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47. aquele em que jack pode ser o próximo erro de quinn

 aquele em que jack pode ser o próximo erro de quinn

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Como de esperado, Quinn teve insônia. Milhares de pensamentos passavam pela sua mente, e não a deixavam dormir. Caminhava em passos leves em direção a cozinha, sempre que ficava nervosa sentia mais fome que o normal. Sentiu alguém tocar em seu braço. Nem precisou se virar para ver quem era. O perfume de Harvey Malfoy impregnou o ar. Ele só podia estar querendo testar a sua paciência.

— Que tal me dar um momento de paz, para variar? — Quinn sugeriu.

— Não enquanto não resolvermos. Por que não pode esquecer o que aconteceu? Estou cansado de todo esse drama. — Harvey perguntou.

— O que é mais triste é que eu também estou cansada. Agora eu percebi que você não está pronto. Eu achei que depois de tudo o que nós passamos, que talvez você tivesse mudado. Mas quem eu estava querendo enganar.

— Não diga isso.

— Você precisa de anos até ser capaz de ter um relacionamento de verdade. Se é que vai conseguir.

Quinn se soltou do aperto de Harvey e se apressou para chegar até a cozinha. Quando finalmente entrou, não foi recebida pelos elfos como de costume. Levou um susto quando Albus e Scorpius se revelaram ao seu lado, estavam com a Capa da Invisibilidade.

— Vocês quase me mataram de susto! Estavam me seguindo? — Quinn exclamou com a mão no peito.

— Foi mal, prima. Nós estávamos procurando a cozinha, te vimos andando por aí e decidi te seguir, sabia que você iria vir até a cozinha roubar um lanche. — Albus se explicou.

— Por que não pegou o Mapa do Maroto ao invés de me seguir? — Quinn perguntou.

— Eu já peguei a Capa da Invisibilidade escondida do James, se eu pegasse o Mapa também, ele ia me matar!

— Estou me irritando com os Potter bisbilhotando minha vida, primeiro o James, agora você! Contarei a Tia Ginny e assim ela mata os dois.

— Está irritada só por que vimos você e meu irmão em um show de drama? — Scorpius perguntou.

— Oras, isso não é da conta de vocês! — Quinn cruzou os braços.

— Ouvimos os boatos por aí. Vê se toma cuidado quando passar pela porta. — Scorpius continuou.

— Cuidado com o que? — Quinn perguntou.

— Com os chifres, é claro.

Quinn sentiu seu olho esquerdo piscar inúmeras vezes. Scorpius tinha o mesmo sorriso sínico de Harvey, típico de um Malfoy. Como podia um menino de 11 anos com tanta audácia, ele era igualzinho ao irmão.

— Quinn, não dá bola. Scorpius é um bocudo, só é educado com o Harvey. Até comigo que sou amigo, ele trata desse jeito.

Albus se desculpou pelo Malfoy, sabia que a prima tinha se irritado pelo tique nervoso que ela estava tendo com o olho. E nunca era bom quando Quinn Weasley se irritava. O nariz quebrado que James recebeu dela uma vez deixava aquilo claro. E em pouco tempo de amizade com Scorpius, sabia que ele adorava provocar qualquer um que aparecesse, ultimamente mantinha as provocações fixas em Rose Weasley, filha de Ron e Hermione.

— No seu próximo aniversário mandarei um trasgo no meio da noite. — Quinn apontou o dedo na cara de Scorpius, o mesmo riu. — Podem ficar com a cozinha.

Quinn foi embora da cozinha, não sem antes esbarrar o ombro de propósito em Scorpius. Como podia todos os Malfoy a irritarem profundamente? Deveria estar nos genes, a guerra entre Weasley e Malfoy. Uma guerra antiga desde a época do seu avô. Não seria novidade virar um legado mesmo nos tempos atuais.

~*~

Quinn estava com a cabeça encostada em Jack. No lugar de sempre. Quinn estava planejando sua vingança contra Naomi Chang, ela não deixaria aquilo passar batido, ela iria tirar de Naomi o que ela mais queria. E no meio da operação vingança, Quinn lamentava em como sua vida amorosa era um lixo.

— Eu só preciso de alguém que me ame, sabe?

Quinn soltou dando de ombros. Ela mal sabia que lamentava para alguém que sentia mais do que demonstrava. Jack Johnson sentiu o próprio coração palpitar com mais força, e não pensou duas vezes quando puxou o rosto de Quinn e a beijou. Quinn se assustou no começo. Mas em seguida retribuiu. Nunca tinha beijado Jack, na semana que tiveram o namoro falso, deram apenas selinhos, mal encostavam a boca um no outro. Agora ela sentiu como era bom beijar ele e como deveria ter feito isso antes.

— Por que fez isso? — Quinn perguntou quando o beijo foi encerrado.

— Porque eu sou esse alguém que te ama. Que não consegue parar de pensar em você desde que tivemos aquele namoro falso. — Quinn arregalou os olhos. Não imaginava nem em um milhão de anos o que Jack sentia por ela, ele escondeu muito bem.

Quinn sentiu seus lábios formarem um sorriso. E uma luz na sua própria cabeça. Nos últimos anos sua vida amorosa tinha decaído drasticamente, cada relação pior que a outra. Jack parecia seu próximo erro, mas ela queria errar novamente. Ele sempre foi bom com ela, em um ano de amizade, tinha criado uma relação maravilhosa, era genuíno, e era isso o que ela desejava.

Não demorou para que Quinn se entregasse completamente nesse novo amor. E dessa vez não tinha nem resquícios de que era um namoro falso, já que Quinn e Jack se olhavam com um amor puro. Aquilo não agradou um certo Malfoy. E na partida de Quadribol, da Lufa-lufa X Sonserina, ele causou uma grande cena. Não estava nem bebado para dar uma desculpa, estava só possesso por ciúmes. Foi em direção a Quinn e Jack nas arquibancadas, como a Grifinória não estava jogando, estava quase que em silêncio o lado deles do campo.

— Preciso te pedir uma coisa.

Harvey pediu tentando puxar Quinn pelo braço. Já era possível ver os olhares curiosos dos alunos da Grifinória, em busca de uma briga para os animar naquela manhã.

— Isso não é hora nem lugar para uma cena. — Jack Johnson disse tentando puxar Quinn de volta.

— Não é uma cena, eu sou o amor da vida dela, e ela sabe disso. Todos os outros são uma perda de tempo. — Harvey disse olhando com raiva para Jack.

— Saia daqui. — Quinn pediu respirando fundo, estava vermelha de vergonha por todos em volta estarem olhando pra eles.

— Você ganhou. Provou que pode arrumar outro. Admito que estou com ciúmes. Agora vamos sair daqui para que eu lhe de o prêmio.

— Você está me envergonhando!

— E você está fingindo que ama esse mané. Que piada!

— Para, já chega!

— Conte a ele de quem é seu coração. Conte.

Harvey continuaria com sua cena de ciúmes, se não fosse por Jake e Fred o tirando a força do campo de Quadribol. Precisou dos dois, caso o contrário, não o conseguiriam tirar de lá, não com a raiva que ele sentia. Quinn se virou para Jack totalmente vermelha, estava envergonhada.

— Jack, desculpa. Você sabe que aquele garoto é louco.

— Eu que peço desculpas. Te escutei o ano inteiro, pensei que depois de tudo, você estava o odiando verdadeiramente. Mas não. Você ainda está ligada a ele, e sempre vai estar.

E assim, Jack também foi embora. Deixando Quinn solitária no campo de Quadribol, com os olhares dos alunos da Grifinória direcionados a ela. Nem ao
menos comemorou quando viu o gol que Phoenix fez para a Sonserina. Estava com raiva de si mesma por perceber que talvez aquela história nunca teria fim. Jack estava certo, ela sempre estaria ligada a Harvey. Não importava se fosse contra sua própria vontade, aquela era sua maldição.

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