Capítulo 58

4.5K 229 45
                                    

Elisa 🧚‍♀️

Hoje eu fui dar uma força pra minha mãe na ONG, gosto de vir aqui pra poder ver as crianças,não sei porque mas me sinto bem aqui vendo o trabalho que elas fazem.

Minha mami e a tia Ceci  atendem as crianças e jovens da comunidade que precisam de um apoio psicológico, as vezes vem gente mais velha também pedir ajuda e elas ajudam, aliás não custa nada e é o que elas amam fazer.

Mas a especialidade delas é mais focada nas crianças e adolescentes mesmo.

O trabalho da ONG é lindo, cresci frequentando esse lugar , sempre vi a maneira como eles ajudam os moradores daqui.

Tem as tias que são as cuidadoras das crianças, tem crianças que as mães trabalham e deixam eles aqui o dia todo então precisa de alguém que cuide deles e elas estão aqui pra isso, são praticamente a segunda mãe deles.

Tem também as tias que fazem a merenda que por sinal é maravilhosa, uma delícia, lembro que quando era criança eu me misturava no meio das outras crianças pra poder brincar e na hora da comida eu comia três vezes, minha mãe até brigava comigo mas é que eu realmente amava.

Hoje em dia  ainda brinco com as crianças e como a merenda mas com moderação.

Tem a tia Barbara que é quem cuida de tudo aqui, administra bem o lugar, ela é responsável por distribuir as cestas básicas pros moradores, organiza o bazar beneficente, corre atrás de ajuda pra todos. Enfim, ela é quem mantém isso aqui em ordem.

Mas não é só ela, por trás disso tudo tem meu papito lindo

Se não fosse ele acho que esse lugar nem existiria mais.

Ele manda todo mês uma grande quantia em dinheiro pra conta da ONG que é administrada pela tia Barbara, esse dinheiro serve pra manter as despesas como o alimento das crianças, água, luz, internet e também pra ajudar os moradores que precisem de medicamentos e que não tem condições de pagar.

Sempre vi meu pai investir muito aqui, toda data comemorativa ele sempre fez pelas crianças da comunidade o que fazia por nós e ele sempre falava "Se meus filho tem eu quero que toda cria do morro tenha também" e ele sempre cumpriu isso.

Natal ele mandava comprar brinquedos e dava ajuda de custo , uma espécie de vale pra cada família cadastrada na ONG pra poder fazer a ceia.

Páscoa ele sempre distribui chocolates

Dia das crianças sempre faz festa na ONG pra eles, nunca vi ele falhar um ano se quer.

Por isso eu digo, sou muito abençoada com o pai que tenho, na verdade pai e mãe, minha família toda.

Estávamos vendo as crianças brincar quando minha mãe vem me pedir pra buscar as fichas dos pacientes que ela esqueceu em casa, levei a Antonella junto comigo, amiga é pra essas coisas.

Graças a Deus ela veio junto com a tia também, odeio andar sozinha .

Chegamos em casa e ela não quis entrar, disse que ia me esperar aqui fora mesmo pois era rápido.

Entrei, peguei a pasta e sai pra chegar lá na frente ela me dizer que queria água, agora ela entra e quem espera sou eu.

Passou quase dez minutos e nada dela voltar, que água demorada.

Destinos Traçados (MORRO) Onde histórias criam vida. Descubra agora