- Vou para casa do meu pai. – Mariana discutia com sua mãe.
- Não!
- Por que não?
- Porque não quero que ele saiba que estou trabalhando.
- E posso saber por que?
- Porque estou cansada de discutir com ele, Mariana!
- E o que tem isso?
- Tem que ele vai me encher de perguntas e não quero ter que lhe dar satisfação.
- Pois é! Por que você tem que trabalhar? Ele já te dar o suficiente para cuidar de nós.
- Acontece que não! O que ele dar não é o suficiente. Acontece que não trabalho para ele, para agir como se ele estivesse me pagando para cuidar de vocês! Sou sua mãe. – Ela falou em voz alta e firme, diante do tom que a menina usava.
- Tá bom! Então eu vou e não vou falar nada para ele.
- Certo. – Aceitou não muito confiante. – Obrigada!
- Mas nada de cancelar minha viajem. – Depois dos cortes que sua mãe vinha fazendo, já estava cogitando que logo cortaria isso também.
- Vamos ver! – Victória realmente estava pensando em cancelar.
- Paula está viajando...
- Paula está em um congresso da faculdade.
- Sei bem! – Mariana desconfiava do que a irmã estava fazendo.
- Tem algo para me dizer? – Victória notou o tom de Mariana.
- Não! – Respondeu com um resmungo.
...
Otávio, levou ela na mansão onde ela passaria a noite trabalhando com a ajuda de Camila, e de lá seguiu para a casa do namorado de Paula. Não acreditou nessa história de congresso.
Ao chegar lá encontrou o rapaz bebendo e fora de si. Os dois discutiram, mas por fim conseguiu o endereço onde Paula faria o aborto. Quando acabasse ela voltaria para casa do namorado, e ficaria até se recuperar o suficiente, para que sua mãe não desconfiasse.
Otávio chegou no local e procurou por ela em todos os pavimentos do prédio. Já tinha ido na clínica e ela ainda não tinha aparecido para a realização do procedimento.
Na cobertura do prédio ele a viu encostada na parede, enquanto chorava.
Sem saber o que fazer, ele lhe deu um tempo, e acendeu um cigarro.
Os dois ainda não eram amigos, mas nesse instante ela também não o odiava.
- Meus pais vão me matar! – Ela falou assim que ele criou coragem de ir até ela. Sebastian, tinha lhe mandado uma mensagem avisando que ele estava indo ao encontro dela e já sabia de tudo.
- Sabe que não! Sua mãe jamais viraria as costas para você nesse momento. E seu pai...bom, ele é seu pai.
- É, eu sei! – Chorou mais ainda, e ele se viu obrigado a lhe abraçar. – E eu que critiquei tanto sua vida e atitudes, vou acabar como ela. – Continuava a chorar.
- Se acabar como ela, vai ser bom, não!? – Lhe falou bravo pela forma que ela se referia a sua mãe. – Tudo o que ela faz é por vocês. É uma mulher extraordinária.
- Sim, ela é! – Olhava para ele defendendo sua mãe, e pela primeira vez, pensou que talvez ele realmente gostasse dela. – Mas não foi essa a vida que planejei. – Foi sincera.
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VICTÓRIA
RomanceDessa vez, a inspiração é a novela VICTÓRIA. Amo tanto quanto A Madrasta <3 Espero quem gostem :)