Capítulo #64

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BIANCA
UM MES DEPOIS

Á um mês completo que eu estou trabalhando, e confesso que está sendo mais cansativo do que eu imaginava. Talvez seja por eu estar parada a muito tempo, eu só ficava em casa sem fazer nada, as vezes eu saí com a Rebeca mas olhe lá.

E mesmo com o cansaço, eu tô amando, recebi meu primeiro sala hoje e nossa e tão bom, graças a deus eu nunca fui uma pessoa que gastasse dinheiro com qualquer coisa que quisesse, então eu tô comprando algumas coisinhas para mim e ainda sim tá sobrando bastante.

Tô aqui na recepção da empresa esperando a Naty chegar, ela faz questão de vim me buscar todos os dias então eu só venho com a Rebeca e vou com ela, oque é maravilhoso já que odeio andar de ônibus e para ser sincera, não conheço nada do rio de janeiro. É uma vergonha já que eu tô morando a quase três anos aqui, mais como eu disse, não saia muito.

Tô meio mal hoje também, acho que pela energia que estou gastando esses dias, meu corpo está franco demais. Tô vomitando e tentando queda de pressão toda hora, uma merda, e sem conta a dor na cabeça.

Escutei a buzina e me despedi dos colegas que estavam ali, entrei no carro encarando a Naty, ela me deu um sorriso e se inclinou para perto de mim me deu um selinho, beijo minha bochecha e começou a me dar vários selinho.

— Que isso?

— Saudade pô. Posso não? - dei risada segurando o rosto dela e dando um selinho longo - mó falta tu faz em casa morena.

— Você nem fica em casa Naty - dei risada do bico dela - fingida.

— Mesmo sim, toda hora que eu ia em casa eu achava tu, agora não pô - ligado o carro e deu partida - tô com saudade mesmo.

— Eu tô doida para chegar em casa e toma um banho - suspirei e coloquei a mão na cabeça me sentindo tonta - hoje eu nem consegui comer nada.

— Não melhorou não amor, e aquele teu remédio?

— Acabou oque eu tinha trazido na bolsa, quando nos chegar eu tomo um e fico quietinha na cama - ela concordou me dando a mão e eu fiquei contando a tatuagem dela.

— Qualquer coisa nois vai no médico amor, só tu falar - concordei deitando minha cabeça no banco e relaxando.

Peguei meu celular respondendo a mensagem da Rebeca que me mandou uma foto da barriga dela, já tinha uma ondulação visível e ela estava linda. Super babona e o pipoca tá igual.

Assim que cheguei em casa já fui para o banho, coloquei só uma calcinha e deitei na minha cama. Nossa casa já estava tomando forma, eu e a Naty já conseguimos organizar nosso quarto inteiro e a cozinha, a sala ainda estava somente com o sofá e faltava pouco para casa inteira estar pintada, nesse final de semana a gente termina.

Senti os braços dela me abraçando por trás e sorri. A Naty estava assistindo um jogo de futebol e eu estava de olhos fechados quase dormindo.

Ainda bem que amanhã eu estava de folga, estou realmente começando a me preocupar com todas essas coisas que eu estou sentindo. Eu acho normal você sentir dor de cabeça e falta de energia quando começa a fazer alguma coisa Nova, oque não é normal e os enjôo e a queda de pressão que eu estou sentindo diariamente.

Não falei nada com a Naty sobre meus pensamentos,por medo de dizer que poderia já estar esperando o filho que ela tanto quer e no final ser simples um corpo que não se acostumou com a rotina de trabalho.

Então eu decidi que amanhã eu faço um ou dois testes sem compromisso e seja lá qual for a resposta eu falo com ela depois.

— Tu dormindo assim me quebra sabia? - dei risada, eu sabia que em algum momento ela iria falar algo assim. Provoquei empinando minha bunda e ela me apertou mais.

