizou, Anahí encarou o pai, ele sorriu dando a ela um pouco de paz.

Henrique: Eu vou ficar bem.

Anahí: Não nos assuste assim novamente. Eu pensei...que..Disse fechando os olhos, sentia dor só em pensar no que poderia ter acontecido.

Henrique: Não aconteceu, eu estou bem aqui e vou ficar. Ainda tenho uma filha pra casar e um neto pra conhecer. Brincou com as filhas. Angelique sorriu e Henrique pôs a mão na barriga da filha assim que ela se aproximou novamente. - Eu quero que saibam que independente de qualquer coisa, sempre serão minhas meninas. Eu amo vocês.

Anahí: Também te amo, pai.

Henrique: Angel, poderia me deixar falar com a sua irmã a sós? Angelique assentiu deu um beijo na bochecha do pai antes de deixá-los sozinhos. - Eu não quero que você se sinta culpada por nada. Nem fique preocupada, eu estou aqui.

Anahí: Pai...

Henrique: Você está vivendo sua vida, está feliz, vejo o quanto esse rapaz tem te feito feliz de um jeito que nunca via antes. Não abra mão disso. Não importa o que sua mãe diga.

Anahí: Ela mudou muito, pai. Ela nem parece a mesma de antes. Ele suspirou.

Henrique: Sua mãe sempre teve um gênio forte, desde que eram pequenas ela tinha um cuidado extremo com vocês, e acho que pelo fato de você nunca ter aprontado muito como a Angel, isso a deixou confortável em sentir que te controlava, mas agora ela percebe que não tem esse controle, que você tem suas próprias decisões, desejos e atitudes. Isso a deixa fora de si, falar coisas que sabe que vai te magoar. Mas se um dia...se acontecer algo comigo, quero que me prometa que não vai deixar de viver sua vida? Que não vai abrir mão de quem é para agradar ninguém.

Anahí: Não fale assim...eu não gosto de pensar nisso.

Henrique: Mas é preciso. Me prometa, Annie? Eu quero te ver feliz, filha.

Anahí: Eu prometo. Ele segurou a mão dela.

Henrique: Quero conhecer esse tal Alfonso. Ele tem cuidado de você não é? Anahí assentiu sorrindo. - Você o ama. Não era uma pergunta.

Anahí: Mais do que eu pensei que pudesse amar outro alguém. Ele é... Nossa! Eu nem sei descrever.

Henrique: Eu vejo em teus olhos, já aprovo esse relacionamento desde o dia que percebi esse brilho nos seus olhos. Não perca isso, filha.

Anahí: Não vou, pai. Ele tem sido meu outro porto seguro, nem sei como seria esses últimos dias sem ele para me apoiar.

Henrique: Isso é amar. Quando se ama, cuida, protege, se importa.

Os dois conversarmos ainda por um tempo, quando Anahí do quarto, Alfonso estava lá para a receber de braços abertos e ela sorriu e o abraçou forte, sentindo segurança, paz.

Alfonso: Como ele está?

Anahí: Melhor do que imaginei. Falando, rindo, brincando.

Alfonso: Que bom, amor. Falei que ele ia ficar bem. Agora é só se cuidar mais e nada de brigas.

Anahí: Sim. Obrigada. Eu não sei o que faria se você não estivesse aqui para segurar minha mão, eu acho que desabaria.

Alfonso: Eu entrei na vida no momento certo.

Anahí: Só tenho a agradecer pela Dulce me levar aquele anúncio de jornal e pela Maite ter aceitado me entrevistar mesmo sem eu ter sido chamada.

Alfonso: Já estava predestinado. Você tinha que entrar no meu caminho, na minha vida. Ela sorriu.

Anahí: Meu pai te adora, sabia? Ele ergueu as sobrancelhas. - Ele sabe que estou feliz e isso é graças a você.

Alfonso: Essa é a minha prioridade, amor, te fazer feliz, cuidar de ti e principalmente, te amar. Ela não resistiu e passou os braços pó pescoço dele e selou os lábios dos dois.

Tisha foi a próxima a entrar, ainda teriam que decidir entre elas querem ficaria no hospital, mas no momento tudo o que ela queria era ver com os próprios que o marido realmente estava bem.

Tisha se aproximou devagar até a maca.

Tisha: Oi...

Henrique: Oi!

Tisha: Fiquei muito preocupada com você...eu...eu...achei que... Disse tentando não pensar que poderia ter perdido o marido.

Henrique: Tisha, o que aconteceu, não pode mais...eu não vou ficar ao seu lado para que essas cenas se repitam. Ainda que fosse difícil proferir aquelas palavras, ele não poderia mais aguarda-las. Antes da mulher que amava, sempre estariam as filhas.

Tisha: Eu não vou fazer mais, eu te prometo. Eu me descontrolei, me deixei levar por uma raiva.

Henrique: Você ofendeu uma das nossas filhas. Tudo o que falou e fez, foi longe demais. Você nem mais se parece com a mulher na qual me casei.  Suspirou. Tisha segurou amão do marido.

Tisha: Me perdoa, não vai acontecer mais. Eu vou tentar consertar isso, vou consertar minha relação com a Annie. Só por favor não desiste de mim, não desista de nós. Ele fechou os olhos e respirou fundo.

Henrique: Tisha, essa será a última vez. Se acontecer algo parecido, se fizer qualquer coisa que magoe uma das nossas filhas, não teremos conversa, pegarei as minhas coisas e as minhas filhas e te deixaremos sozinha naquela casa. Ela assentiu.

Tisha: Não vai ter. Eu prometo.

Tentar não custaria nada, certo?

Quando Tisha saiu do quarto só viu Angelique e Dulce na sala de espera.

Tisha: Cadê a sua irmã? Perguntou não vendo Anahí e nem o Alfonso por perto.

Angelique: Está na cantina com o Alfonso. Mãe...não começa com a implicância. Pediu em um suspiro.

Tisha: Não vou, só queria avisar que podem ir para casa, eu vou ficar com o pai de vocês. Você precisa ir para casa tomar banho, comer alguma coisa.

Angelique: Tudo bem, eu volto mais tarde para ficar com ele e tirar a senhora.

Tisha: Não precisa.

Angelique: Mas eu quero. E a Annie vê como fica melhor pra ela. Acho que ela vai querer ficar a noite. Por causa do trabalho.

Tisha: É, pode ser. Disse encerrando o assunto.

Quando Anahí se juntou a elas, Angelique foi a primeira a contar o que tinha conversado com a mãe. Anahí suspirou, elas tinham decidido tudo sem ela. Ela nem se deu ao trabalho de argumentar, só foi até a Alfonso que a esperava na saída do hospital, em seguida segurou firme na mão de Alfonso e deu as costas indo embora com ele.

Perfeita  Secretária Onde histórias criam vida. Descubra agora