Capítulo 21: Margarida do campo!

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Não sabia bem o que estava rolando ali, mas era meio óbvio que nenhum deles se dava bem com Brendan. Principalmente o Nicholas. O que não fazia muito sentido já que Bryan agia como se os dois fossem irmãos o tempo todo e até mesmo Nic já havia dito isso.

—A culpa é sua. Ele vai te matar se aparecer em Atlanta. —Brendan afirmou, ficando um pouco vermelho de raiva ao olhar para Nicholas.

—Ah, tudo bem, ele vai superar isso. —Nic deu de ombros, se curvando na ilha da cozinha. —Eu também não morro de amores por ele, então isso nos deixa meio quites, não acha? —Brendan comprimiu os lábios, exibindo uma expressão séria. —O que tá fazendo aqui na minha casa?

—Eu vim falar com o meu irmão. —Afirmou, dando alguns passos pela sala. —Não imaginei que ia encontrar toda ralé reunida.

—Dói, né? —Steven olhou pra Brendan com as sobrancelhas erguidas.

—Dói o que?

—Saber que o Bryan preferiu morar com o irmão de criação do que com você. —Ele deu de ombros, como se fosse óbvio, enquanto eu sentia o clima da sala mudar em um piscar de olhos, como se eles estivessem a ponto de se matar. —Talvez se você parasse de ser um babaca as coisas não fossem assim. Ainda dá tempo, sabia?

—Não lembro de ter pedido seus conselhos e nem uma consulta com um psicólogo. —Brendan desviou os olhos de Steven para Nichokas, cerrando os punhos antes de virar as costas e ir em direção a saída. —Diga pro Bryan me ligar.

Ele bateu a porta da frente de uma forma que fez as paredes tremerem e provavelmente acordou a casa toda.

—Uau! —Nicholas suspirou. —Começamos bem o dia.

Ele olhou pra nós e sorriu, exibindo uma expressão frustrada ao subir as escadas de volta para o quarto.

Steven Riley

Tirei as chaves do carro do bolso, destrancando o mesmo antes de abrir a porta e me afundar no banco. A rua estava vazia naquele horário da manhã, sem muito movimento além das pessoas andando com seus cachorros. Olhei na direção da casa de Lina, cerrando os olhos ao ver a mulher que saia de dentro da casa ao lado daquele homem que nos seguiu na noite de ontem, antes de entrar no carro junto com ele e o motorista.

Balancei a cabeça negativamente, sabendo que havia alguma coisa muito errada naquela história com a madrasta dela. Puxei meu celular, vendo que Lina havia enviado as fotos que tirou daquela agenda onde haviam os números. Apenas enviou as fotos, sem dizer absolutamente nada.

Steven — Esse número serve pra troca de mensagens também ou só pra emergências envolvendo cemitérios?

Ela não respondeu, porque provavelmente estava ocupada no trabalho. Então abri as mensagem do grupo dos rapazes, fazendo uma careta e revirando os olhos ao mesmo tempo.

Bryan — Podemos parar de falar do meu irmão?
Eu ainda não sei o que ele queria pra aparecer no casarão.
Mas nós vamos realmente ignorar o encontro do Steven e da Lina?

Yuri — Steven dizendo que a Lina tinha namorado, agora corta pro outro dia ele levando ela pra sair.

Nicholas — Vocês tinham que ver os dois ontem a noite, chegando juntinhos e felizinhos.

Bryan — Será que rolou beijo?

Steven — Vocês não tem nada pra fazer da vida de vocês, não é?
Não era um encontro, estávamos fazendo algo importante.
E não teve beijo, porquê, de novo, não foi um encontro!

Bryan — Ah, apareceu a margarida do campo!
Tá todo irritando assim porque não conseguiu um beijo sequer, né?
Se precisar de umas dicas, fico feliz em ajudar, cara.

Nicholas — Como assim "estávamos fazendo algo importante"??

Bryan — Você não levou a pobre alma da Lina pro mal caminho, né?
Nicholas, eles estavam chapados quando chegaram ontem a noite?

Steven — Todo mundo sabe que é você quem usa essas coisas, Bryan.
Não precisa mais fingir.

Bryan — Uso o que??
Tá chapado a essa hora da manhã, Steven?

Yuri — Ele tem razão, a gente sabe.
A gente só finge que não pra não te deixar chateado.
Mas a gente sabe.

Bryan — Parem de inventar coisas.
Nicholas, você é meu irmão, tem a obrigação de me defender.

Nicholas — Prefiro não me envolver nesse caso.
Só quero saber o que tá rolando entre o Steven e a Lina.

Steven — Não está rolando nada.
Somos só amigos.

Yuri — Só amigos?
Estamos falando com o mesmo Steven que estava todo chateado porque achava que ela tinha namorado e não podia chamá-la pra sair?

Bryan — Corta pra ele pedindo a opinião de todos nós sobre o que fazer em relação a ela.

Steven — Sim, foi a primeira e última vez.
Vocês são uns idiotas.

Sai do grupo, vendo que Bryan havia enviado uma mensagem me xingando. Mas ignorei ele quando percebi que Lima havia me respondido. Não sabia ao certo o que sentia em relação a ela. Era bonita, interessante, fácil de iniciar uma conversa, além de ser engraçada e ficar tímida de uma forma muito fofa.

Não tinha pensado na possibilidade de chamá-la pra sair, até Bryan encher meus ouvidos sobre como ela ficava olhando pra mim como uma manteiga derretida. Não tinha percebido isso, porque achava que o jeito tímido dela perto de mim era apenas pela forma que havíamos nos conhecido, quando eu estava só de toalha.

Mas depois que ele me disse, eu comecei a pensar em o quanto poderia ser bom sair com ela. E ontem a noite tive certeza absoluta sobre isso, depois de passarmos aquele tempo juntos. Se ela não tem um namorado ainda, é porque as pessoas são burras demais pra não olhar para aquela garota. Mas o erro dos outros, é o meu acerto.

Cat — Serve pra mensagens, ligações, conselhos amorosos e investigações.
Exceto cobranças e empréstimo, porque eu sou uma estudante sem um dólar no bolso.
Em que posso ajudá-lo hoje, senhor Holmes?

Abri um sorriso, mordendo o lábio ao perceber o quanto era bom conversar com ela e o quanto eu queria vê-la.

Steven — Quer almoçar comigo hoje?
Posso te levar pra universidade depois.

Ela não demorou um segundo pra responder.

Cat — Quero.



Continua...

Como conquistar Catalina Scott / Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora