AMOR BASTARDO • "Já ouviu aquele ditado trouxa que diz que o amor e o ódio caminham lado a lado?"
Quinn Weasley, filha de Fred Weasley, tinha uma vida perfeita, seus únicos problemas eram o amor épico e impossível que sentia por Teddy Lupin, e seu ó...
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12 de Junho de 2016
Os meses se passaram. Robbie e Jake tinham finalmente se declarado um pelo outro, estavam oficialmente namorando, pela felicidade de todos. Agora não desgrudavam mais, inclusive estavam comemorando o aniversário de Harvey no Salão Comunal e eles mal se separaram, há não ser para cantar o parabéns do amigo.
— Por que não fez uma festa igual eu e Fred? Você adora festas! — Molly perguntou.
Quinn bateu na própria cabeça quando lembrou da festa de aniversário que Molly e Fred fizeram na Sala Precisa. Seu irmão Finn vomitou de tanta bebida. Pareciam estar todos bebados, ela não bebeu um gole sequer, com medo de cometer erros que ela geralmente comete bebada. Aquela festa foi uma loucura.
— Não estou no clima esse ano, e vocês destruíram a Sala Precisa. — Harvey respondeu.
— Confessa que foi a melhor festa que foram em suas vidas. — Fred disse.
— Ah foi sim, foi ótima para entrar em coma alcoólico! — Robbie exclamou. — Já está tarde, amanhã temos que acordar bem cedo para o último jogo de Quadribol.
Todos foram, deixando apenas Quinn e Harvey em frente à lareira.
— O que tá fazendo aqui ainda? — Harvey perguntou com a voz arrastada de sono.
— Você anda muito cabisbaixo, sei que é porque as aulas estão acabando e vai ter que ficar na casa do seu pai, mas você pode conversar e desabafar, principalmente com Jake, sabe disso, né?
— Sim, com o Jake eu posso. Não com você.
— Seu ogro. — Quinn mandou o dedo do meio. — Olha, você é muito bem vindo na casa dos Weasley, não sei porque mas meu pai te adora.
— Tá me convidando para ficar na sua casa? — Harvey perguntou. — E vou dormir onde? Na sua cama?
Quinn sentiu o rosto queimar. Harvey tinha um sorriso malicioso no rosto.
— Nem nos seus sonhos, garoto tonto!
— Nos meus sonhos a gente faz mais que isso.
Quinn sentiu uma enorme atração por aquela cara de cafajeste que Harvey Malfoy tinha. Nesse momento ela não era nada santa, porque só queria ter ele. Se aproximou quase se sentando no colo de Harvey, e quando foi beija-lo, ele a impediu.
— Eu disse que só iria te tocar quando você implorasse.
Filho da puta. Quinn pensou com ódio. Harvey arqueou as sobrancelhas esperando uma súplica, mas ela não daria esse gosto a ele. Quinn se levantou e em passos largos subiu para seu dormitório. Quando é que teria paz quando se tratava de Harvey Malfoy? Pensou que eles tinham superado isso, ela só queria muito o beijar, sentiu até mesmo os lábios formigando, mas ela não iria se humilhar para ele.
Enquanto isso Harvey ficou lá embaixo com um sorriso bobo no rosto. Sabia que Quinn Weasley não dormiria bem essa noite, e o culpado era ele. Ele queria mais que tudo beija-la, mas não podia a deixar pensando que poderia tê-lo quando quisesse e depois o tratasse como um nada.
~*~
Grifinória x Corvinal. Aquela era a última disputa de Quadribol do ano, quem ganhasse, levava a Taça. Steve Wood estava no vestiário fazendo um discurso enorme, acompanhado de Finn Weasley, quase que obrigando os companheiros de time a ganharem essa partida, já que era o último ano deles. Quinn já estava lá fora esperando os companheiros quando Naomi Chang, que disputaria com ela esse jogo, se pôs ao seu lado.
