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Victória teve sua reunião, e quando finalizou foi ao encontro de Otávio. Mas ele que recebeu a visita de uma velha amiga, esqueceu que ela tinha ficado de passar lá.

Victória, empurrou o carrinho do filho pela empresa de seu marido, e como era de costume, alguns funcionários vinham até ela, e os cumprimentavam gentil, sempre se mostrando solícitos, com ela, que sempre os tratou bem.


Otávio sorria abertamente enquanto conversava com a mulher sentada ao seu lado, no sofá, quando Victória abriu a porta da sua sala, chamando atenção dos dois.

Sua secretária não estava, e ele sempre deixou claro que ela não precisava ser anunciada, e quando fosse o caso de estar em reunião, sua secretária lhe avisaria.

- Olá. – Ela os cumprimentou, e tanto seu sorriso, por vê-lo, como o sorriso que seu marido esbanjava para a mulher ao seu lado, morreram em seus rostos.

Otávio conhecia bem o histórico de Victória, e sabia exatamente o que estava passando por sua cabeça, e ciente disso, ele logo se recompôs do susto, levantou do sofá e foi até ela.

Como forma de saúdo, ele sorriu para ela e beijou sua boca, mas o olhar dela estava na mulher sentada no seu sofá, muito à vontade.

- Olá! – Apertou sua cintura, e em seguida direcionou seu olhar para dentro do carrinho, onde um pequeno rapaz mantinha seus olhos verdes como os dele, nos dois, e sorriu para o pequeno.

Silvia também os olhava e a cada atitude de Otávio, seu sorriso também se desfazia.

- Me desculpe... eu não...

- Não precisa. – Ele a interrompeu. – Sabe que pode vir sempre que quiser.

- Otávio, tem razão. Só estávamos jogando conversa fora e matando um pouco da saudade. – Ela levantou e caminhou até eles. – Podemos continuar amanhã, não é...

- Oh... – A cortou bruscamente. – Me deixe apresentar vocês. Silvia, essa é minha esposa. – As apresentou rapidamente, de olho na ruiva para que ela parasse de falar e não o complicasse mais ainda.

- Ah... sério? – Sorriu, e apertou a mão de Victória como cumprimento. – Então era verdade os boatos.

- Boatos? – Victória franziu a testa. Não sabia quanto tempo estavam ali, mas pelo nível de amizade que os dois pareciam ter, esperava que ele tivesse falado dela. Do filho.

- Sim... ao ponto de se não ouvisse da boca dele agora, ou visse com meus próprios olhos, jamais acreditaria. – Falou e foi para o lado de Otávio. – Eu como sua amiga estou triste por não ter sido convidada. – O olhou com a mesma intimidade de uma pessoa que já se relacionou sexualmente. – Mas eu entendo. – Olhou para Victória, e nas entrelinhas lhe falava, "era isso mesmo, eles já haviam compartilhado a mesma cama".

- Bom, nesse caso conseguiu os dois. Ouviu da boca dele, e viu com seus próprios olhos. – Victória respondeu de maneira educada, mas na sua cabeça se perguntava quantas amiguinhas dessas, seu marido tinha por aí?

- Pois é. Você é uma sortuda. – Olhou para Otávio. – Conseguiu prender o bonitão aqui. – Tocou em seu braço e o alisou.

- Eu que sou o sortudo aqui. – Se soltou de Silvia, e beijou a mão de Victória. Pela expressão de sua mulher, sabia que isso lhe custaria caro. – Victória além de linda, é única... – Tentava consertar as coisas, mas foi interrompido por seu filho, que acabou exigindo atenção.

- Bom, já está na minha hora. – Ela falou enquanto estava curvada sobre o carrinho. Dava um brinquedo para o filho colocar na boca. Otávio assim como ela também dava atenção ao pequeno que tinha os olhos no pai, e as pequenas mãos se moviam na sua direção buscando toca-lo.

VICTÓRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora