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26. aquele em que merlin precisa salvar quinn

 aquele em que merlin precisa salvar quinn

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Quinn Weasley
point of view

Merlin, preciso que me salve! Era só isso o que eu pensava. O que minha vida se tornou? Onde foi que eu errei? Minha vida era perfeita, tirando o amor platônico que eu tinha por Teddy, eu tinha tudo o que queria, e agora nem migalhas eu recebia. Acho que tudo começou a dar errado naquele dia em que Teddy Lupin quebrou meu coração, sim, meu coração foi quebrado, eu realmente gostava de Teddy, talvez tenha sido um amor de infância, aquele amor em que você jura que casará com ele, com tal idade, e que terão tantos filhos, mas mesmo assim, doeu. E então inventei de escutar a Robbie, dizendo que eu poderia dar chances a outros caras, por que fui escutar ela? Deveria ter ficado na minha, e não ter ido procurar outro amor desesperadamente. Steve Wood tinha sido uma experiência nova e boa, mas eu não conseguia retribuir os sentimentos dele. E então, cometi o erro de ter me envolvido com Nate Evans, que garoto pirado, me senti presa e com medo, que bom que ele havia sido transferido para Durmstrang depois do ocorrido, claro que os pais dele protestaram, e até quase partiram para cima dos meus pais, agressividade deve ser de família, não conseguiria ver ele nos corredores de Hogwarts, iria travar de medo, estou me sentindo até um pouco mais receosa em relacionamentos por conta dele.

E claro que não posso esquecer dele, o causador dos meus pesadelos. Harvey Malfoy. Eu não sabia o certo o que havia acontecido. Eu nunca o enxerguei com outros olhos, há não ser com ódio. Desde que nos trombamos no trem no primeiro dia em Hogwarts, eu odiei aquele bastardo mais que tudo. Eu sempre soube que ele era atraente, que ele tinha um cheiro bom, e sabia como envolver uma garota, mas meu ódio ultrapassava qualquer coisa boa que ele tinha. E então o caos aconteceu. Talvez tenha sido quando o vi com Naomi Chang, eu fiquei com ciúmes, achei que era raiva pelos meus dois inimigos estarem juntos, mas era ciúmes. Depois ele sentiu ciúmes, e deixou bem explícito, diferente de mim. A bebida talvez tenha ajudado na primeira vez que o beijei, mas eu só sentia que queria. E todas as outras vezes, algo dentro de mim, um sentimento inexplicável, me fez o querer mais que tudo. Eu ainda não sei dizer o certo o que eu sinto, talvez uma atração muito forte.

Mas como poderia dizer que é apenas uma atração muito forte quando eu entreguei minha virgindade de mão beijada a ele? Eu não era como aquelas garotas que diziam que a primeira vez tinha que ser com o amor da vida delas, longe disso, eu achava que quando fosse acontecer, ia acontecer, mas também não entregaria para qualquer um. Mas eu tive tanta vontade, e foi tão bom, que só de pensar naquela noite fico molhada. Como nada que é bom dura para sempre, meu conto de fadas foi destruído, quando Malfoy me enganou, disse que me queria, e me deixou plantada, como ele sempre fez com as garotas que se envolvia. É claro que eu era só mais uma.

Então, ele demonstra arrependimento. Quase mata Nate Evans. Mas não foi por mim. Harvey Malfoy tem o ego nas alturas, ele não podia ver qualquer outro comigo, já que ele acha que sou propriedade dele, mas isso está bem longe de ser amor ou afetivo, ele só é um narcisista idiota que acha que tudo é dele, e sempre tem que ser melhor que todos. Eu até pensei que ele poderia sentir alguma coisa por mim de verdade, mas foi só eu pedir para ele me dizer, se ele me amava, ele teria dito, em voz alta, sem remorso algum, mas ele não foi capaz disso. Como você ama alguém se não pode falar em voz alta? Isso não existe, esse amor não existe. Malfoy não ama nem a si mesmo. Ele insistiu, mas novamente para o ego dele, para poder me ter e depois me descartar e sair por cima, como sempre.

E agora, ele tinha voltado a ser o grande nojento que estava a cada semana com uma garota diferente. Se não estava pior, já que agora, todos os dias ele tinha uma garota diferente em seus braços. E ele só se referia a mim para falar algo grotesco, assim como antigamente, só que pior.

