24

265 21 8
                                    

- Se for muito para você eu vou entender. – Depois de um tempo em silêncio, o observando completamente nervoso, ela resolveu acabar logo com sua tortura.

- Não mereço um tempo para digerir isso?

- Digerir?... – Colocou a mão na própria barriga, onde seu filho crescia, e suspirou. - Quer saber, fique aí... digerindo. – Abriu a porta do carro novamente.

De maneira rude, ele empurrou a porta do carro a fechando com força, segurou sua mão, que agora estava fria, e fez com que olhasse para ele. Mais uma vez a manteve presa entre ele e o carro.

Levantou seu rosto para que lhe olhasse, e os olhos que ele tanto amava, brilhavam com as lágrimas que ela segurava.

Aos poucos soltou o ar e tentou se manter calmo. Manter seus pensamentos e temores escondidos.

Ele ainda não tinha se acostumado com a ideia de que ela estava grávida, mas vê-la assim mexia com ele no seu mais íntimo.

Ainda em silêncio aproximou seu rosto do dela, e a beijou. Um beijo que transbordava amor e algo mais além disso. Essa era a única maneira que ele conseguia lidar com isso, sem falar algo que pudesse feri-la.

 Essa era a única maneira que ele conseguia lidar com isso, sem falar algo que pudesse feri-la

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tinham os braços em volta um do outro, como se tivessem a necessidade de se sentirem.

- Me desculpe... – Em meio as lágrimas, com o rosto apoiado em seu peito. – Eu sei que não pediu nada disso.

- Eu te amo! – Secou as lágrimas que desciam sem freio em seu rosto. – Amo tudo quem vem de você! – Falou sincero. – E eu sei que partiram seu coração, e sei que as vezes meu comportamento te assusta, mas te amo! Eu te amo de um jeito que nem sabia que era capaz.

Ela o ouvia e mais lágrimas desciam em seu rosto.

- Mas isso é novo para mim. Não esperava! – Era isento de qualquer dissimulação ou mentiras, só queria que ela lhe entendesse. – Mas isso não significa que não os quero. – Tocou em seu rosto com carinho, secando suas lágrimas, e a beijou.

- Certo! – Ainda estava insegura.

A mão que antes estava em seu rosto foi para sua barriga.

- Um bebê seu e meu. – Se abaixou e acariciou sua barriga por cima da roupa. Por mais novo e estranho que fosse para ele, a olhava como se a venerasse. – Meu filho! – Encostou sua testa na sua barriga e a beijou.

Nesse instante deixou de querer controlar a si mesmo, e se deixou levar pelo que sentia no momento. Na sua mente, se comprometia de dar o seu melhor para eles.

- Sim... seu filho. – Olhava para ele, de joelhos diante dela, e cariciou seu cabelo com carinho.

Ela via sua expressão e cuidado com ela, e de todas as reações que imaginou, essa era a menos provável. Também se dava conta de que seu receio de ser pai estava ligado a perca do filho, quando soube que o bebê que a noiva esperava não era seu. Se deu conta do quanto isso deve ter o mudado.

VICTÓRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora