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Ela se despediu, e ao sair esbarrou em Henrique, a fazendo entornar parte do liquido do seu copo.

- Me desculpe! – Ele pediu e de imediato tirou o copo da sua mão.

Mesmo ele sabendo que isso não ajudaria muito, também tirou um lenço do bolso e entregou para ela secar sua roupa. Aproveitou para toca-la.

- Tudo bem! – Respondeu sem graça com o ocorrido, e aceitou de bom grado o lenço que ele lhe oferecia.

Isadora os olhava e estava prestes a ter um infarto. Queria matar Henrique.

Não era a primeira vez que tentava algo contra ela. Da outra vez quase fez com que ela caísse do alto da escada, mas mais uma vez seu anjo da guarda estava atento, e Max, a segurou antes que ela pudesse cair do degrau escorregadio, com o liquido que Isadora havia derramado de propósito.

Claro que isso lhe rendeu uma discussão com seu marido. Ele estava preocupado com ela trabalhando fora até tarde, e não gostava nada dela prestando serviço especificamente para Max, e por essa mesma razão lhe acompanhou naquele jantar que ela organizava, mas diante da cena, mesmo não gostando de ver ela nos braços dele, foi obrigado a lhe agradecer.

...

Otávio realmente tinha procurado por ela dentro da casa, e depois de olhar em vários lugares também foi até a varanda, e antes mesmo de se aproximar, viu todo o ocorrido.

Mais um encontro de gigantes.


- O que você colocou no copo dela? – Assim que o casal se despediu.

Diana também já tinha saído.

- Do que está falando? – Isadora se fez de inocente.

- Comigo não! – Segurou forte em seu braço a impedindo de se afastar. – Se descubro que a machucou...

- Ai, por favor... ela nem estar com você! – O encarou com um ar superior. – Escolheu ele. – Debochou.

- Então é por ele que está fazendo isso? – Sem fazer caso a suas provocações.

-... – Ela não confirmou, e tampouco negou.

- Está avisada! – De maneira grosseira, soltou seu braço. – Se algo acontecer com ela, vou saber que foi você, e todos também vão! – Avisou e saiu, lhe deixando furiosa, por mais uma vez não ter conseguido o que queria.


Tatiana que viu ele encher a cara de bebida, e mal conseguir disfarçar o interesse pela ex-mulher, já tinha ido embora, e como ele não estava interessado em discutir, ele encostou em um bar antes de também voltar para casa.

Mesmo bar que Isadora resolveu afogar sua amargura.

- Feliz por ter estragado a minha noite? – Chamou a atenção de Henrique, que bebia na área do bar.

- Se quer ele, corra atras dele. – Tomou de sua bebida. – Não mexa com ela. – Respondeu sem se quer olhar para ela, que já estava sentada no banco ao seu lado.

- Você acha que já não fiz isso? – Ela indagou e em seguida também pediu algo forte para beber.

- Então talvez ele seja mais esperto do que pensei. Percebeu o tipo de mulher que você é, e viu que não vale a pena. – Mantinha o tom de desprezo.

- Assim como sua ex-mulher percebeu? – Não se deixou intimidar, e pela primeira vez desde que ela chegou, ele olhou para ela. – O quê? Eu sei mais de você do que jamais saberá de mim.

- Ah, sim? E o que sabe a meu respeito?

- Um homem que sempre teve tudo. Veio de uma família rica. Casou cedo, cresceu como profissional, e... ouvi boatos de que conseguiu a família perfeita. – Ela falava com um sorriso debochado. – Mas aí, o Sr. a traiu... por vários anos, diga-se de passagem, e levou um pé na bunda assim que ela descobriu. E agora está arrependido. – Tomou de sua bebida.

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