— Então, depois do treino você vai em Hogsmeade com a gente.

Escutei a voz de Jake, enquanto me cutucava. Estava com esses pensamentos rondando minha mente durante o café da manhã, sem me importar com que estavam falando. Mas é claro que ele me interrompeu de ter meu momento reflexivo.

— Não quero ir para Hogsmeade. — Respondi.

— Mas você vai. — Jake afirmou. — Prometi aos seus pais que ficaria de olho em cada passo seu.

— Ficar de olho, e não ficar grudado em mim como se eu fosse um bebê que precisa de vigia vinte e quatro horas!

— Quinn, você é perita em confusões. Se eu virar para o outro lado você já terá se envolvido em uma merda gigantesca.

— Jake, agradeço a preocupação, mas não precisa de tudo isso. Nate Evans nem está mais aqui, não tem o que temer.

Robbie olhou para Jake com um olhar com quem concordava comigo, tentando despreocupar o namorado. Todos eles tinham ficado extremamente preocupados com o que tinha acontecido, mas não era mais necessário, eu estava segura. Jake vacilou o olhar, ele iria me dar mais um discurso de como precisava me proteger, se não fosse o barulho alto de alguém sentando ao nosso lado e o cheiro forte de whisky de fogo. Sim, whisky de fogo, pela manhã, e vinha de Harvey Malfoy, que também tinha olheiras enormes e o cabelo bagunçado.

— Harvey, você está bêbado? — Robbie adiantou.

— Só um pouquinho. — Harvey respondeu.

— Onde você estava? — Jake perguntou.

— Passei a noite na Sala Precisa com duas garotas, pode acreditar, estou bem menos bêbado que elas.

Mordi o lábio inferior. Harvey tinha um sorriso sacana, era óbvio o que ele tinha feito com aquelas duas meninas e falava descaradamente isso. Que eu saiba, ele nunca tinha feito isso com duas garotas ao mesmo tempo, muito menos andar bêbado pela manhã nos corredores de Hogwarts. Ele havia piorado completamente, e eu tinha culpa nisso.

— Harvey, onde estava com a cabeça em ficar bêbado em plena luz do dia? Se algum professor ou o Filch te pegar você será expulso! — Robbie falou com a feição preocupada.

— É cara. Você quer foder, você fode. Mas pensa com a cabeça de cima também. — Jake disse.

— E outra, esqueceu que temos treino de Quadribol hoje? Como vai treinar ou sequer andar pelos corredores com essa cara? Com esse cheiro de álcool e cambaleando desse jeito? — Robbie perguntou.

Robbie era a nova capitã da Grifinória, e ela levava Quadribol muito a sério, quase tanto quanto Steve Wood. O sonho dela era ser jogadora profissional, e babava na minha tia Ginny por ela ser jogadora.

— Pode colocar o pirralho do Potter no meu lugar, eu não vou. — Harvey respondeu.

— Se continuar desse jeito vou colocar mesmo, e não só para o treino, será definitivamente!

Robbie respondeu e saiu andando apressada, provavelmente indo atrás do James para ele jogar no lugar de Harvey. Jake foi atrás dela, sobrando apenas eu e o bêbado idiota. Harvey me olhou e aproximou os lábios no meu ouvido.

— Se quiser ir até a Sala Precisa, a cama já está preparada.

Me arrepiei. Não pela fala nojenta. Mas pela voz rouca, e de lembrar daquela noite com essa insinuação dele. Que raiva.

— Você é um pervertido nojento e eu te odeio! — Respondi.

— Então por que está arrepiada?

Olhei fixamente para os lábios entreabertos de Harvey. O cheiro do perfume misturado com o cheiro de whisky de fogo me lembrava da primeira vez que nos beijamos. E novamente me peguei na mesma situação de sempre, meu corpo buscando por ele, enquanto meu cérebro gritava para eu não fazer nada. Escutei meu cérebro, melhor agir pela razão do que pela emoção, me afastei bruscamente e fui embora do Salão Principal. Deixando o bêbado maldito atrás com cara de idiota. Tomara que algum professor perceba que ele está bêbado e o mande embora de Hogwarts, para eu não precisar mais ver esse bastardo infeliz.

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