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Sem ter como se defender, ele segurou em sua mão, e entrou com ela no elevador.

Ela seguiu reclamando, mas ele não lhe fez caso.

- Não vou entrar! – Ela puxou sua mão de volta, e cruzou os braços.

- Ora, Victória, por favor! – Respondeu sério, abriu a porta, e a puxou para dentro do quarto.

Mais uma vez naquele lugar.

Nem um dos dois tinha voltado ali desde aquele dia.

- Certo! – Disse nervoso - Quero tentar algo com você!

- Não tem nada de você que me interesse. Não sei ser como essas com quem você gosta de sair. – Tentava lhe mostrar a realidade dos dois. – Sou mulher de um homem só!

- Podemos tentar ter uma relação. – Dentro de si, se sentia bem, com essa declaração.

- Não! Não é porque te amo, que vou ser idiota mais uma vez. Sei muito bem o que pensa sobre isso.

- ... – Ele suspirou. – Confesso que não queria nada disso. Estava muito bem antes de você aparecer. – Falou frustrado. – Mas não sei o que tu tem, que as outras não têm. – Se aproximou dela como se procurasse uma razão para se sentir assim. – Não sei o que fez que não consigo parar de pensar em você. Não consigo tirar esse olhar e esse sorriso, da cabeça. – Tocou seu rosto. – Tentei não pensar em ti, e te deixar seguir seu caminho, mas não consigo parar de te querer. – Disse com os olhos presos nos dela.

- Você disse...

- Eu sei o que falei, mas estou te propondo outra coisa.

- Que coisa?

- Algo mais sério.

- A maneira como você ver isso, não é para mim, Otávio. Não quero te dividir com ninguém.

- Que bom! O que quero com você, também não é uma opção sair com outras pessoas.

- Você está se ouvindo? – Tentou se afastar dele, mas ele a puxou de volta.

- Te quero além da cama, Victória! – Segurava firme em sua cintura, e a mantinha perto.

- Não sei se posso, Otávio. Eu te amo, mas não sei se consigo voltar a confiar. – Negou também com a cabeça, e olhou para baixo. – Ainda mais em você. Posso não ter experiência nesse estilo de vida, mas conheço os homens igual a você. – E também lembrava do que Henrique falou, sobre ele poder ter qualquer mulher. Uma mais jovem, bonita, sem filhos, mais um ex-marido.

- Então me diz o que faço, porque não sei o que você fez, mas no momento só quero você. – Lhe olhava intensamente. – Já tentei ficar com outras pessoas, mas nada é como antes de você entrar na minha vida. Sempre falta alguma coisa, e volto a te desejar de novo, e de novo.

- ... – Ela nunca tinha ouvido nada do tipo, e se via desejando que fosse verdade. Principalmente porque com ela acontecia o mesmo. Ainda que negasse, também o queria.

- Me conhece, sabe que não costumo mentir. Não gosto desse tipo de conduta. Se estou te propondo algo mais sério, é porque realmente desejo isso. – Cada vez mais próximo dela. – Desejo muito, e morro de vontade de ter. – Agarrou seu corpo, e aproveitou que ela não tinha nem um tipo de reação e beijou sua boca. – Não quero te dividir com ninguém, e nesse momento sou capaz de fazer qualquer coisa para que me diga sim. – Beijou sua boca e rosto. Buscava matar a saudade de toca-la.

- Otávio... ainda temos muito que conversar. – Sentia ele beijar seu pescoço, e tentava resistir as suas investidas. Tentava resistir aos toques de suas mãos espalhadas em seu corpo.

VICTÓRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora