Capítulo #69

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NATY

Acordei no pique, raramente acontece então aproveitei. Dei um beijo na bunda da Bianca que estava toda de fora e depois me levantei, tomei um banho geladinho, coloquei a bermuda e um top ali rapidinho e desci lá para baixo.

Tinha deixado uma bagunça de leve ali onde então dei uma arrumada, arrumei lá fora também que tinha algumas latinhas de cerveja e arrumei a sala, a Bianca fica com o quarto já que ela tá hibernando lá.

Deixei o portão aberto e já tirei minha BMW e o Civic para fora, a f800 também, a duas roda tá precisando de um trato. Passei pano com aqueles cheirinho por dentro dos carros e no banho da moto, deixei no brilho, por fora eu joguei água em tudo.

Deixei tudo aberto para secar legal. Sentei no meio fio acendendo a maconha e com o celular na mão liguei pro pivete.

   — Eai pretinho, qual foi tá fazendo oque?

       — Eu estava  tomando café da manhã
E você?

— Nada demais não. Começou as férias já?

     — Sim ontem sabia, você vai me buscar mesmo?

— Claro, vou toma um banho aqui e tô indo.

   — Ebá, vou arrumar minha coisa.

— Vai lá pô, pega uma mochila só, vou comprar
Umas roupas aqui para tu.

     — Tá bom, tchau e chega logo.

— Tchau moleque.

Tomei outro banho porque me molhei inteira, coloquei uma bermuda preta e uma camisa do flamengo, deitei do lado da Bianca deslizando a mão pela bunda dela e beijando suas costas, ela deu uma resmungada e acordou.

— Porque você tá tão cheirosa - me abraçou puxando mas para ela.

— Tô indo buscar o Jean, tu lembra que a gente combinou com eles de nas férias ele viria para cá? - ela concordou sorrindo.

— Vou ficar e arrumar o quarto dele então, vou fazer um almoço gostoso - concordei beijando a boca dela -  nada de desviar o caminho viu.

— Eu iria para onde? - sorri encarando o corpo dela toda, uma gostosa dessa, da vontade de comer toda hora.

— Naquela tua amiga lá - ciumenta ainda, pacote completo. Beijei a boca dela de novo.

— Foi por isso que eu te fiz um filho rápido - ela fico me encarando - tenho vontade de macetar você toda hora porra - ela riu mas alto e eu segurei a cintura dela forte puxando para mim e chupando um pouco acima do peito dela deixando uma marca.

— Amor, para com isso, você precisa ir lá - concordei apertando o pau por cima da bermuda e ela sorriu se levantando.

Mandei um tchau e sai de casa, entrei no carro falando com o pipoca pelo radinho avisei ele que estava saindo. Algumas horas depois eu parei na frente da casa da avó do Jean, buzinei e antes mesmo deu consegui chegar no portão ele já estava correndo para mim.

Abracei o moleque pegando ele no colo e ele todo feliz em me ver.

— Qual foi pô, parece que não me vê a anos? Tudo isso é saudade é?

— Eu estava com muita saudade Naty, queria ver você logo - me abraçou forte - você não tá com saudade de mim.

— Claro pô - deixei ele no chão - tava com saudade sim moleque.

— Então vamo logo, quero ver a tia Bianca, a barriga dela já tá bem grande? Já tá para ver o bebê? - sorri. Pensa numa pessoa que fico feliz com a notícia, e eu respirei aliviada pô, meu plano de pegar o moleque pra cria ainda tá firme na mente.

— Ainda não, tá cedo - ele fez bico, olhei a avó dele no portão de braço cruzado me encarando seria - vai lá pegar tuas coisas.

Ele saiu correndo todo animado. Me encostei no carro encarando a fera, dona maria sempre que me olha era com desprezo cara, nem a polícia me odeia mas que essa mulher.

— Você acha que tem algum direito te chegar aqui, ou melhor, entrar na vida do meu neto na nossa vida e bagunçar tudo? - ela diz, se aproximando mas, eu só fiquei olhando - vai tirar ele de mim?

— Não Dona Maria, vou ajudar a criar o moleque - ela sorriu - eu a Bianca, se a senhora ainda tem dúvida que a gente ama ele, só me fala pô, fala oque eu tenho que fazer para mostrar que eu quero dar uma família completa para ele?

— Você não precisa me mostrar nada não menina, só não quero ver meu neto sofrendo mas do que ele já sofreu, o Jean é uma criança, que sempre quis um pai e uma mãe, e eu tentei de tudo dar isso para ele - respirou fundo, como se não quisesse mas falar sobre isso - Eu sei que se você quiser tirar ele de mim vai tirar, porque eu não tenho forças contra você, você pode me matar se quiser...

— Não fala merda dona Maria - interrompi ela, quase gritando - eu só quero o moleque perto de mim, sendo meu filho, não quero tira a avó dele não - ela respirou fundo - se tu vier pro rio com nós, eu te deixo confortável dona Maria.

— Tenho minha casa aqui, minhas coisas - concordei.

— Eu não vou levar o Jean sem a sua permissão porra, tu que tem responsabilidade sobre ele - ela fico me olhando, o Jean apareceu correndo e carregando a mochila dele o sorriso sempre no rosto.

— Vó Maria, obrigada por me deixar ir - ele abraço ela e ela falou algumas coisas no ouvido dela, depois o moleque correu para mim de novo, pedindo para gente ir logo.

Entrei com ele no carro e dei partida indo para casa, o moleque o caminho inteiro foi contando como foi os dias dele, oque queria fazer quando chegasse lá. Eu porra? Eu estava feliz para caralho em poder levar ele para mim favela, mostrar tudo para ele.

Louca para esse pivete ser meu filho.

Sem revisão 👍

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