BIANCA
Uma semana depois de tudo aquilo a Naty estava mas calma, ela tá sorrindo novamente e não tem falado muito sobre isso. Eu não sei praticamente nada do que ela faz quando entra naquela lugar, só sei que essa semana escutei verios gritos dela naquele rádio, e também várias motos e carros subindo e descendo esse morro, não faço ideia do que está acontecendo.
— Gostosa, tu pegou a minha camisa branca do Brasil? - olhei para meu corpo e mordi a boca.
— Não - escutei ela descendo a escada e me olhando, eu dei risada e ela só negando com a cabeça sumindo dali de novo - ela é muito linda, vai brigar comigo?
— Tu pega até minha cueca porra - dei risada - assim eu fico sem nada pô, tá sumindo tudo do meu guarda roupa Bianca.
— Eu estou te ajudando tá, você não gosta de comprar roupa, então, tô te ajudando a gastar mas rápido aí você compra mais - ela desceu novamente vestido uma camisa do flamengo, uma bermuda preta e um chinelo, pronta para acabar com meu coração - já te falei que você é muito gata?
— Nem precisa pô - ela passou por mim e eu dei um tapa na bunda dela, que se viro e me olhou, eu dei risada, amo essa carinha.
— Quando é eu batendo nessa delícia tu reclama né - mordi a boca voltando a fazer minha misturinha preta pro cabelo, que infelizmente não é preto por natureza - bora comigo depois compra umas roupas? Eu te compro tudo oque tu quiser.
— Eu preciso arrumar um emprego, não quero você me sustentado - ela chegou do meu lado colocando a mão na minha bunda e me abraçando de lado.
— E o que que tem eu sustentar tu pô, tu sabe como me retribuir - olhei para ela, já sabendo que lá vem putaria - é só tu dar aquela sentada que eu me amarro.
— Você gosta mas não aguenta né - lembrei de ontem e ela fez umas carinha de debochada - é sim, tu pediu pra mim sentar de um vez só e eu fiz, doeu em mim e em você.
— Tu que viu uma cadeira em mim e quase quebrou meu pau Bianca, quer o que? Foi bem feito fica com a buceta dolorida, parece maluca - saiu resmungando, eu só dei risada.
Fui até o banheiro, prendi meu cabelo em cima e comecei a passar a mistura em baixo, pintei o cabelo todo deixando bem pretinho, esperei e depois lavei, a Naty estava no jogo dela deitada no sofá que nem sentiu minha falta, eu fiz tudo, escovei finalizei e ela ainda estava lá.
— Que isso em morena - parei na frente dela, joguei o cabelo que estava lisinho e cheio de brilho, ela me puxou pela cintura me fazendo deitar - já embolo ele na minha mão e te como de quatro gostosa.
— Não, agora não, a gente tem que sair - ela me deu um selinho e eu sentei no sofá.
— Tu quer ir pra onde Bianca?
— Você falou que ia pagar um açaí pra mim - fiquei olhando para ela e ela pra mim, até que ela Bateu o dedo na minha testa e eu fiz que ia morder, ela levantou e eu também já indo atrás dela.
Sai de casa com a Naty segurando a mão dela, era bom fazer isso, uma coisa simples que é sair andando de mãos dadas. A Naty ficava séria enquanto eu comentava com ela te todos os tipos de coisas, ela as vezes dava risada ou negava com a cabeça, com certeza estava achando isso um saco, mas estava me escutando.
Quando chegamos na praça, tinha alguns carros estacionados ali, e um pagodinho tocando, ela olhou na direção cumprimentando os caras que acenaram para ela, um deles chamou ela que disse que iria depois.
A gente entrou na sorveteria e eu fui logo pedir meu açaí, enquanto ela só ficava encostada no balcão mexendo no celular. A Naty era meio fresca com comida, principalmente sobremesa já que ela não gostava de doce, tipo eu comendo um brigadeiro maravilhoso e ela lá sem sentir um pingo de vontade, ela come algumas coisas de vezes em quando mas e tipo bem raro mesmo.
Ela pagou para mim e disse que iria comprar algumas roupas, ela gosta de rir em uma loja que tem aqui mesmo, então a gente foi lá.
— Que, que tu acha dessa? - ela estendeu uma camisa vermelha polo para mim e eu antes de responder coloquei uma colher de açaí com leite condensado na boca, concordei.
— Linda amor, sua cara - ela colocou encima do ombro e foi ver outro
Ela pegou uma camisa branca de gola redonda e uma bermuda preta com o símbolo da Nike na ponta, pegou também uma camisa polo da Lacoste branca com uns detalhes de Verde na manga e na gola, com mais uma bermuda preta só que dá Lacoste, comprou um conjunto todo preto do flamengo junto com o boné, uma bermuda Tactel preta e uma azul bebê, tudinho do estilo dela, bem linda, ainda compro dois tênis um preto e um vermelho.
Eu vi uma roupa de casal e logo peguei, era uma camisa preta com uma listra no meio e uma bermuda branca, no meu caso era um shortinho e o dela do jeito que ela gostava, só pedi isso e tenho certeza que ela nem percebeu que era um conjunto.
— Não vai vestir - raspei meu açaí que já tinha acabado e olhei para ela, ela nego, com certeza ela vai dizer que não tem paciência.
— Eu não tenho paciência, já sei meu tamanho já pô - dei risada, o cara estava arrumando as roupas na bolsa enquanto ela fazia um carinho na minha cintura até a bunda, ela pagou a conta e saímos da loja - Vamo ali compra um negócio para tu?
— Eu estava precisando de uma sainha - ela me olhou.
— Sainha, já tá pensando em coisas pequena - dei risada, ela me puxou até a loja ali perto e eu entrei boba, tinha além de roupas vários produtos de maquiagem e cosméticos, eu amei.
Não levei só a saia, levei também algumas maquiagens e alguns cremes, comprei uma saia branca e um vestido todo coladinho que vai até o joelho, lindo.
•
— Tu gosta de me atentar né filha da puta - dei risada jogando minha cabeça para trás. Naty tinha me trazido na lanchonete que a gente sempre vem, o lanche desse lugar é maravilhoso e foi onde ela me trouxe para sair pela primeira vez também.
— Eu só coloquei a perna encima da sua amor, não fiz nada - tomei um gole da coca e ela olhou para meu pé encima da coxa dela que antes tinha dado uma escorregada até o pau dela.
— Diaba - ela pegou no meu pé e eu relaxei mordendo um pedaço do lanche, a Naty já tinha terminado os dois dela e eu ainda estava no meu primeiro.
A Naty saiu sozinho depois da gente voltar da rua, fico três horas fora e depois que voltou a gente fico em casa de bobeira, juntinhas.
— Tenho uma coisa pra mostrar pra tu, fiz hoje mais cedo - olhei para ela toda atenta, ela tomou a coca e depois se levantou. Puxou a camisa até a altura do top e viro de costas para mim, a pela completamente tatuada e aquela cueca aparecendo, eu daria muito para ela agora.
— Meu Deus - deixei de focar na gostosa e foquei no que ela queria me mostrar. Era minha bunda sim e ela estava extremamente no lugar onde a Naty queria, mas não só isso, também tinha meu rosto um pouco abaixo do top dela, era uma foto que eu tinha enviado para ela, o desenho fico tão real que parecia um filtro da minha própria foto, estava lindo - você me tatuou?
— Tu não gostou? Eu achei foda, essa assim então - apontou para minha bunda e eu dei risada ainda até ela e olhando de perto.
— É linda amor, eu só não achei que você iria tatua meu rosto - ela abaixou a camisa e me segurou pela cintura - vou fazer uma especial para você também.
— Vou te levar comigo no corpo minha gostosa - ela me beijou e abracei o pescoço dela, completamente apaixonada. A uns meses atrás se né dissesem que eu contrária uma pessoa como a Naty e que ela seria a pessoa que eu esperei pra me entregar por completo, amar e receber esse amor, eu olharia para a pessoa e diria você é doido.
Eu nunca esperei de verdade viver oque eu vivo com ela, por mais que eu quisesse, para mim era muito bom para ser verdade, e hoje eu tenho ela, que com certeza é o amor da minha vida.
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Nossa História [ Pique Bandida ]
RandomComo diz nossa música: Se via com coração fechado Com medo da tristeza do passado Andando no caminho da razão Você apareceu na minha vida Abriu a porta pra uma saída São coisas que não tem explicação De repente eu me entreguei Não lutei, não resisti...