Capítulo #37

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NATY

- Eu juro que se você me fizer molhar o cabelo eu vou embora - ela falou brava apontando o dedo para mim e eu dei risada me aproximando dela e beijando sua bochecha. Agarrei a cintura da Bianca puxando ela para perto de mim e desci minha boca até o pescoço dela beijando cada parte - Você já terminou o banho né.

- Já, mas tô começando outra coisa - ela riu se afastando e segurando meu rosto - qual foi Bianca?

- Você só pensa nisso?

- Quando eu tô contigo é foda de controlar - ela riu novamente e eu dei um selinho na boca dela. A Bianca entrou comigo no banheiro quando eu pedir para ela me ajudar no banho, a intenção era outra mas meu pé começou a doer um pouco mesmo, se ela quiser transar a gente vai ter que ir para cama de qualquer jeito - Tá com fome?

- Não, você me encheu de comida lá no bar - ela abraçou meu pescoço e começou a passar a mão pelo meu cabelo - eu queria mesmo é um sorvete.

- Eu compro pra tu - ela me beijou e se afastou de mim saindo do box e se enrolando em uma toalha eu fiz o mesmo indo para o quarto. Vi a Bianca fuçando no meu armário e só fiquei olhando, até que ela achou uma camisa minha e colocou no corpo sem nada em baixo, soltou o cabelo do coque e sentou na minha cama, e eu só fiquei olhando para ela.

Vesti uma bermuda preta e um top, peguei meu celular e pedi para um dos meninos que estavam por perto compra um sorvete para mim, joguei o celular na cama e deitei colocando a minha cabeça na coxa dela.

- Eu comprei umas coisas hoje de manhã antes de ir lá pro jogo, queria fazer hoje - ela disse enquanto abria uma sacola tiro várias cremes de dentro - isso aqui é uma máscara, me deixa passar em você?

- Sem fazer muita graça - ela riu toda animada e me deu um selinho, pegou um laço azul e colocou no meu cabelo, fechei o olho só esperando ela começar aquele treco. Até que eu senti uma puxada na minha sombrancelha, abri o olho na hora - porra Bianca!

- Eu só estou arrumando sua sobrancelha Natyele - levantei olhando para ela que estava rindo - desculpa, foi sem pensar que eu falei isso, veio na cabeça - ela não parava de rir.

- Natyele é meu pau Bianca - olhei ela pegando uma lâmina e começou a passar embaixo da minha sombrancelha. Uns minutos depois me chamaram lá embaixo eu fui correndo, correndo é modo de dizer né, porque eu estava andando que nem bêbado depois de três dias fora de casa, foda pô, fui pegar o sorvete dela, guardei na geladeira e voltei - Teu negócio tá lá embaixo.

- Obrigada - deitei na coxa dela novamente. Agora a Bianca começou a passar um creme na minha cara, eu estava quase dormindo ali - Naty, você vai me ajudar a sair da Jô?

- É só você dizer que tá comigo, ela não vai te cobrar nada - olhei para ela, que me encarava aliviada - eu vou ficar encima de tu Bianca, até tu se render e ficar comigo.

- Eu não escutei nenhum pedido pra mim aceitar alguma coisa - dei risada e levantei o corpo ficando perto dela, ela riu ficando toda vermelha. Namoral eu nunca disse essas palavras, nem a Ingrid eu pedi em namoro, quando eu vi nós já estava morando juntas e já era, ela nunca me cobrou isso também.

- Bianca tu quer namorar comigo? - ela ficou me olhando - se tu aceitar branquinha daqui pra frente é só nois duas.

- Eu tava com medo nesses últimos dias desse momento - ela abaixou a cabeça e eu fiquei olhando - Eu pensei que ia ser diferente, que você ia me perguntar isso e eu ia dizer que não porque a gente mal se conhece, só que - ela bufou e me olhou novamente - eu gosto muito de você e você me fez se sentir diferente e especial em um momento que eu só tinha nojo de mim. Mais foi diferente, vendo esse momento acontecer eu só consigo pensar na minha felicidade.

- Tu pode contar comigo Bianca, pra tudo, vou fazer de tudo por tu, eai?

- Eu aceito - avancei nela beijando seu rosto todo e ela ria tentando segurar meu rosto - mas se você me machucar de qualquer forma eu vou embora e você nunca mais vai me ver, eu sou bom nisso viu.

- Que ideia é essa Bianca, a única forma deu te machucar é na hora que a gente tá transando, tu sabe que eu me amarro na sua bunda - ela riu e eu segurei o rosto dela beijando a boca, ela abraçou meu pescoço me dando corda.

- Deixa eu terminei sua pele - ela me afastou e eu bufei deitando na coxa dela de novo, ela passou um outro creme e essa agora ficava todo duro na minha cara, ela passou na dela também e fico mexendo no celular do meu lado.

O meu começou a tocar e eu atendi deixando no meu peito.

- Chefe, baile tá confirmado pra sábado né não? Vai ser aquele esquema pô?

- Que esquema?

- O Kaká disse que era pra ser baile privado porque ia ser a maior putaria, ele ia chamar as puta da favela pra fazer umas dancinha lá e tudo, é isso mesmo?

- Não, não tô sabendo disso não, amanhã eu passo aí e falo com o Kaká, baile vai ser normal pô - o cara concordou e eu desliguei a chamada, tô meio afastada da boca por esses dias, eu estava na Bianca e só queria ficar com ela ali.
Eu

— Tu é fraco porra, tira logo esse caralho - dei um tapa na nuca do pipoca que estava abaixando na minha frente tentando tirar a tornozeleira, ele me olhou sério e eu dei risada.

— Tu me dá mais um desse peixe, eu deixo essa porra aí - cruzei os braços olhando para frente e respirei fundo.

— Tenho um bagulho pra te contar irmão, tu vai ficar de onde com a minha cara que eu sei mais vai ficar sabendo de qualquer jeito - ela continuou a fazer o negócio dele e eu comecei a falar - Pedi a Bianca em namoro ontem tu acredita.

— Aquela morena lá é? Sabia que tu tava na dela, mó carinha de boba quando via a garota - ele me olhou e eu dei risada - ela aceitou foi?

— Lógico Pipoca, eu sou uma gostosa do caralho e aquela ali precisava da Naty na vida dela tá ligado? Nois combina pra caralho irmão - ele me olhou com uma careta - namoral pipoca quando eu tô fodendo com aquela garota, a parada é diferente saco? O bagulho é completo - ele se levantou ainda me olhava estranho - Ela foi feita pra mim entendeu?

— Saquei peixe, tu já tá de quatro por ele né não?

— Não sei Pipoca, tu sabe como eu sou, as vezes eu sinto uma parada no momento e no outro já enjoei é assim - ele concordou se abaixando de novo e continuo tentando - mais com ela eu acho que vai ser diferente papo reto, eu só falo essas parada pra tu irmão.

— So vai peixe, só não trai a garota pô, isso é mancada e tu sabe oque eu acho - escutei um estralo e ele levantou jogando a tornozeleira longe, até que enfim essa porra saiu - A garota parece ser de boa, curte e cuida dela.

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