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30. aquele talvez no futuro

Harvey adentrou na Sala Comunal resmungando diversos palavrões

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Harvey adentrou na Sala Comunal resmungando diversos palavrões. Se sentou na poltrona perto da lareira, onde estavam Jake e Robbie. Os dois pularam de susto com a agressividade que o Malfoy chegou e com os resmungos.

— O que aconteceu agora? — Jake perguntou.

— Aquela manipuladora da sua melhor amiga aconteceu!

Jake e Robbie se entre olharam e então esperaram por uma explicação melhor. E assim Harvey prosseguiu. Contou desde a noite em que ele estava de detenção, ele só não sabia que os dois já sabiam de tudo, menos da história de hoje mais cedo.

— Harvey, ela estava pronta para admitir, e então Naomi Chang apareceu dizendo que vocês iriam se ver essa noite. — Robbie respondeu depois de ouvir toda a explicação.

— Eu não marquei nada com a Naomi, não falo com ela há dias. E isso não importa, se ela sentisse mesmo nada disso importaria. — Harvey disse.

— Harvey, a Quinn te ama! Ela só está assustada demais para admitir até para si mesma.— Jake disse.

Harvey não respondeu, continuou com o olhar fixo nas chamas da lareira. Jake estava preocupado com seu melhor amigo, e precisava conversar sério com ele, a sós. Olhou para Robbie e fez carinho na mão da namorada.

— Robbie, pode deixar a gente a sós? Preciso conversar com ele. — Jake sussurrou.

Robbie concordou de bom grado e passou pela saída do Salão Comunal. Harvey nem ao menos percebeu que ela tinha saído, e então Jake pode finalmente ter uma conversa séria com seu melhor, que era necessária.

— Qual a dificuldade de vocês dois aceitarem que se amam?— Jake perguntou.

— Não me enche, Jordan.

— Não, é sério! Você ama a Quinn. Acho que desde o momento que se chocaram no trem no primeiro dia em Hogwarts, você ama ela. E ela aprendeu a te amar com o tempo. Por que não deixam o orgulho de lado e ficam juntos de uma vez?

— Não tem nada haver com orgulho.

— E tem haver com o que?

— Vocês falam tanto que ela está assustada de admitir, mas não sabem o quão assustado eu estou.

— Por que está assustado?

— Porque eu não sei qual é a sensação de ter alguém me amanda, ou eu amando alguém. Eu sou um problema, trago miséria para tudo em minha volta, Quinn mesmo disse isso, e ela está certa.

— Harvey, não fala desse jeito. Você está bloqueando o amor e o único culpado disso é o seu pai. Você age dessa forma por conta dele, por que deixa ele ter tanta influência na sua vida? Ele não vale isso.

— Ele não tem nada haver com isso também.

— Como não? Não precisa esconder sua dor dessa forma, ele é um canalha, fingiu que você não existia por 11 anos, e agora não faz o mínimo papel de pai. Você bloqueou o sentimento amor do seu coração por conta dele, porque seu pai não te deu amor.

— Chega de falar disso.

— Você sabe que é verdade. E não precisa ser dessa forma. Eu sei que você não está bem, que é difícil, e realmente amar para você é algo novo, mas não precisa ser assustador. Você não é o seu pai, você pode se permitir amar e ser amado, e você é! Eu te amo, sua mãe te ama, a Quinn te ama, do jeito dela, mas ama. Você pode ser melhor que ele.

— É verdade, eu amo a Quinn, mas não podemos ficar juntos. Talvez no futuro.

— Sério? Te dei mil conselhos, e você fala isso?

— O que você quer que eu fale? Que meu pai é um cuzão? Ele é um cuzão! Mas além de tudo é meu pai, eu não consigo o odiar, mesmo ele sendo o motivo de eu ser outro cuzão.

— Você não é um cuzão. Pensa bem no que a gente conversou.

Jake deu um tapinha na cabeça de Harvey e subiu para o dormitório. Enquanto isso, Harvey permaneceu imóvel no mesmo lugar. Ele sabia que em todos os problemas da sua vida, o único culpado era seu pai, e isso o atordoava, talvez ele fosse uma pessoa completamente diferente se tivesse tido um pai presente? A única coisa que sabia era que ele e Quinn não poderiam ficar juntos agora, principalmente por ele não estar preparado para ficar preso, era assim que ele se sentia. Tinha medo de estragar a relação deles, porque não parecia algo normal pensar em Harvey e Quinn de mãos dadas em Hogsmeade, achava que era bem mais divertido viverem no pé de guerra, era isso que tornava a relação boa. No futuro esse pensamento poderia mudar, mas no momento ele permanecia.

~*~

Robbie encontrou Quinn no campo de Quadribol por puro acaso. A Weasley estava chorando, e parecia não querer a companhia de ninguém.

— Quinn! O que houve? — Robbie perguntou se aproximando.

— Foi um desastre! — Quinn respondeu e deitou no ombro da amiga.

Robbie sacou do que ela estava falando. Tinha acabado de sair da conversa com Harvey, só ele poderia ser o motivo das lágrimas.

— Naomi estava mentindo, Harvey não fala com ela há dias. — Robbie tentou ajudar.

— Não importa. Se não fosse com ela, seria com outra. Eu sabia que eu seria só mais uma, nem acredito que cogitei me humilhar dessa forma.

— Não fale besteiras. O Harvey te ama, de verdade.

— Se me amasse, ele diria.

— Você não precisa de palavras de amor para saber que alguém te ama, é só ver as atitudes que a pessoa tem.

— Atitudes de babaca? Está bem explícito para mim.

— Está bem, Quinn. Quando estiver disposta a conversar abertamente nós iremos.

Quinn revirou os olhos. Ninguém entendia o que ela estava passando. Se sentiu humilhada. Para ela, era nítido que Harvey só a queria por prazer, por isso a obsessão de antes. Enquanto ela, tinha deixado seu coração se entregar, não sabia ao certo quando, mas estava totalmente pirada, cansada de esconder um sentimento tão forte para si mesma, mas assustada também para o revelar. Por ela ficaria assim, se fosse possível, sumiria da vida de Harvey para dar o gosto de uma vida sem ela, quem sabe assim ele a valorizasse. ou melhor, quem sabe assim ela o esquecia.

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