36. aquele em que a amo e não posso fazê-la feliz
Quinn e Robbie foram até Hogsmeade rapidamente para comprarem mais chocolates, já que as duas estavam em seu período. Pararam no Três Vassouras para tomarem um copo de cerveja amanteigada, e Quinn teve uma surpresa. Deu de cara com Steve Wood, o primeiro namorado oficial que teve no ano passado. Aquele que fazia de tudo por ela, e ela infelizmente não sentia. Quando se cumprimentaram e começaram a colocar o papo em dia, Robbie se adiantou em ir embora e deixar apenas os dois.
Steve agora era goleiro profissional do Puddlemere United Reserve, o mesmo tive que seu pai, Oliver Wood, foi goleiro e se aposentou há alguns anos. Os dois conversaram como se não fizesse quase um ano que não se viam. Conversaram por um bom tempo, mas logo o tempo de Steve acabou e ele precisou ir embora, mas combinaram de se encontrar no dia seguinte.
Assim que Quinn saiu do Três Vassouras e caminhou em direção ao castelo, Harvey apareceu atrás dela, ultimamente ele sempre aparecia por trás, como se estivesse a seguindo. Principalmente depois que havia contado que sua mãe tivera alta do hospital, estava saudável em casa, tendo que voltar todo mês apenas para exames de rotina. Achou que Quinn ficaria feliz com a notícia e voltaria a lhe dar atenção, se enganou.
— Sou a favor de cultivar velhos hábitos mas, você e o Steve? — Harvey perguntou.
— Eu e Steve somos platônicos.
— Acabei de ver vocês dois no Três Vassouras.
— Ah claro, está me seguindo! Se fosse bom nisso, saberia que nos encontramos por acaso, somos só amigos.
— Amigos. Tem todo o sentido. Não há faísca entre vocês, nunca houve.
— Steve e eu tivemos bastante faísca. Melhor do que isso. Fogos de artifício!
— Nós éramos assim.
— Harvey, não aja como se eu não tivesse lutado por você. Lutei muito. Então, por favor, me desculpa, mas agora que acabamos estou exausta.
— Está com o Steve porque é mais fácil?
— Eu não estou com o Steve! Mas se estivesse, qual é o problema em ser fácil? Talvez seja fácil porque é o certo.
Harvey deu uma risada amargurada e saiu andando na frente de Quinn. Uma simples conversa que ela e Steve tiveram no Três Vassouras foi o suficiente para ele causar uma cena ciúmes.
No dia seguinte, Quinn e Steve se encontraram novamente. Para Quinn, era apenas amizade, mas depois de tanto conversarem novamente, Steve tocou no assunto que ela tinha medo que ele fizesse.
— Nos encontramos aqui por acaso ontem, não acha que isso significa alguma coisa? — Steve perguntou.
— Steve...
— Olha, eu não quero parecer obcecado nem nada, mas eu juro que penso muito em você, me pergunto onde eu errei.
— Eu te falei quando terminamos, não foi você, o problema era comigo.
— E como eu disse antes, algo me diz que devemos ficar juntos. Eu preciso ir agora, que tal você pensar sobre e me dar uma respostas amanhã? Nos encontramos aqui no mesmo horário.
— Está bem.
Steve se despediu com um beijo na testa de Quinn, e ela não gostou muito daquilo. Parecia que ele continuava a vendo com uma menina meiga, e ela não era mais aquilo. Por que não a pegava e a beijava como se ela fosse a mulher mais atraente do mundo? Mas iria pensar no que ele havia pedido, talvez tenha sido Merlin mandando Steve e ela se encontrarem, e talvez ela seja melhor do que qualquer outro que ela encontrasse na vida, principalmente melhor que Harvey.
Quinn permaneceu por mais duas horas no Três Vassouras. Sozinha, tomando sua cerveja amanteigada e pensando na proposta de Steve. Já era fim da tarde quando ela pensou em ir embora. E como sempre, por obra do destino, ou de propósito, Harvey apareceu novamente. Era engraçado como ultimamente ele aparecia a todo momento.
— Está festejando sozinha? — Harvey perguntou se sentando ao lado de Quinn.
— Se eu estivesse festejando, teria pedido um pouco da sua maconha emprestada.
Quinn respondeu, e pode escutar a risada sincera de Harvey. Involuntariamente, sorriu junto.
— É a primeira risada espontânea que consigo de você em muito tempo. — Quinn disse e Harvey sorriu.
— Ouça, Quinn...
— Não, eu primeiro. Steve está esperando uma resposta.
— É bom saber.
— Não quer saber o que está me impedindo? — Quinn perguntou e Harvey ficou em silêncio. — Não posso responder a pergunta dele enquanto você não responder a minha. O que somos Harvey?
— Quinn, eu...
— Toda vez que tento seguir em frente você está ali, agindo como...
— Agindo como o que?
— Talvez só queira que eu seja tão infeliz como você.
— Eu nunca desejaria isso a ninguém. Eu quero que seja feliz.
— Então, olhe bem fundo, dentro da alma que sei que você tem, e me diga se o que sente por mim é real. Ou se é apenas um jogo. Se for real, encontraremos um jeito. Mas se não for, então por favor, deixe-me ir.
Harvey pareceu relutante em falar qualquer coisa. E no exato momento que Quinn perguntava isso, Robbie chegou e permaneceu atrás, percebendo que os dois conversavam seriamente.
— É só um jogo. Detesto perder. Você está livre.
— Obrigada.
Quinn respondeu e limpou a única lágrima que caiu. Foi embora do Três Vassouras e nem percebeu que esbarrou com Robbie no caminho, a mesma se aproximou de Harvey com a testa franzida.
— Harvey, por que você fez isso? — Robbie perguntou.
— Porque a amo. E não posso fazê-la feliz.
Realmente, Harvey não a poderia fazê-la feliz. Quinn queria um amor de conto de fadas. E ele estava fadado ao fracasso, iria destruí-la junto com ele. Harvey era egoísta, mas não poderia ser com Quinn, porque a amava, e sabia que ele nunca daria o que ela queria.
No dia seguinte, Quinn se encontrou com Steve. Ela poderia facilmente dizer que ficaria com ele, depois do jeito que Harvey havia a humilhado daquela forma. Mas não poderia. Não iria brincar com só sentimentos do Wood novamente. Mesmo que sentisse que estar com ele era o certo, não iria. Steve ficou arrasado com a resposta, mas já esperava por aquilo. A Weasley estava ligada ao Malfoy, e mesmo de longe, Steve conseguia dizer aquilo com certeza, não tinha nada que ele poderia fazer.
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BASTARD LOVE | Harry Potter Nova Geração
RomanceAMOR BASTARDO • "Já ouviu aquele ditado trouxa que diz que o amor e o ódio caminham lado a lado?" Quinn Weasley, filha de Fred Weasley, tinha uma vida perfeita, seus únicos problemas eram o amor épico e impossível que sentia por Teddy Lupin, e seu ó...