Capítulo #21

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BIANCA

A Naty ficou fora por uns três dias, hoje de manhã ela me ligou dizendo que tinha voltado e que queria conversar comigo. Eu tinha pensado muito desdo dias das flores que ela me mandou, isso me pegou desprevenida, receber um presente assim não é uma atitude que eu achei a cara da Naty, ela me surpreendeu de um jeito bom.

De novo me fez sentir especial. E eu comecei a perceber que estou deixando o Daniel me controlar novamente, eu basicamente comparei todas as atitudes dele com as da Naty e se for assim que nunca vou me permitir conhecer uma pessoa novamente, eu tenho medo dele então todos vão parecer com ele.

Ainda estou insegura, e quero ir com calma com a Naty, quero conhecer ela de verdade.

Ela disse que iria passar aqui hoje só pra me ver, sem segundas intenções. Oque é meio difícil de acreditar já que aquela mulher é safadeza pura. Eu deixei, como eu conversei com a Letícia, eu iria conversar com ela.

Estava terminando de secar meu cabelo quando recebi a mensagem dela dizendo que já estava aqui na frente me esperando. Respirei fundo, eu acho que não é normal sentir um frio na barriga toda vez que você uma pessoa, eu só sinto isso por ela.

Coloquei um moletom e meu chinelo e sai de casa. Encontrei ela olhando o celular enquanto fumava um cigarro completamente despreocupada. Ela é linda demais e quem fala ao contrário é totalmente sem noção.

Abri o portão chamando atenção dela e quando ela me olhou foi como se eu tivesse quinze anos e estava fazendo a primeira loucura da minha vida. Oque não é totalmente mentira já que eu estou pensando em dar uma chance para essa mulher.

— Meu Deus Naty, que isso? - deixei pra lá todo a hipinose pelo rosto bonito dela e o corpo gostoso cheio de tatuagem e foquei no curativo em sua panturrilha - você levou um tiro?

— Relaxa branquela, não é o primeiro nem o último - ela piscou pra mim e eu dei um tapinha no ombro dela, a Naty sorriu mostrando os dentes e se aproximou de mim - Fico preocupada comigo?

— Claro que sim - cruzei os braços e ela fico me olhando - que foi?

— Tu é muito linda porra - ela fico me encarando e eu tentei ao máximo não pula no colo dela agora e beija aquela boca que só saia palavrão. Disfarcei virando meu corpo e sentando no meio fio na frente de casa, ela fez o mesmo - Eai branquinha, me perdoa pelo jeito que eu falei com tu ou vai me dizer que nem quer me ver mais.

— Você ia fazer oque se eu dissesse que não quero mais te ver.

— Ué pô, fica só te olhando de longe. Eu não posso fazer nada não branquela, tua vida. - ela deu de ombro e eu só fiquei olhando ela - é isso mesmo que tu quer.

— Não Naty, eu só quero ir com calma - ela concordou - eu gosto de você, mas eu já passei por muita merda na minha vida, já fui muito machucada. Eu tenho medo sabe? Ainda não fui totalmente curada por tudo que aconteceu e eu me coloquei em uma situação ainda mais complicada - passei a mão no cabelo respirando fundo - eu ainda vou dá um jeito na minha vida, ainda vou amadurecer mais.

— Tu já é foda pô.

— E você, já faz um tempinho que eu não vejo a Naty sorrindo, soltando aquelas piadinhas todos safadinha - ela sorriu e se aproximou mais de mim, me encarando de um jeito que me fez arrepiar inteira.

— Tava com saudade de tu branquinha - ela ficou de frente pra mim e abraçou minha cintura me puxando pra mais perto - fala aí tua vida foi mó triste sem mim esses dias né?

— Não convencida, foi até que nem animadinha - sorri mordendo o canto da boca e ela me olhou desconfiada. Já lembrei da doideira que eu fiz com a Letícia, ontem ela me ligou desesperada contando que tinha lembrado de tudo eu dei tanta risada - você acredita que eu transei com a Letícia?

— Ihh, quero nem saber disso aí Bianca - dei risada.

— Ah é que foi muito engraçado - ela só fico me olhando - a gente estava bêbada.

— Sorte a dela pô, tu arrebenta - dei risada jogando a cabeça pra trás e abracei o pescoço dela - tu gozando todas aí e eu só pensando em tu - gargalhei mais alto - pô Bianca, tô falando sério, tu só pisa no meu coração.

— Para com isso, dramática - ela riu.

— Fiquei magoada pô, tu nunca nem me elogiou - ri e ela fico me olhando.

— Tá, vou te falar uma coisinha então - ela nego não querendo saber e eu ri, me aproximei do ouvido dela e sussurrei - você foi a única pessoa que me fez gozar de verdade e eu adoro isso - ela na mesma hora me abraçou forte e virou o rosto pra frente do meu me beijando na mesma hora.

Naty me puxou pro colo dela deslizando a mão sobre minha coxa, eu deslizei minha mão do pescoço até a nuca dela. Ela chupou minha boca e se afastou com alguns selinho.

— Vou ter que ir resolver uma parada ainda hoje pô, senão eu ficava contigo - concordei - tô com mó saudade de tu branquinha, quando quiser me vê só me chamar pô - concordei.

— Tá bom - dei um selinho nela e ela me puxo me beijando de novo, dei risada e continuei beijando ela. A Naty desceu a boca até meu pescoço e chupou sem muita força, eu me arrepiei e me afastei dela.

_ Tu gostou do presente, eu não sabia muito como escolher. Aí vi essa aí e achei que tu ia gostar - Concordei com um sorriso bobo na cara.

- Eu adorei, brigada - dei um selinho nela e depois outro, abracei o pescoço dela e deitei minha cabeça ali um pouquinho. Depois de alguns minutos infelizmente minha paz acabou.

— Bora gata, senão eu já levo lá pra dentro e mato a saudade - dei risada e me levantei, ela se lavando também me pagando mais um vez pela cintura e me beijando - vou passar o radinho aqui mandando todo mundo a merda, vou ficar contigo.

— Para de besteira. E eu tô com sono - ela concordou, eu me afastei e ela foi pro carro, antes de sair buzinou e eu esperei um pouco até entrar para dentro de casa. Me joguei na cama e só fiquei pensando naquela bandida gostosa demais, que tem um beijo maravilhoso e uma pegada única, de molhar qualquer calcinha.

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