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...

- Tu sabia que Tatiana era amante de nosso pai? – Perguntou para Paula, assim que voltou da casa do pai. O fez levar ela de volta para sua casa, logo cedo. Não teve conversa no mundo que fizesse Mariana ficar mais tempo naquele apartamento.

Era rebelde e problemática, mas jamais aceitaria o que seu pai fez com elas. Se mordia de ciúmes atrasados, por pensar que várias vezes seu pai deixou de estar com elas para ficar com a outra. Se sentia em segundo plano na vida dele.

- Quem te falou?

- Isso não importa. Sim ou não, Paula? – Perguntou incisiva.

- Sim! – Ela respondeu se sentindo culpada.

- Sim?... Como pôde ficar do lado dele?

- Não sei, Mariana. Ele parecia ter razão.

- Ai, Paula! Ele nos traiu... e você sai em defesa deles.

- O quê? Tu também não é nem um anjo.

- Mas jamais aceitaria isso. Por isso ela terminou com ele! – Também se sentia culpada pelas coisas que disse para ela. – Pensa como se sentiria se Sebastian, fizesse o mesmo.

- Mariana, o casamento deles não era o que a gente acreditava ser. Eles nos escondiam coisas.

- Nossa mãe também o traiu?

- Não! Não que eu saiba. Nosso pai sempre fala bem dela.

- Então não tem o que pensar.

- Ai, Mariana... entre eles já não existia amor de homem e mulher. Você ainda é muito nova para entender...

- Nada justifica, Paula! – A interrompeu cortante. – E não sei como pode continuar defendendo ele, depois de tudo.

- Ele é nosso pai. O que faz é para nosso bem!

- Ah, sim, é claro! – Respondeu sarcástica. – Inclusive seu casamento.

- O que está acontecendo? – Victória chegou em casa e encontrou as duas discutindo.

As duas se entre olharam, e nada falaram.

- E então?

- Eu sei o que meu pai fez! – Mariana soltou sem rodeios.

Victória olhou para as filhas, e sabia que precisava conversar com elas. Tinham muito o que esclarecer.

...

Depois de alguns dias tempestuosos, todos seguiam com suas vidas, que pareciam tomarem um rumo tranquilo, apesar de tudo que enfrentavam. E tudo isso deixou ela e as filhas mais unidas. As jovens já a ajudavam até com seu novo trabalho. Queriam junto com ela, mostrar para o pai, que elas conseguiriam sem ele.

Naquela semana Mariana, também não procurou e nem atendeu seu pai, mesmo com sua mãe, lhe explicando que elas não tinham que se envolver nos problemas deles dois. Sempre teriam os dois para confiar e contar.

Nesses dias que passaram, ela também pôde contar com o apoio direto de Otávio, em tudo que precisava. Se encontravam todos os dias.

...

Era aniversário de Victória, e Otávio já tinha passado a noite com ela. Lhe levou no melhor restaurante da cidade, dançou com ela no salão do restaurante, e depois de caminharem pelo parque, a levou para aquele mesmo quarto de hotel, que já sabia muito deles. Era testemunha de seus encontros.

 Era testemunha de seus encontros

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VICTÓRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora