AMOR BASTARDO • "Já ouviu aquele ditado trouxa que diz que o amor e o ódio caminham lado a lado?"
Quinn Weasley, filha de Fred Weasley, tinha uma vida perfeita, seus únicos problemas eram o amor épico e impossível que sentia por Teddy Lupin, e seu ó...
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Quinn estava na biblioteca com Jake o ajudando a estudar. Fazia dois dias desde a cena que Harvey causou e Jack preferiu se afastar de Quinn. Ela tentava estudar, mas na sua mente só passava aquele dia, estava com tanta raiva, Jake já não aguentava mais ouvi-la lamentando sobre.
— Em todos os meus anos de humilhação pública, que não são poucas. Aquela foi a pior de todas.
— Bom, talvez Jack mude de ideia. — Jake respondeu.
— Talvez. Eu devia imaginar que meu passado com o Harvey voltaria para me assombrar.
— Você vai me odiar por dizer isso mas, eu sinto por Harvey.
— Espera aí, depois do que viu aquele dia, vai ficar do lado dele?
— Não, Quinn. Não estou do lado dele, só estou com pena.
— Jack me faz feliz. Feliz. Sabe qual foi a última vez que senti isso? Harvey me trouxe para suas trevas há tanto tempo que esqueci o que era isso. Eu quero algo diferente, com o Jack.
Quinn fechou o enorme livro com força e deixou Jake para que ele se virasse e estudar sozinho, deu de cara com Jack perto da mesa onde estava sentada, ele tinha um sorriso de orelha a orelha.
— Eu estava te procurando, acabei escutando sua conversa com o Jake. — Jack disse. — Então, é verdade? Eu realmente te faço feliz?
Quinn somente concordou com a cabeça e Jack abriu mais um sorriso.
— Quer dizer que me perdoa? — Quinn perguntou.
— Você não fez nada para eu ter que te perdoar. Estou feliz por te fazer feliz.
Quinn suspirou aliviada. Finalmente algo bom em meio ao caos. Conseguiu com que Jack percebesse que ela gostava dele, de coração. Agora não o deixaria ir embora novamente. Ela precisava daquele amor puro para se afastar do amor venenoso de Harvey Malfoy.
~*~
A primeira partida de Quadribol da Grifinória foi contra a Corvinal. E Quinn colocaria em prática seu plano de vingança contra Naomi Chang. Sabia o quanto Naomi amava Quadribol, tinha começado a jogar apenas para irritar Quinn, mas com o tempo, se apaixonou pelo esporte. E o que seria pior para ela do quer impedida de jogar o ano inteiro, ainda mais, em seu último em Hogwarts. Quinn deixou tudo planejado com Jack, e deu início no plano assim que a partida começou.
— Caiu da cama hoje, Chang? Minha avó joga melhor que você!
Quinn gritou para Naomi. A corvina estava perdida. Estava chovendo forte, e ela nunca jogou bem na chuva. Quinn sabia que mínimas provocações, como de crianças, bastavam para Chang se estressar, ela achava que apenas ela tinha o poder de fala, e quando alguém dizia o contrário, surtava. Naomi olhou feio para Quinn mas preferiu ficar quieta, estava se esforçando para encontrar a pomo de ouro.
— Já fiz seis gols em cima de vocês, logo menos James encontra a pomo, e a Corvinal vai embora!
Quinn continuou. Agora ela tinha conseguido a atenção da competitiva Naomi Chang. E não parou por aí. Quinn proferiu tantas provocações, Robbie que era a capitã passava voando ao lado da Weasley dizendo para ela se concentrar no jogo. Mas não era preciso, o jogo já estava praticamente ganho. E James Potter encontraria a pomo de ouro antes mesmo que percebessem.
Naomi Chang já estava vermelha de raiva, por ver sua Casa perdendo, por escutar as provocações de Quinn Weasley. Não raciocinou direito quando pegou o taco do batedor da Corvinal e bateu com força no balaço em direção a Quinn. A Weasley de longe viu o balaço vindo e mandou o sinal para Jack. Ele lançou um feitiço na própria namorada que fez com que o jogo se encerrasse ali mesmo. Quinn caiu da própria vassoura e seu braço foi quebrado pela balaço. Não era a intenção quebrar o braço naquele plano, apenas receber o feitiço de Jack para fingir que tinha sido agredida tão fortemente que havia desmaiado com a dor.
Madame Hooch apitou e encerrou o jogo. Todos os componentes do time da Grifinória foram reclamar dizendo que Naomi havia infringido as regras, já que apenas o batedor poderia jogar balaço nos outros. Virou um alvoraço. Enquanto Quinn foi levado para a Ala Hospitalar. De tantas reclamações na cabeça da Professora, ela decidiu expulsar Naomi Chang da equipe, pelo resto do ano. O plano não saiu totalmente como Quinn imaginava, Naomi teve piores reações, mas no fim, conseguiu o que queria, que ela fosse expulsa no seu último ano em Hogwarts. Foi satisfatório ver o ataque de raiva que Naomi Chang teve.
Na semana do Natal, Harvey recebeu uma carta do seu pai. Draco Malfoy queria a presença dele na Mansão dos Malfoy, para que tivessem uma conversa, não explicou sobre o que seria, mas deixou claro que se ele não fosse, teria consequências, não deixava de fazer ameaças bobas nem por um minuto. Quinn encontrou Harvey no corujal enquanto ele lia a carta, ela estava com o braço quase curado, estava com ele enfaixado ainda, mas ia tirar antes mesmo de voltar para a casa no Natal. Quinn não ia falar com Harvey, assim como fez durante o todos os dias depois da cena que ele fez no campo. Mas percebeu que ele não estava bem, então esqueceu tudo o que ele tinha feito e sentou ao lado de Harvey.
— O que foi? — Quinn perguntou.
— Meu querido pai me quer na Mansão dos Malfoy no Natal.
— Isso é bom, não é? Talvez queria se desculpar.
— Isso é a última coisa que ele vai fazer.
Harvey olhou para Quinn, ela estava com receio de o abraçar, e ele percebeu. Mesmo que ela quisesse dar carinho para ele, mostrar que se importava, ela não podia, não depois de tudo, seria retribuída com palavras ingratas como sempre. E além de tudo, tinha Jack Johnson. Eles estavam namorando há um tempo, e Quinn parecia extremamente feliz com ele, como nunca foi com Harvey.
— Ama mesmo ele, não é? — Harvey perguntou.
Quinn não precisou perguntar, sabia que ele se referia a Jack.
— Amo. É diferente, é mais leve e mais simples. Ele me faz feliz.
— E eu não.
— O que temos é um grande amor. É complicado, intenso, consome tudo. Não importa o que fazemos, ou o quanto brigamos, ele sempre nos puxa de volta.
— Mas não estou pronto. — Harvey reforçou o que Quinn havia dito há um tempo.
— Não... sabe, você é muito diferente do seu pai, mas parece que se esforça a ser igual ele, principalmente com essas atitudes, age como se não ligasse para nada.
— Não sou igual a ele. Vou provar para você que eu mudei, é só esperar.
— Eu cansei de esperar, Harvey.
Quinn se levantou, amarrou a carta na coruja da sua prima Molly, já que ela nunca quis ter uma. E foi embora. Harvey ficou lá com a carta do seu pai em uma mão e o próprio coração no outro. Se pudesse voltar no tempo e fazer tudo diferente, ele faria, sem pensar duas vezes.
