Capítulo #29

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[ALERTA DE GATILHO, CENA DE ESTRUPO FORTE]

BIANCA

Não consegui dormir nada de madrugada e deixei pra dormir tudo de tarde. O problema foi a Jô me ligando várias e várias vezes no dia, eu só recusava, até que a Letícia começou a me ligar, atendi ela e era a Jô falando no telefone.

Fiquei puta né, meu trabalho começa a noite, e ainda eram duas da tarde. Ela mandou eu ir para o sobrado porque eu tinha cliente daqui a pouco, tentei de tudo fazer ela chamar outra garota mais ela disse que não, era eu.

Com essa insistência toda, só podia ser uma pessoa. Pavê com toda certeza estava vindo aí e eu desanimei ainda mais. Eu estava sem um pingo de vontade ainda mais para esse cara.

Sai de casa depois de tomar um banho e colocar uma roupa comum, shots e camisa. Eu iria dar um jeito de não fazer nada com ele, sei lá, inventar uma menstruação ou que eu tinha algum exame para fazer, sei lá.

Assim que cheguei no sobrado, entrei encontrando as meninas no sofá comentando alguma coisa. Letícia veio correndo pra perto de mim e me levou para algum cantinho da sala.

— Que foi? - perguntei surrando e ela respiro Fundo.

— Depois daqui acho melhor você ir falar com a sua namorada - revirei os olhos cruzando os braços - a Naty apareceu aqui tem alguns minutos, eu escutei um pouco da conversa dela com a Jô.

— Sobre oque elas falaram? - perguntei curiosa.

— Sobre o Pavê. A Naty perguntou oque ele estava fazendo aqui tão cedo e a Jô disse que ele veio te ver, ela também falou que você era a preferida dele e essas coisas - encarei a Letícia com mais atenção - ela fico bem bravinha amiga.

— Eu em que tô brava Letícia, você sabe como eu odeio esse cara. E o pior é que a Jô fica me jogando pra ele.

— Relaxa amiga, eles estão no escritório dela. Acho que você vai ter que aguentar mais essa, depois a gente da um jeitinho de falar com a Jô e pedir pra ela parar - concordei - amiga, toma cuidado.

Concordei. Sai da sala caminhando até o escritório da Jô, respirei fundo antes de bater na porta e ela me permitir entrar.

— Bianca, que demora - ela disse, o pavê me olhou de cima a baixo e se aproximou de mim passando a mão pela minha cintura - vê se dá próxima vez atende o caralho do celular Bianca.

— Chega de papo, bora lá putinha tô doido pra relaxar - ele deu um sorriso nojento e eu quase fiz uma careta. Me afastei um pouco dele.

— Eu não vou poder ficar, tenho um exame pra fazer Jô, chama alguma outra menina - falei diretamente com a Jô, olhando pra ela, mais o pavê entrou na minha frente ficando perto de mim.

— Não quero outra pô, quero tu. Exame tu faz depois - eu ia falar mais alguma coisa só que ele simplesmente segurou meu queixo e puxo meu rosto para perto dela beijando minha boca, eu fiquei sufocada e afastei um pouco ele.

— Espera - afastei ele que quase nem se mexeu, ele me olhou paciente e eu cruzei os braços em defesa - esse exames é importante.

— Eu disse que tu faz outro dia porra! Qual foi tá fugindo de mim caralho, tá achando que é assim? - olhei para Jô que Nego com a cabeça.

— Jô... - senti um tapa na cara e coloquei a mão lá automaticamente, ele continuou gritando comigo falando vários merdas e eu presa nos meus vários traumas. Eu tô apanhando de novo, não posso ser fraca.

— Tu tá me ignorando Porra, tu vai ir comigo agora - ele gritou e eu olhei pra ele. Não passei só reagi, levantei minha mão e bati no rosto dele com todas as minhas forças.

— Não encosta em mim! - escutei a Jô me chamando mas não deu tempo de nada, ele simplesmente segurou meu cabelo com tanta força que me fez soltar um grito. Começou a me tirar do escritório dela e me levou para um quarto ali próximo.

Enquanto eu gritava e batia nele mandando ele me soltar. Eu chorava mas tentava me proteger.

Meu corpo foi curvada em uma mesa ou alguma coisa, ele bateu minha cabeça me mandando calar a boca, mais eu continuei e tentava chutar ele de todas os jeitos.

— Me solta deu filho da puta, eu não quero! - gritei tão alto e ele bateu minha cabeça de novo.

— Tu não tem que querer porra nenhuma vadia, tô pagando pra comer tudo buceta a hora que eu quiser - ele segurou meu cabelo puxando pra trás e depois jogou minha cabeça na mesa de novo.

Ele começou a arrancar minha roupa e eu me remexendo tentando parar ele. Eu estava ficando sufocada de tanto que eu gritava e de tanto que eu tentava bater nele.

Pavê tirou meu shots e abriu minha pernas e eu fiquei ainda mas desesperada. Ele entrou em mim com tanta força e eu gritei mais me debatendo mais. Ele bateu nas minhas costas em segurou com força.

Era tanta dor, tanta angústia. Naquele momento eu me senti ainda mas fraca, de um jeito que um nunca senti antes, tive tanto medo. Meu passando voltou todo a toda de uma só vez, era como se eu tivesse vivendo com a Bianca de dezoito anos e tivesse vendo ela ali na minha frente me jugando por quebrar a própria promessa.

De nunca mas ser uma mulher fraca.

Eu tentei, mais era difícil, era tão difícil. Eu não sei quando mas em algum momento eu desmaiei, e quando acordei ele ainda estava ali. Encima de mim, eu estava completamente nua e ele também.

— Sua vadia do caralho, tu nem pense em sair daqui Bianca, tu é minha - neguei e tentei empurrar ele, ele segurou meu cabelo fazendo meu rosto ficar ainda mas próximo do dele - Eu tô ligado que tu tá se envolvendo com a Naty, tu vai parar.

— Vai se fuder - mandei, quase sem voz e sem força mas eu falei.

— Eu te mato Bianca, se eu te ver com ela eu te mato. Tu é minha só minha - ele segurou forte meu peito e penetrou tão forte que eu me contorci de dor. - tu não dá mas esse show não porra, tu fico assim porque aquela filha da puta tá comendo você? Só pensa que pode comigo Bianca.

Ele gemeu e eu quase vomitei, ele sai de mim e se levantou. Fechei meus olhos ainda sem força nenhuma, acho que desmaiei de novo.

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