Capítulo 56

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BIANCA

Acordei escutando um barulho de bola batendo e gritaria de gol. Me levantei com uma dorzinha na cabeça e encarei o quarto que eu estava, bonita e bem grande, nossas malas ainda estavam no canto e eu estava morrendo de preguiça de arrumar.

Sai do quarto indo até a porta que estava aberta. A Naty estava sentada na varanda da casa enquanto tomava uma cerveja e o Jean estava jogando bola no jardim.

- Conseguiu achar uma roupa? - cheguei atrás dela abraçando seu ombro, ela usava só um top e a bermuda Tactel. Nego com a cabeça e eu dei risada - preguiçosa.

- Eu tenho tu pô, vou ficar me matando não - ela virou o rosto para cima e eu dei risada dando um tapinha no ombro dela, segurei seu rosto e beijei a boca dela sem pressa. Ela se afastou de mim fazendo um movimento rápido e me colocando no colo dela.

- Eu tô com fome - ela concordou - mas também tô cansada - me esparramei no colo dela e relaxei sentindo aquele cheirinho gostoso dela.

- Vamo comer fora, ou que perdir alguma coisa? - levantei a cabeça encarando ela de pertinho.

- Vamo comer fora, assim eu já conheço um pouco daqui - ela concordou me deu um selinho e olhamos para o Jean que chutava a bola.

- Aí moleque, vai lá para dentro, toma um banho e se arrumar, vamo comer fora hoje - ele se animou e saiu correndo largando a bola ali. Levantei com a Naty também e nós duas fomos até nosso quarto.

Tomei um banho primeiro porque segundo ela eu demoro mais. Sai colocando um conjunto de calça e sutiã branco, uma saia Jean preta e um cropped regata branco, um chinelo no pé e fiz uma maquiagem básica, ela já tinha saído do banheiro e já estava pronta, de bermuda e camiseta do flamengo.

Peguei a mão dela e nós duas fomos até a sala, Jean já estava todo arrumadinho de calça tênis e camisa, como se fosse para o shopping, todo bonitinho. Ele fico animado demais que ia andar no carro da Naty, não parava de falar como ele era bonito.

Paramos na frente de um restaurante de frutas do mar, eu eu só pensava no camarão que estava morrendo de vontade a um bom tempo.

- Pega tudo oque tu quer aí moleque, quero miséria não - ela disse isso quando viu o Jean pegando um pouquinho de comida, todo educatinho, ele era uma gracinha.

- Obrigada Naty - sorriso enquanto pegava um macarrão com molho de queijo, e colocava junto com o camarão, foda-se, eu estava morrendo de fome. Sentamos em uma mesa próxima a janela, fiz um coque no cabelo e comecei a comer.

- Hum amor - segurei o rosto dela e dei um beijo na bochecha, coloquei mas um camarão na boca e labi a boca, estava uma delícia - que ideia maravilhosa.

- Que isso Bianca, parece que nunca comeu - no prato dela só tinha peixe, ela tomou um gole da cerveja dela e eu revirei os olhos fazendo careta e colocando mas um camarão na boca.

- Jean, depois vamo comer oque de sobremesa? - ele me olhou, com a boca cheia.

- Eu gosto de sorvete - concordei.

- A tia Naty paga sorvete então - a Naty concordo nem ligando e eu dei risada com o Jean.

- E engraçado, a Naty tem cara de ser brava - encarei a Naty que só olhava para ele - mas sepre faz oque a tia Bianca manda - dei risada.

- Quem manda sou eu pô - olhei para Naty - né não minha morena?

- Não, eu mando, até uma criança de sete anos percebeu isso, você que não quer admitir - peguei o copo de coca e tomei um gole.

- Vou deixa tu pensar assim - dei risada e mandei um beijo para ela, Jean se levantou avisando que ia ao banheiro e eu fiquei conversando com a Naty até reparar atrás da Naty uma mesa com duas mulheres, uma era mas velha e a outra parecia ter minha idade ou mas velha, ela me encarou e depois desviou o olhar.

- Você conhece aquelas duas ali - cheguei mas perto dela e acenei disfarçada, ela olhou para trás e depois para mim, não respondeu nada só a cara já deixava claro que ela comer a menina - claro, vamo fazer um trato aparti de hoje? Não me traga ou me leve para lugares onde você deixou mulher doida por você.

- Ela não é doida por mim, só tá me olhando pô - tomou um gole da cerveja.

- Eu espero, já não basta aquela mulher do rio, a cada esquina me aparece uma dando sorrisinho boba, como se dissesse. Vem Naty me come de novo - fiz uma vozinha fina balançando os braços.

- Tenho culpa pô? Eu comi e já era, não vou comer mas - concordei, cruzei minhas pernas e ela olhou para trás de novo, a mulher estava olhando para ela, deu um sorriso para Naty e a mesma me olhou e eu quase matei ela com uma piscada - lembrei dela.

- Não quero saber - ela riu concordando e não disse nada, contínuo tomando a cerveja e comendo peixe - teu pau tem mel Naty, engraçado que quando eu chupou ele não tem o gosto - ela riu me olhando.

- Tu que tem que me dizer. Tu provou e gostou com elas foi a mesma coisa - deu de ombro.

- Para de me procurar porque eu não estou fazendo graça. Eu não dou a mínima para todas as mulheres que você já transou, eu só acha que não preciso ficar me sentindo desconfortável com duas ou três no mesmo ambiente te olhando como se eu não estivesse só seu lado.

- Eu tô ligada pô, mas tu tem que entender que de mim elas não vão receber nada - concordei - eu fico desse jeitinho quando tu chama atenção desses filho da puta, te comem viva Bianca tu não tem noção.

- Tão pronto - encerramos o assunto, Jean chegou correndo na mesa e se sentou apresado.

- Tia, eu posso comer bolo de chocolate com sorvete? - ele encarava a Naty.

- Não vai comer mais? Não tá com fome? - ele negou - vai lá, pode comer - ele saiu de novo da mesa e eu comecei a arrumar o prato dele, deixando espaço para ele chagar com a sobremesa.

- É muita sem vergonha para aparecer aqui depois do que você fez com a minha filha - escutamos a voz de um senhora e olhamos, era ele e a mulher da mesa, eu me segurei ao máximo para não revirar os olhos e continuei arrumando a mesa.

- Eu não fiz nada com a sua filha.

- Não? Você tirou a inocência da minha filha, iludiu ela.

- Olha só, eu era uma criança também senhora. Não tinha como eu iludir ninguém, e tua filha deu porque quis - a senhora ficou vermelha, e eu tenho certeza que era de raiva.

- Eu não quero você perto da minha filha.

- Para mãe com isso.

- Eu não estou nem um pouco interessada na sua filha, vocês duas para mim agora só tão enchendo meu saco, tô com a minha mulher aqui na boa. Vão as duas pra puta que pariu e me deixa - ela deu as costas para duas e eu só fiquei olhando elas, a mulher mas nova estava segurando as lágrimas, estão ela saiu correndo e a mãe foi atrás dela.

Eu não disse nada, nem acredito que isso aconteceu agora. Era uma coisa de louco.

- Como pode você ser tão gostosa ao ponto de aparecer várias mulheres querendo você? - ela me olhou, deu de ombro.

- E essa gostosa só quer tu - a voz ficou mas roca e eu já me tremi todinha.

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