Capítulo #38

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NATY

Um mês pô, um mês que eu tô com a colera no pescoço, embolada toda pela Bianca, toda rendida. Namoral primeira vez que eu fico desse jeito, tem hora que eu me pego reparando em tudo nessa mulher, sou apaixonada em tudo nela, mais aquela bunda é foda, me deixa doida.

Bianca ta cada dia mas minha mulher, tá sabendo de tudo de mim já, até meus gostos estranhos. Esses dias mesmo começou a me chamar de amor, fiquei como? Coisa linda ela pô, sorte a minha.

Ele se apega muito nesses bagulho de carinho tá ligado? Quer ficar grudada comigo sempre que eu tô na casa dela, fica me elogiando toda hora, não vou mentir, eu nunca gostei disso, mais sei lá por ela eu aceito tudo pô. A gente brigou ontem, bagulho bobo, ela queria uma aliança, e eu achei desnecessário, falei que quando ter ia comprar.

A gata ficou doida dizendo que eu estava fazendo pouco caso e não queria mais, emburrou legal. Eu logo dei um jeitinho nela e botei para sentar, fico fraquinha e já me perdôo, porra nois tá no cio desdo momento que ela aceitou ficar comigo, é todo dia pô, todo dia nois transa, papo reto umas três vezes ao dia, e não é só eu que vou atrás não viu, ela vem querem também.

Tá tudo gostoso,sem k.o.

— Para Naty, deixa eu me concentrar - ela diz me fazendo dar risada. Respirou fundo e apertou o volante olhando para frente - Tá como eu ligo?

— Aberta esse botão aqui - indiquei e ela fez - Agora tu pisa no acelerador devagar, tu lembra onde fica?

— Lembro, tá vou ir devagar - ela piso no acelerador e acabou acelerando muito, deu um grito e afastou o pé, o corpo dela foi para frente e ela me olhou assutada, eu ri. Mas papo reto, meu coração estava acelerado, era meu carro e Bianca atrás do volante, porra.

— Falei pra pisa devagar, vai de novo - ela se arrumou e piso no acelerador devagar, agora estava andando certinho - isso pô, continuou e vai controlando o volante, sem pressa.

— Aí amor, eu vou bater seu carro - Faz isso não pelo amor de deus.

— Vai não Gostosa, continua desse jeitinho aí que tu tá fazendo certo - ela concordou toda concentrada. Eu dei uma risada da cara dela e ela acabou me olhou muito rápido e acabou virando o volante junto saindo da linha reta, aí ela se desesperou e piso forte no acelerador, começou a grita - tira o pé Bianca, porra!

— Aí Naty, não quero mais - ela tiro a mão do volante e eu ri mais alto - para de rir filha da mãe, eu me desconcentrei por sua culpa.

— Minha o caralho, tu que foi emocionada - ela cruzo os braços olhando para frente - sai do carro pô - ela fez, pulei pro motorista e chamei ela pra sentar no meu colo, me ajeitei de um jeito que conseguia ver a rua - Tu vai comendar.

— Vai com calma - concordei. Ela se virou para mim e me deu um selinho, ficou animada de novo. Dei partida no carro e ela fico no volante - amor, tem que virar agora.

— Roda o volante pô, não precisa gira tudo, vai devagar - ela concordou e fez - Isso pô, meu orgulho.

— Para se não estraga - abracei a cintura dela e beijei a nuca - Naty, vou me distrair - acelerei um pouco mais e ela já me deu um tapa no braços.

— Tá chegando a casa deles - segurei encima da mão dela e diminui a velocidade, guiando no volante também, estacionei na frente da casa da Rebeca e do pipoca. A Bianca desligou o carro e se virou para mim, segurou meu rosto e meu deu mó beijão. Deslizei a mão pela bunda dela fazendo um carinho e ela abraço meu pescoço - Olha que eu te levo pra casa.

— Pra que se tem seu carro? - me afastei com um sorriso no rosto e ela gargalhou - Mais não agora, bora que eu tô com fome.

— Porra me deixou, na moral.

Desceu do carro e eu fui atrás pegando a mão dela. Eu já era de casa então nem precisava avisar que tinha chegado, só fui entrando e puxando ela comigo.

— Pipoca traz cerveja pra mim - os dois aparecem na sala e eu fui me sentar no sofá, a Bianca foi cumprimentar os dois, fez um toque de mão com o pipoca e deu um abraço na Rebeca.

Pipoca chegou com a minha cerveja e estendeu a mão para mim que toquei. As duas tinham ido lá para cozinha.

— Tu tá cheia de batom na boca porra - dei risada e passei a mão na boca limpando - não terminaram ainda?

— Pô filho da puta, isso é coisa que se diga? - ele riu bebendo a cerveja - claro que não irmão.

— Tu terminou com a Ingrid na primeira semana, depois voltaram. Tô perguntando só porra - neguei.

— Totalmente diferente irmão. E por falar nessa desgraça aí, tu descobriu onde ela tá pra mim? - dei um gole na cerveja vendo ele negando com a cabeça. É foda, essa daí se escondeu bem escondido, mais eu vou achar, não vou deixa isso para trás não.

— Sumiu pra casa do caralho, mais nois vai achar.

— E a Munique irmão? Tá mas mansinha - Essa é outra que fez merda comigo e eu tô castigando, mandei presa sem peso na consciência.

— Tá, fala pra tu, tu ganhou mas respeito dela. Toda vez que liga pede pra mim te pedir perdão e que não vai mas fazer merda, e parou de perguntar quando vai sair.

— Deixa ela mais um pouco lá, faz oque dois anos que eu mandei ela pra lá? - ele concordou - então deixa.

Olhei para tv quando anunciaram que o jogo do flamengo ia começar, levantei indo para cozinha e peguei as duas fofocando lá, cheguei atrás da Bianca e ela tomou um susto.

— Tão falando mal de mim pra tu se assustar desse jeito? - ela me olhou e me empurrou com a mão no coração.

— Tamo sim, falando do seu pau pequeno - cruzei os braços e a Rebeca fez a cara de debochada dela.

— Só se for do seu marido pô, tenho dó de tu - ela levantou a mão para me bater.

— Não é pequeno não.

— O meu muito menos, a Bianca treme toda vez - abracei a Bianca por trás que só estava dando risada - Encosto no útero porra, me garanto.

— Credo, duvido - dei de ombro, começando a beijar a nuca da Bianca.

— Tu não precisa saber também não, ele já tem dona já. Vai fuder com teu marido lá e me deixa aqui com a Bianca.

— Cuidado com as minhas coisas - ela saiu da cozinha levando duas caixa de pizza, virei a Bianca para mim e beijei a boca dela.

Desci a mão até a bunda apertando e ela arranhou minha nuca gemendo baixinho.

— Quero pizza - chupou minha boca e me puxou junto com ela até a sala. Jogo deu ruim, perdemos de um a zero.

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