VICTÓRIA

34

se gostarem, curte e comenta 😘💕

- Ela precisava.

- Semana passada foi a mãe da Laura... essa da Luísa. Não estou gostando nada disso, Otávio Villareal.

- Meu amor... não tenho culpa. O que quer que eu faça?

- ... – Ela tinha uma lista de coisas que queria que ele fizesse quando essas se aproximassem dele, mas não se atreveria a dizer em voz alta.

- Agora é a minha vez. – Não esqueceu o que o levou ali.

- O quadro que tem no seu escritório é falso. – Ela fechou os olhos, tentando fugir de seu marido.

- Que quadro? – Ele já sabia de qual se tratava, mas queria mais uma chance do destino, desejando que ela falasse que fosse qualquer outro. Infelizmente, com a expressão que ela mantinha, ele soube que não tinha volta. – O que aconteceu?

- Você quer mesmo saber?

- Victória...

- De alguma maneira, sorvete foi parar nele, e manchou a tela, ainda tentei recuperar, mas você ia perceber e...

- Então comprou outro e colocou no lugar.

- ... – Seu silêncio falava por si só.

- E não pensou nem uma vez em me falar?

- Pensei... daqui a muito tempo. – Ela pensou em voz alta. – Quer dizer... não consegui. – O olhou com aqueles olhos inocentes, que sempre conseguiriam qualquer coisa dele. – Tentei comprar um original, mas como sabe, ele era único...

- ... – Suspirou como se estivesse frustrado. – Tem mais alguma coisa que eu deva saber?

- ... – Optou pelo silêncio e negou com a cabeça.

Claro que ela não iria contar sobre um dos professores da escola dos filhos, que claramente andava puxando assunto demais com ela. Razão pela qual ela gostava que seu marido buscasse os filhos. Também não falaria de Henrique ou de Osvaldo, que sempre que podiam demonstravam amabilidade demais até para ela, que tentava fingir não perceber. Ou de Ângelo, que reprovou por falta, faltando um semestre para finalizar o curso.

Ele olhava para ela, e estava bravo e aliviado. Como era possível dois sentimentos tão distintos ao mesmo tempo, não sabia.

- Sentindo falta de quando não tinha essa bagunça na sua vida?

- O quê?

- É... quando não tinha esse tipo de...

- Nada tem mais importância na minha vida, que vocês.

- Mesmo com tudo isso?

- Mesmo com tudo isso. – Tocou em seu rosto e sentiu mais uma vez o quão delicado era. – Vocês são tudo que tenho de mais querido na vida. Minha razão de viver. – A beijou.

- Ah... que fique claro que não te quero dando carona para mais nem uma outra mãe. – Ela interrompeu o beijo para dar seu ultimato. Também não esqueceu o que ele fez.

- Meu amor... eu não faço porque quero. O que vou dizer? Que não, minha mulher tem ciúmes...

- ... – Ela arqueou a sobrancelha em uma clara advertência sobre o caminho que ele estava seguindo.

- Respirou fundo – Ok!... – Segurou firme em sua cintura e a prendeu contra a parede. – Como a Sra. quiser. – Beijou e mordeu seu pescoço, arrancando dela mais um gemido. – Agora posso cobrar o quadro que vocês estragaram, do meu jeito?