VICTÓRIA

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E claro que ela lembrava.

- Quer deixar um recado?

- Papai! – Ela ouviu seus filhos chamarem por ele e logo em seguida ouviu sua voz, em alto e bom som.

- Não! – Desligou o celular e foi para a sala.

- Olá, meu amor! – Ele a viu e sorriu para ela.

- Estava te ligando.

- ... Tocou os bolsos e não encontrou seu celular. – Devo ter deixado no carro.

- Não! Deixou no seu escritório. Sua funcionária atendeu.

- Bom, já estou em casa, vou ver ser Mariana já saiu do trabalho. – Foi até sua esposa. – Queria algo?

- Por que não me falou que essa Laura, estava aqui?

- Não achei que te interessasse. – Estranhou sua postura. – O namorado dela veio morar aqui, e ela pediu para vir também. Não vi problema. – Justificou.

-... – Não sabia como abordar sobre o quanto isso lhe incomodava.

- Aconteceu algo entre vocês? Ela te destratou... se teve qualquer comportamento do tipo...

- Não! – Exigia tanto que ele confiasse nela, que ela se via tendo que esconder o que estava sentindo.

- Certo. –Beijou sua boca. – Vou ver se Mariana pode pegar para mim. - Com os filhos lhe contando sobre o que fizeram na escola, foi atras de um telefone.

Horas mais tarde.

- Chegamos família. – Jerônimo e Paula chamaram a atenção de Otávio e Victória.

Era sexta feira, e como quase todo final de semana, saíram mais cedo do trabalho e foram para casa dos sogros.

- Vovô. – A pequena Victória correu para seus braços.

- Olá, minha princesa! – A pegou no colo, e para o infarto de sua mulher e de Paula, jogou a pequena para o alto e a pegou no ar. A menina gargalhava e pedia mais, enquanto Paula e Victória se continham para não tirar a menina dos braços dele.

- Eu também, quero! – Heitor veio correndo e se jogou nos braços de Jerônimo.

- E como essa princesa está? – Victória, evitou olhar Jerônimo fazendo o mesmo com seu filho, que do outro lado também gargalhava solto enquanto era jogado para cima.

- Estou bem vovó! – Ainda no colo de Otávio, beijou o rosto de sua avó. – E a Estrela?

- Estrela está tomando banho com dona Mercedes, na piscina. – Otávio respondeu e a menina fez uma cara de surpresa graciosa.

Era literalmente uma mini Victória, já que ela se parecia mais a avó, que a Paula ou Jerônimo.

- Posso ir, mamãe? – Com cara de cachorro abandonado.

- Você ainda não almoçou, e acabou de se recuperar de uma gripe.

- Por favor! – Juntou as pequenas mãos enquanto insistia. – Vovô. – Pediu para seu avô, que sempre fazia suas vontades.

- Mariana ensinou vocês direitinho, não foi? – Ele arqueou uma sobrancelha, enquanto ia com a menina para a área da piscina.

- Otávio... – Paula chamou, mas ele não lhe fez caso. – Vamos lá, porque do jeito que seu marido é, capaz de ele jogar ela na piscina com a roupa que está. – Ela falou com sua mãe.