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Um menino. Seu marido as vezes se comportava como um, ela concluía, enquanto sorria como uma boba apaixonada por mais uma versão de seu amor. Se sentia única e especial por ver ele se desfazer da cara de sério e de homens de negócios, para ser apenas seu marido. Se sentia especial por ser uma das poucas a ver seu sorriso genuíno.

- Meu amor... – Ela sentiu suas mãos atrevidas passearem pelo seu corpo.

- A Sra. que começou. – Ele falou roçando os lábios no seu pescoço, enquanto a mantinha em seus braços e lhe provocava novas sensações de prazer.

- Não sei do que está falando. – Cada vez mais rendida a ele, ela tinha uma expressão que o enfeitiçava. Não queria parar de olhar para ela.

- Acho que sabe sim. – Levantou seu rosto e buscou por seus olhos. – Não se faça de inocente. – Brincou com seus lábios com leves mordidas e beijos quentes, enquanto as mãos tocavam seu corpo.

Ficaram ali com esses amassos ao som de gemidos contidos, apoiados no guarda corpo no alto do terraço, sob a luz somente das estrelas.

- Melhor irmos para o quarto. – No meio do beijo que ela correspondia de maneira bem mais faminta e travessa.

Uma das coisas que ele mais gostou nesses últimos meses. A gravidez a deixava mais sensível, em todos os sentidos. E no desejo e prazer, não era diferente. Estava incrivelmente mais bonita com as novas curvas, e mais entregue a ele.

...

- Oi, Otávio! – Paula o cumprimentou, foi até ele e beijou seu rosto.

O olhava agarrado em um jarro de planta, e sorriu.

Nos últimos meses ele sempre chagava em casa com alguma coisa para sua mãe, geralmente uma planta, ou material de arte. Cuidado que ela não lembra de ver seu pai ter com ela. E assistir esse novo parâmetro de casamento, lhe mostrava que os presentes bobos, e baratos, de Otávio, pareciam deixar sua mãe muito mais feliz do que quando ganhava as joias caras e roupas de grifes de seu pai. Descobria outra razão para duas pessoas se escolherem para viver.

- Oi! – Beijou sua testa. – Jerônimo já está na porta.

- É, eu sei! – Mais uma vez o tinha feito esperar. – Tenho que ir. Já deixei os documentos revisados na sua mesa. Até amanhã. – Saiu apressada.

- Boa sorte!

- Obrigada! – Gritou de volta.

Ela e Jerônimo iam comunicar para Henrique que estavam namorando.

Os dois já estavam juntos a alguns meses, e juntos decidiram que estava na hora. Martin, também já sabia, e por Paula ser filha de Victória, ele acabou aceitando, claro que aconselhado por Mariana, também exigiu que ela não se metesse na sua vida.


- E a Srta. vai para onde? – Agora foi Mariana que desceu apressada.

- Casa da Elisa. – Avisou. – Vou fazer um trabalho. – Ela respondeu ao olhar inquisidor de Otávio. – Uma noite inteira sem a gente. – A menina finalizou o provocando.

- Ah, muito obrigado!... Não preciso te lembrar que para me deixarem realmente em paz precisa não meter os pés pelas mãos, certo!?

- Certo! – Fez uma cara de enfado.

Otávio amava poder ter uns dias a sós com sua mulher, seja em uma viagem, em casa, ou naquele quarto de hotel que se conheceram. Mas para isso, sabia que tudo tinha que estar em ordem, e Mariana e Paula eram seu ponto mais alto.

Eram jovens, imprudentes, na maioria das vezes estavam fazendo merda, e tinham seus dias que só Jesus para suportar. Agradecia, por as duas passarem por isso na mesma semana, se era para sofrer que fosse de uma vez.

VICTÓRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora