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29. aquele em que o orgulho fala mais alto

Quinn Weasley e Jack Johnson estavam sentados próximos à cabana de Hagrid

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Quinn Weasley e Jack Johnson estavam sentados próximos à cabana de Hagrid. Eles ainda permaneciam com a falsa história de amor, pelo menos até o jogo de Quadribol manteriam assim. E por mais impossível que seja, tinham se tornado ótimos amigos. Geralmente era Quinn que falava sem parar e Jack escutava, o que exatamente acontecia agora com ela contando o que havia acontecido naquela noite com Harvey. Não que ela não pudesse contar para outra pessoa, ela já havia contado tudo para seu melhor amigo Jake, mas estava cansada dele dizer sempre as mesmas coisas, queria conversar com alguém diferente com opiniões diferentes.

— Vocês tem brincado um com o outro. Não ganhou essa, talvez devesse esquecer. — Jack respondeu depois de ouvir toda a história.

— Agora é diferente.

— Por que? Você o ama?

Quinn olhou para os próprios pés. Amava? Ela sentia algo a mais, só não sabia como admitir ou se expressar, e isso a deixava até mesmo assustada, com tantos sentimentos dentro de si, gritando para serem declarados.

— Não sei, eu só... — Quinn suspirou. — Não entendo como chegou a isso. Se eu disser, ele vence. E se vencer serei só mais uma para ele.

— Não sabe se é verdade. Tem que decidir o que é importante. Manter o orgulho e levar nada... ou arriscar e talvez ter tudo.

— Tudo bem. Mudando de assunto, você não vai cobrar sua dívida por ter me feito um favor?

— Deixa isso quieto. Gostei da sua companhia, agora somos amigos. Fiz um favor para uma amiga.

Quinn concordou com um sorriso. E depois da conversa com Jack, refletiu a semana toda O que sentia por Harvey era diferente, diferente de tudo que havia sentido na vida. Ao mesmo tempo que o odiava, e o queria longe, também o queria perto, dando toda atenção do mundo para ela. Só Quinn sabia o quão enfurecida o vendo com diversas garotas diferentes, quando ele deveria estar com ela. Harvey tinha corrido atrás dela por muito tempo, havia vacilado, mas não deixava de ser verdade, e Quinn sabia disso. Aquilo a assustava mais que tudo, o maior medo era ser só mais uma para Harvey. Talvez os primos estivessem certos, o amor e o ódio caminham lado a lado. E talvez ela estivesse pronta para admitir.

~*~

O primeiro jogo de Quadribol do ano. A Grifinória e a Corvinal estavam prontos para disputarem entre si. Durante o café da manhã, Quinn tratou de se apressar contando que ela e Jack haviam terminado, afinal o trato deles era de apenas uma semana, e já havia ajudado, Naomi Chang tinha ficado muda quando descobriu que a Weasley estava falando a verdade na Sala Precisa, não poderia esfregar na cara dela isso. O trato tinha sido cumprido e gerado efeito, mas ela não deixaria de ver Jack por isso, tinham se tornado próximos.

Naquela mesma manhã, Quinn mandou um pergaminho para Harvey, que estava do outro lado da mesa da Grifinória, pedindo para se encontrarem pois ela estava pronta, estava determinada a dizer o que sentia ao Malfoy, isso o deixou um tanto que satisfeito.

A Grifinória não havia cantado vitória aquele dia. James Potter e Dominique Weasley jogavam muito bem, mas o nervosismo e ansiedade do primeiro jogo falou mais alto. Robbie estava decepcionada, tinha dado duro como capitã, mas ainda tinha esperanças, só precisavam ganhar da Lufa-lufa e da Sonserina nos próximos jogos.

No vestiário da Grifinória era possível ouvir a comemoração do vestiário da Corvinal. E para a alegria de Quinn, assim que saiu do vestiário deu de cara com Naomi Chang, a mesma mostrou um sorriso maldoso.

— Se me encher vai levar um soco no nariz. — Quinn se adiantou.

Quando vai entender que eu sou melhor que você em tudo? Não precisa dessa agressividade toda. — Naomi respondeu com deboche.

Quinn estava disposta a ignorar sua inimiga mortal, para não causar confusões, estava quase certa que realmente daria um soco em Naomi se caísse na pilha.

— Fiquei sabendo que você e o Johnson terminaram, que pena! — Naomi queria provocá-la, era certo. — Se ver o Harvey, avisa que eu recebi o pergaminho e o encontrarei mais tarde, acho que ele quer comemorar minha vitória de um jeito que você nem imagina.

Quinn sentiu o corpo pesar. Escutou os passos de Naomi Chang se distanciando. A provocação teve efeito. Quinn Weasley se sentiu a pessoa mais burra do mundo. Enquanto ela estava pronta para se declarar para Harvey, ele estava mandando pergaminhos para outra, para fazerem algo que Naomi nem sabia que ela não só imaginava, como já tinha vivido. Ou ela estava mentindo? Ela costumava ser bem mentirosa. Quinn só sabia que agora não estava tão preparada, não importa se era mentira ou não, aquilo era a cara de Harvey Malfoy, e nunca deixaria de ser.

Mais tarde naquele mesmo dia, Quinn aguardava na frente da Casa dos Gritos, era o lugar onde ela havia combinado com Harvey. Ela estava pronta, e então, como se fosse Merlin mandando ela não dizer nada, a bomba de Naomi Chang caiu sob sua cabeça. Agora ela não tinha certeza de nada, só sabia que precisava o encontrar.

— Na frente da Casa dos Gritos?

Quinn olhou para trás e encontrou Harvey se aproximando.

— Ao menos, será memorável. — Quinn respondeu.

— Desculpe, mas não tem nada que queira me dizer?

— Sim.

Quinn respondeu mas vacilou o olhar. Desistiu na mesma hora, acovardou.

— Isso é tão tolo. O que isso significa? Por que não dizemos juntos? — Quinn pediu.

— Porque não foi o trato. O que há, Weasley? Disse que tinha algo a me dizer. Diga.

— Por que tenho que ser a primeira? Foi eu que esperei no Varinha Land por você e conheci a pior pessoa que podia entrar na minha vida.

— Isso já foi resolvido.

— Foi eu que pedi para dizer primeiro!

— Na festa de boas vindas? Quando estava namorando aquele imbecil? Achava mesmo que diria naquela hora?

— Sim, e quando não disse eu quis morrer!

— Não me diga que me trouxe até aqui para isto? Achei que estava pronta para me dizer o que sente, mais um dos seus jogos!

— Meus jogos? Foi você que começou!

— E você quem terminou.

Harvey não pensou duas vezes para girar os calcanhares e ir embora. E pela primeira vez, Quinn chorou por ele. Ela não costumava chorar, mas sentiu seu coração partindo no meio. Qual era a dificuldade dos dois? Por que não conseguiam acreditar no que o outro falavam? Da mesma forma que Quinn não confiava em Harvey. Harvey também não confiava em Quinn. E é por isso que os dois precisavam ouvir um do outro o que sentiam verdadeiramente, fora isso, não passava de um tentando enganar o outro. Porém os dois eram orgulhosos, e isso os impedia de tudo.

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