Os dias que vieram a seguir passaram até rápido de tro da perspectiva de Anahí. Ela conseguiu ajudar o namorado na empresa e as coisas foram voltando ao ritmo normal. Ela ainda parecia não acreditar em como tudo estava indo tão bem. Ele brincava a chamando de esposa e apesar da brincadeira, ela de fato se sentia assim, os dois agora dividiam o mesmo teto, a mesma cama, os mesmos problemas, eles compartilhavam sobre tudo e ela se sentia mais confiante e madura, com a indicação da sua terapeuta, ela continuava fazendo suas sessões de terapia. Mas ela sabia que ainda tinha questões não resolvidas.
Sentiu os braços do namorado a abraçar a trazendo daquele conforto e segurança que gostava.
Alfonso: Em que tanto pensa? Perguntou dando beijos leves no pescoço dela.
Anahí: Sentiu minha falta na cama? Perguntou risonha.
Alfonso: Eu sempre sinto sua falta quando não está perto de mim. Disse a fazendo sorrir.
Anahí: Você estava dormindo tão gostoso que não quis te acordar.
Alfonso: E o que está te causando preocupação, que a fez sair da cama logo cedo e ficar aqui na sala?
Anahí: Apesar das coisas estarem bem agora eu ainda tenho que conversar com algumas pessoas.
Alfonso: Está assim por causa da minha irmã?
Anahí: Sim e não. Eu sei que as coisas com ela estão estranhas e viajarmos todos juntos vai ser bom, mas tem a minha mãe também. Ela me mandou mensagem tem uns dias. Ele a soltou e se sentiu agora de frente a ela no sofá.
Alfonso: Você sabe que não precisa se pressionar a resolver tudo de uma vez, né?!
Anahí: Eu sei, eu realmente quero conversar com a Mel, quero que as coisas aos poucos voltem a ser como eram antes, ou pelo menos que a gente não tenha nenhum ressentimento uma com a outra. Ele assentiu entendendo.
Alfonso: Eu sei que vocês vão se entender no tempo certo, não precisa fazer isso se não se sentir confortável.
Anahi: O problema não é a Melissa, não é com isso que me sinto incomodada, mas sim com a minha mãe. Eu ainda não sinto vontade de enfrentar isso, de conversar com ela.
Alfonso: Então, não o faça. Respeite seu tempo, quando você sentir que está pronta pra falar com ela aí você a procura, mas não se force a fazer isso só porque ela tem te procurado.
Anahí: Apesar de me sentir melhor, eu sinto que ainda não superei tudo. Eu consigo lidar com o luto pelo meu pai e com tudo o que aconteceu depois, mas não perdoei a minha mãe por tudo o que ela fez comigo quando a gente começou a namorar.
Alfonso: O mais importante de tudo é você respeitar o seu tempo, e ser sincera consigo mesma. Se não quer falar com ela, diga isso a ela, que não quer conversar por agora, que ainda não se sente pronta para reencontra-la.
Anahí: Acha que ficaria ruim eu só responder a mensagem dizendo que ainda não quero reencontra-la?
Alfonso: De forma nenhuma, acho que se o arrependimento dela só sincero, vai respeitar sua decisão.
Anahí: Obrigada por me ouvir. É muito bom poder falar tudo o que eu sinto com você.
Alfonso: Você sempre poderá fazer isso. Eu estou aqui pra ser seu companheiro, seu amante, seu ouvinte. Então não hesite em me contar o que pensa ou como se sente. Ela assentiu e o abraçou forte.
Anahí: Obrigada. Você tem se saído um excelente marido. Brincou e ele acabou por sorrir.
Alfonso: Você brinca, mas é isso que sou mesmo. Não precisamos de um papel para constatar o que já estamos vivendo.
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