— Preparada para perder, Weasley? — Chang perguntou.
Quinn iria responder, se não fosse por Harvey se metendo ao seu lado.
— Fala mais alguma coisa e eu faço você comer poeira quando eu pegar a pomo de ouro. — Harvey disse colocando suas luvas, sem nem ao menos olhar para Naomi.
Naomi Chang bufou e saiu de perto, o ego dela ainda estava afetado por Harvey desde que ele havia terminado com ela sem mais nem menos. Quinn deu um mínimo sorriso, realmente não precisava de proteção quando se tratava da sua inimiga mortal, sabia muito bem lidar com ela, mas sentiu uma pontada de felicidade vendo Harvey a proteger contra aquela que há poucos meses ele estava enfiando a língua, apenas para irritá-la.
Como de esperado. Grifinória ganhou. Eles treinaram o ano todo incansavelmente, tudo para dar o prêmio para Finn e Steve que estavam prestes a se formar. Finn Weasley sendo cara de pau como era, fez um discurso no meio do campo de Quadribol, e todos aplaudiram, todos em Hogwarts gostavam dele. E depois, foi motivo de comemoração no Salão Comunal da Grifinória, não iriam sossegar tão cedo.
— Ganhamos, Quinn! — Steve Wood se aproximou de Quinn pela primeira vez desde o término deles, e a abraçou.
Do outro lado da sala, Harvey observou aquilo com raiva. Não era somente uma comemoração, não do jeito que Steve Wood cheirava os cabelos longos e loiros de Quinn. Amassou a lata de energético que os nascidos trouxas levaram para Hogwarts, com a mão, de tanta raiva que sentiu, principalmente quando viu Steve falando próximo dos lábios de Quinn, e ela estava retribuindo. Apertou o passo em direção a eles, empurrando qualquer um que entrasse em seu caminhão. Tirou Steve de perto dela bruscamente. Sem Quinn nem ao menos perceber, Harvey apertou os lábios nos dela, aprofundando um beijo. Não foi igual os outros beijos, tinha muita raiva nesse, e ele a apertava como se ela pertencesse somente a ele. Quinn não teve nem reação a não ser retribuir.
— Aí, larga a minha irmã, seu babaca! — A voz de Finn Weasley de longe atrapalhou o beijo deles.
Finn não foi até eles os separar, ele só estava furioso demais com Harvey para deixá-los se beijarem em sua frente. Ele não queria o pervertido do Malfoy perto da sua irmã caçula. Sorriu satisfeito quando viu os dois se separando. Mas eles não se distanciaram, Quinn olhava com a testa franzida para Harvey.
— Por que fez isso? Pensei que só iria me tocar se eu implorasse, não aguentou, é? — Quinn provocou.
— Você ia beijar o Wood, na minha frente.
— E qual o problema?
— Não quero ver você com outros, só comigo. — Harvey apertou a cintura de Quinn, seus olhos acizentados estavam mais escuros.
— Eu não sou sua propriedade, Malfoy. — Quinn gaguejou um pouco, estava nervosa com o toque dele.
— Ah, você é sim.
Harvey deu um selinho longo em Quinn e se distanciou novamente. Deixando a Weasley totalmente confusa e com as pernas bambas. Agradeceu mentalmente por ninguém ter prestado atenção neles, há não ser seu irmão que a encarava com a maior carranca de ciúmes da história. Mais um para encher a sua paciência.
Procurou Harvey com os olhos e o encontrou sentado na poltrona virando alguma lata, ele mantinha os olhos nela, vidrados, como se a qualquer momento ela fosse fugir. Quinn estremeceu, não estava entendendo nada, uma hora ele não quer nem olhar na cara dela, na outra está agindo como um namorado ciumento.
Mesmo não entendendo, no fundo, Quinn Weasley tinha gostado de escutar Harvey Malfoy falar claramente que ela pertencia a ele.
