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35. aquele em que ele não pode ser pior que você

As férias de fim de ano acabaram, e os alunos retornaram para Hogwarts, contavam nos dedos os dias que faltavam para o ano letivo finalmente acabar

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As férias de fim de ano acabaram, e os alunos retornaram para Hogwarts, contavam nos dedos os dias que faltavam para o ano letivo finalmente acabar. Haviam voltado há pouco mais de uma semana, e ainda assim, Quinn não olhava na cara de Harvey, não depois do que havia acontecido.

— Você fez certo, eu não estava torcendo para o Malfoy, de qualquer forma. — Jack Johnson disse.

Quinn e Jack estavam no lugar que sempre se encontravam, próximo a cabana de Hagrid. Jack aproveitava que no fim da tarde, Hagrid se ocupava dentro da Floresta Proibida, então ele poderia fumar rapidamente seu baseado sem interrupções, claro que ele corria perigo, mas fazia isso há anos e até agora não havia sido pego.

— Finalmente alguém que me entende! Estou cansada dos meus amigos dizerem que eu devia dar mais uma chance, que Malfoy só estava confuso.

— Mande eles a merda. — Jack respondeu. — Eu já volto, vou urinar.

— Vai urinar onde? Temos que voltar para o castelo para isso.

— Eu tenho um pau, esqueceu? Eu mijo em qualquer lugar.

— Que nojo!

Quinn olhou em direção oposta da onde Jack tinha ido, apenas viu que ele foi próximo a Floresta Proibida. e então para acabar com sua paz, Harvey apareceu com um pacote de sapinhos de chocolate, os preferidos de Quinn.

— Estava te procurando, poderia ter achado antes, mas parei para comprar o seu preferido. — Harvey disse entregando os chocolates para Quinn.

— Quanta consideração. — Quinn respondeu.

— Não precisa ficar aqui sozinha, posso te fazer companhia.

— Só que ela não está sozinha. — Jack apareceu atrás deles, com um sorriso de lado.

— O que está fazendo com esse cara? — Harvey perguntou, ele nunca tinha tido nenhum problema com Jack, mas só dele estar sempre com Quinn, o deixava nos nervos.

— Estou me divertindo a valer, muito obrigada. — Quinn respondeu.

— Me julgou tanto pela maconha e agora está na companhia de alguém que transpira maconha? — Harvey perguntou. — Quinn, esse cara...

— O que? Ele é desonesto? Encrenqueiro? Ele não pode ser pior do que você.

— Estou tentando ajudar você.

— Prefiro a ajuda do Jack.

Harvey sabia que eles não estavam romanticamente juntos, que eram apenas amigos. Mas só de saber que outro cara conseguia a atenção e a intimidade que ele não tinha mais, o deixava puto da vida. Preferiu não ficar por perto, sabia que a qualquer momento poderia se exaltar, e não queria piorar as coisas.

~*~

— Ei, Nymphadora!

Quinn escutou a voz fina da sua irmã mais nova a chamando e instantaneamente revirou os olhos. Ela mal tinha terminado seu jantar e Phoenix já foi a atormentar.

— Que foi, Phoenix? — Quinn perguntou.

Ela estava acompanhada de James e Dominique. Os três não se desgrudavam, mesmo que achasse que Phoenix e James não eram boa influência para Dominique.

— Nós fizemos um acordo. O Mapa do Maroto, cadê?

— Por que está insistindo tanto nesse mapa, James tem a Capa da Invisibilidade, não precisam do Mapa do Maroto.

— Errado! O Mapa é meu por direito, nós queremos ele. — James respondeu.

— Seu por direito? Se for assim, também é meu, mais meu do que seu, esqueceu que sou afilhada diretamente do Almofadinhas? Criador do Mapa? É mais título do que ser neto do Pontas. — Quinn alfinetou o Potter.

— Aí, quanta besteira! Também não entendo a obcecação por esse mapa. — Dominique falou.

— Vai logo, Quinn. Fizemos um acordo, ou minha boca que está trancada, vai se abrir com a chave. — Phoenix disse.

— Está bem! James, vá até a porta da cozinha. Tem um tijolo solto. Molly e Fred esconderam lá. — Quinn contou.

Os três mais novos se olharam com um sorriso travesso e saíram correndo do Salão Principal. Quinn aproveitou para ir também até o Salão Comunal da Grifinória. Quase chegando, sentiu seu corpo ser puxado para dentro de armário de vassouras, gritou assustada, e sentiu uma mão firme tapar sua boca.

— Para de gritar, maluca!

Era Harvey, reconheceria a voz mesmo de longe. Mordeu a mão que tapava sua boca e tinha a vez dele gritar.

— Maluco é você! Por que me puxou?

— Parece ser o único jeito de conseguir você a sós.

— E por que me quer a sós?

— Porque estou com saudades. Porque não consigo ficar te olhando sem sequer poder te beijar.

Quinn sentiu todo o corpo se arrepiar. Estava com raiva de Harvey, mas era só ele falar alguma coisa assim, que ela sentia seu corpo todo se entregar. Harvey encostou os lábios nos dela com delicadeza, antes de aprofundar o beijo. E assim que foi feito, era como se tivesse esquecido que estava dentro de um armário de vassouras.

Depois de tirar o cinto de Harvey sem interromper o beijo, Quinn teve um choque de realidade. Estava sendo burra mais uma vez. Era só isso que Harvey queria. Sexo. E ela à disposição sempre que ele quisesse. Parece que tinha esquecido de como ele a tratou mal, fez descaso, e como só a procura quando acha que a perdeu. Quinn interrompeu o beijo e afastou o corpo de Harvey.

— Não tem algo para me falar? — Quinn perguntou.

— O que?

— Você sabe o que! Eu falei, e você saiu correndo. Não vai me ter, não enquanto não ter coragem em corresponder.

— Quinn, sem drama.

— Drama?

Quinn o olhou com desprezo antes de sair do armário minúsculo. Deixando Harvey para trás com milhões de pensamentos. A dificuldade que ele tinha de falar que a amava era enorme, algo travava. E ele sabia que aquilo só acontecia porque não era certo, não era certo que eles ficassem juntos, por mais que ele quisesse.

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