Capítulo 55

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NATY

Abracei ela pela frente não dando a chance de ninguém ver seu rosto cheio de lágrimas, ela ficou quieta e andou comigo até o carro.

— Você não pode me matar eu fiquei contigo por muitos anos Naty, eu te ajudei a roubar velho rico - porque quis, e deu para velho rico porque quis, eu nunca obriguei ela a fazer essa merda, era só iludir o velho e pegar um dinheiro, mas ela fazia escondido, dava para ele e recebia mas que nós tínhamos combinado.

— E no final tentou me colocar na cadeia - me virei para ela segurando forte seu cabelo - tu me achava com cara de otária filha da puta, tu achar que eu não iria atrás de tu? Olha Ingrid quando eu soube que tu tinha feito aquela merda comigo, eu não acreditei - ela chorou, tentando tirar minha mão do cabelo dela - mas aí eu me liguei que você sempre foi uma filha da puta.

— Porque você me deixou para ficar com essa prostituta de merda - ela gritou - você me traia todo dia com qualquer puta, e eu não ligava muito, brigava só para te ver irritada, mas sabia que numa delas ia tirar você de mim - dei risada.

— Aí eu conheci a Bianca, e tu tentou fazer com que eu matasse ela - ela concordou.

— Porque você não matou, com qualquer outro comigo, você não teria falado nada, só me matado - ela chorou mas, eu puxei seu cabelo até ficar perto de mim.

— Porque eu amo aquela mulher, coisa que tu nunca conseguiu de mim, que nenhuma vagabunda conseguiu - ela respiro fundo me encarando - a Bianca é minha e eu sou dela, eu mato - apertei mas o cabelo dela ela reclamou - e morro por ela, tu tá entendendo.

— Porque ela Naty? Eu tentei dar tudo para você - neguei - eu te dei um filho!

— Não fala dessa merda - ela sorri.

— Mas você matou Naty, eu tentei mas você matou - abaixei minha mão até o pescoço dela e apertei - para Naty.

— Eu disse pra você nunca mais falar disso. Eu não m lembro do que aconteceu, e você sabe que eu nunca acreditei que fui eu quem matei ele - ela sorriu apertando minha mão - diz a verdade para mim Ingrid, oque aconteceu naquele dia - ela respirou fundo.

— Voce tinha saído de manhã com uma vagabunda qualquer, e eu tinha ficado em casa com aquela barriga enorme e que me deixava horrível - rosnei, puta, me controlando - eu fiquei com tanta ódio de você Naty, que queria ver você sofrendo, e eu sabia que aquele filho era oque você mais queria.

— Você disse que eu tinha te batido e ele morreu.

— Na verdade não, você chegou bêbada e drogada demais, me abraçava toda hora beijava minha barriga e falava com aquela coisa, como se ele escutasse - senti alguma lágrima caírem do meu olho - eu fiquei com tanta raiva que me machuquei por sua culpa, tomei alguns remédios para aborto e de madrugada eu comecei a sentir tanta dor, sangrei tanto, e quando você acordou desesperada e chorando, eu sabia que tinha conseguido fazer você sofrer.

— Era só ter esperando dois meses Ingrid, eu cuidava dele, eu te tava o dinheiro que fosse e você ia embora porra - ela sorriu negando com a cabeça.

— Eu iria fazer isso, mas eu estava com raiva de você, queria te deixar sem nada.

Respirei fundo, eu tinha medo de não conseguir ter mas um filho, eu tive um e ele morreu e agora eu não sei se vou conseguir de novo.

— Você vai me matar eu sei, mas eu vou feliz sabendo que eu te tirei a chance de ter aquilo que você mas quer. Ela não vai engravidar porque você não vai conseguir Naty, era para ser comigo - ela sorriu. Eu respirei fundo, dei partida no carro e dirigir com ela falando no meu ouvido, todas as merda que eu fiz para ela.

Encostei em um lado afastado da praia, onde não ia ninguém praticamente. Arrastei ela comigo, já com a cara toda desconfigurada de tanto que eu bati no caminho para cá. Coloquei ela na minha frente, e peguei minha arma colocando na cabeça dela.

— Tu não me tirou nada Ingrid, pelo contrário, me fez me apaixonar mas rápido pela Bianca. Eu posso não consegui dar um filho para ela mas isso a gente resolve - ela grito, quase sem forçar.

— Eu te odeio!

— Eu também porra - engatilhei a arma - me diz, oque eu faço com aquele menino?

— Mata aquele desgraçado que não servia para nada também, um maldito igual a você - neguei com a cabeça, ela era assim, usou a criança aquela hora mas não ligava para ele. Eu não esperei mas, atirei na cara dela e depois no coração, com o silenciador na arma.

Comecei a fazer tudo rápido, queimei o corpo e misturei com a areia, joguei tudo no mar, não ficou nem rastro dela por aqui, eu deixaria apodrecer ali mesmo, mas eu já estava fudida não poderia trás a polícia até aqui.

Peguei o carro e voltei para casa.

Sai do banho e encarei a Bianca dormindo na cama, quando eu cheguei ela estava olhando o menino que tinha dormido, eu chamei ela comigo e ela deitou sem dizer nada, dormir e eu fui tomar um banho.

Sai do quarto e fui até a janela da sala, que tava para rua, acendi minha maconha e relaxei enquanto fumava ela sem pressa.

— Onde está minha tia? - escutei o moleque falando atrás de mim - ela foi embora de novo? Ela vai voltar daqui a duas semanas?

— Foi, mas dessa vez ela não volta - ele abaixou a cabeça - ela já tinha ido embora?

— É, ela saiu para uma festa e não voltou, só depois de duas semanas - concordo, me virei olhando o menor. Ela pareceria ter uns oito anos, pretinho e todo magrinho - eu não gostava muito dela, mais eu não queria ficar sozinho de novo.

— Tu pode ficar aqui pô, depois que a gente for embora tu decide onde que ficar - ele concordou.

— Acho que minha vó logo vem, vou ficar pouco - concordei.

— Como é seu nome?

— É Jean - concordei - e você?

— Naty - ele se aproximou - tem quantos anos Jean?

— Tenho Sete, mais falta quinze dias para mim fazer oito - concordei - aquela mulher que veio com você é sua irmã?

— Não pô, é minha mulher - ela me olhou confuso.

— Sua namorada é? - concordei - Minha avó falou que isso era errado, só homens podem namorar as mulheres - ele concordou.

— Tua vó é doida então - ele deu de ombro - não exite isso moleque, aprende agora que mas pra frente tu se torna uma pessoa melhor.

— Tudo bem. Ela é bem bonita né - olhei para ele que sorriu e fico mas do meu lado encarando a rua.

— É minha mulher, eu não gosto muito dessas papo sobre ele não, saco? - ele concordou dando risada.

— Porque você fala assim?

— Assim como porra?  - ele riu mas é colocou a mão na boca.

— Você fala estranho só isso - neguei com a cabeça - você parece bem rica, olha seu carro - olhei meu carro - já conheceu o Marcelinho, ou o Felipe Melo?

— Tu é fluminense moleque? - ele concordou sorridente - sai fora porra, tem que ser flamengo pô.

— Não, eu puxei meu pai - neguei com a cabeça - eu queria assistir um jogo algum dia, poderia ser com o Flamengo, tanto faz - dei risada negando com a cabeça, sorte que era criança.

— Tu é foda moleque.

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