— Tô cansada, fiquei com preguiça de até colocar roupa - ela começou a fazer um carinho na minha cintura, descendo até minha coxa.

— Se tu acordar melhor amanhã... - ela apertou minha bunda e eu empurrei ela com o ombro, ela se levantou passou por mim apertando o pau e eu gargalhei negando com a cabeça, ela saiu do quarto e voltou com alguma coisa para comer.

Acordei muito melhor hoje, levantei já preparando uma torta de frango para comemos no dia, falei por horas com o Jean e ele me contou várias coisas, estava morrendo de saudades dele.

A Naty saiu cedo e prometeu que antes das duas da tarde ia voltar para ficar o final de semana comigo, e nesse meio tempo eu resolvi sair para ir na farmácia, comprei dois testes e um pote de sorvete, para depois do resultado, seja ele qual for eu precisava disso.

Cheguei em casa me sentei no sofá e fiquei encarando aquelas sacolas. Iria mudar completamente minha vida, meu corpo meu jeito de ver o mundo, minhas prioridades, tudo!

E a Naty, ela iria ficar feliz eu sei, mas também iria mudar, eu sei que sim porque, por mas que ela já seja cuidadosa extremo comigo, não me diz e nem permiti que eu faça parte da vida perigosa dela, isso iria triplicar, oque eu não acho ruim, e eu espero que seja o mesmo com o bebê, se eu estiver mesmo esperando um.

Decidida eu entrei no banheiro com os testes, fiz os dois e esperei mas alguns minutos. E depois eu fui ver o resultado.

Tampei minha boca olhando meu reflexo no espelho, eu estava totalmente surpresa, era um mix de alegria e medo. Eu realmente estava grávida, e aliviada por saber finalmente o causador de todo aquele enjôo.

O segundo teste tinha o mesmo resultado, grávida. Eu com certeza depois de falar com a Naty iria fazer um exame de sangue e cuidar de mim, de nós dois agora.

— Meu Deus, essa mulher vai surtar - sorriso, a filha da mãe realmente me fez um filho. E foi com esse pensamento que eu escutei ela me chamando lá embaixo, respirei fundo e tentei acalmar meu coração.

Eu nem me lembro a última vez que fiquei tão ansiosa assim. Desci as escadas com dois testes de gravidez positivo no meu bolso.

— Se liga, comprei aquele whisky que você gostou, o meu acabou - ela me mostrou a garrafa e abriu colocando um pouco em um copo, outra coisa que ela fez questão de ter. Uma daqueles barzinhos de casa, no dela só tinha whisky, de varia tipos, mesmo ela não tomando todos.

— Não amor - sentei no braço do sofá e fiquei olhando ela. Como sempre estava com sua camisa no ombro o top e aquela arma com o nome dela na cintura, era o perigo em pessoa, gostosa e linda até demais.

Eu não sei porque esse tipo da Naty deixa as mulheres tão interessadas, ela é sim linda para caralho. Mas olha isso, para ela carregar uma arma e tão normal e para mim tá virando tão sexy, e estranho e ao mesmo tempo todos que conhecem essa mulher me entenderiam.

— Que foi? - ela fico na minha frente entre minhas pernas, segurando meu rosto me beijando e eu abracei a cintura dela sentindo meu corpo pegando fogo, era assim que ela me deixa sempre - tá melhor?

— Tô - ela me deu um sorriso safado e eu puxei ela para cima de mim sentindo mais aquele corpo gostoso que eu adoro. Senti as mãos dela na minha coxa e afastei ela um pouco de mim - quero te contar uma coisa amor.

— Fala - beijo meu pescoço já descendo a alça do meu cropped.

— Você vai me ouvir - ela paro, concordou com a cabeça e fico me olhando bem de pertinho - eu já estava desconfiando um pouco sobre esse mal estar que eu estou sentindo então - ela inda me encarava - fiz dois testes de farmácia e eles deram positivo.

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