Catalina Scott
Assim que Steven abriu a porta do casarão, eu fui amaçada por vários braços diferentes, de várias pessoas diferentes, que tentavam me abraçar ao mesmo tempo. Não vou negar, fiquei mais derretida que manteiga, sentindo vontade de chorar ao sentir o carinho de todos eles por mim.
Nicholas, Ella, Bryan, Yuri, Yasmin e Jane estavam ali, como se estivessem apenas esperando a porta se abrir e eu aparecer. Além do mais, eu ainda estava me sentindo mal por tudo que havia acontecido. Pelo ataque alérgico e principalmente por ter acabado com meu jantar com Steven.
—Nós ficamos tão preocupados. —Yasmin afirmou, deixando um beijo na minha bochecha quando todos começaram se afastar para me dar espaço para respirar. —Estávamos quase indo pro hospital atrás de vocês dois.
—É, vocês somem e a gente chega aqui e encontra o Victor todo assustado sem saber explicar direito o que aconteceu. —Bryan apontou para Victor na entrada da sala, que acenou pra mim e sorriu assim que o olhei.
—Eu estava um pouco ocupado. —Steven fechou a porta atrás de nós dois e se escorou nela. —Mas eu avisei assim que deu.
—Você está melhor? —Ella indagou, enquanto nós todos íamos pra sala.
—Estou sim. Foi só um grande susto. —Afirmei, mesmo que ainda estivesse me sentindo um pouco mal.
—Pra gente, né? —Victor apontou entre ele e Steven. —Porque eu quase tive uma parada cardíaca. Nem consegui jogar mais nada depois que o Steven saiu com você.
Me encolhi, dando de ombros e lançando um sorriso de desculpas a ele. Mas Victor também parecia feliz em me ver bem, apesar de nós dois não nos conhecermos direito.
—Onde você comeu amendoim? —Yuri questionou, fazendo todos olhares pra mim. Fiz uma careta, querendo encontrar aquele mini mentiroso e dar um chacoalhão nele por ter me vendido aqueles malditos cookies
—Comprei cookies de um garoto na entrada universidade. Ele me disse que não tinha amendoim e eu acreditei. Quer dizer, por que ele mentiria? —Bufei, me sentando no sofá com os ombros pesados em frustração. —Nunca mais vou comer cookies na vida.
—Que merda. —Jane murmurou, sentada no colo de Bryan no sofá, parecendo perdida em pensamentos. —Pelo menos você está bem agora.
—Regra número um, galera, não comprem absolutamente nada de estranhos na rua. —Yuri murmurou.
Todo mundo concordou, enquanto eu permanecia encolhida no sofá. Steven se sentou ao meu lado, me abraçando e beijando minha testa, como se soubesse que eu estava puro desanimo. Fiquei sentada ali, escorada nele vendo nossos amigos conversarem sobre comida, já que falar em cookies desencadeou essa discussão.
Só sei que horas depois eu me arrastei escada acima para tomar banho, enquanto Steven pedia comida pra nós dois. Minha noite terminou comigo enfiada embaixo das cobertas, grudada em Steven comendo uma pizza enorme enquanto assistíamos um filme juntos.
[...]
Acordei sentindo algo pesado e fofo na lateral do meu rosto. Bastou eu abrir os olhos para encontrar Cruel feito uma bolinha dormindo bem ao lado do meu rosto, praticamente colado na minha bochecha.
—Steven, seu gato não sabe respeitar o espaço pessoal das pessoas. —Resmunguei, escutando a risada dele, que deixava claro que já estava acordado. Me afastei de Cruel, girando o rosto e vendo Steven sentado na cama ao meu lado, desenhando alguma coisa naquele caderno de tatuagens. —O que você tá fazendo?
—Desenhando você. —Deu de ombros, fazendo o calor subir para minhas bochechas quando pensei em que desenho ele poderia estar fazendo. —E, não, você não pode ver.
—Como assim não? —Me virei, tentando pegar o caderno dele, mas Steven o fechou rapidamente, erguendo-o acima da sua cabeça para que eu não alcançasse. —Ei, o desenho é meu.
—Não, o desenho é meu, você é só a modelo. —Ele deixou o caderno cair no chão ao lado da cama quando fiquei de joelhos e fui pra cima dele em uma outra tentativa de pega-lo. Steven soltou uma risada, agarrando minha cintura quando tentei passar por cima dele para pegar o caderno no chão, me puxando e me prendendo na cama. —Sossega, Catalina.
—Eu te odeio. —Afirmei, cutucando o peito dele com a ponta dos dedos.
—Você disse ontem que gostava muito de mim. —Lembrou, e eu me encolhi, mordendo o lábio para não sorri quando ele me encarou com as sobrancelhas erguidas e um brilho de diversão nos olhos.
—Eu estava sensível por causa da alergia, cara. Não leve tão a sério assim. —Retruquei, observando o sorriso dele aumentar.
—Você não tem jeito, sabia? —Ele segurou meu rosto e deixou um beijo nos meus lábios, enquanto o polegar acariciava minhas bochechas. —Eu já disse o quanto amo quando me chama assim?
—Já. —Eu escondi meu rosto ombro dele quando o mesmo me abraçou. —E eu amo quando me chama de Catalina.
—Por quê? É o seu nome. —Afirmou, enquanto meu estômago parecia repleto de borboletas. —E eu só te chamo assim quando você se torna impossível.
Eu ri, afastando meu rosto para encara-lo.
—Impossível, aham. —Zombei, vendo Steven dar de ombros com uma expressão inocente. —É o meu nome e normalmente as pessoas o acham estranho.
—Não é estranho, é diferente.
—É estranho. —Retruquei. —Catarina não é estranho. Mas com L? Sim, é bem estranho.
Steven soltou uma gargalhada, me esmagando em um abraço.
—Eu disse, você é impossível as vezes. Seu nome não é estranho. É diferente e, particularmente, eu acho lindo. —Afirmou, fazendo meu coração acelerar e ficar quentinho dentro do peito.
—Talvez seja por isso que eu goste quando me chama por ele ou por Cat. —Eu me sentei na cama, vendo ele me seguir com os olhos. —Por que você gosta quando eu te chamo de "cara"?
—Eu não sei. Eu só gosto. —Ele riu, se sentando e deixando um beijo na minha bochecha, antes de ficar de pé. —Você me deixa com frio na barriga quando fala desse jeito.
Ele abriu um sorriso com o canto dos lábios e piscou pra mim antes de ir para o banheiro. Me joguei na cama, afundando o rosto nas cobertas para esconder o sorriso enorme que estava no meu rosto,
Você me deixa com frio na barriga o tempo todo, Steven. Você não faz ideia do que causa em mim na maior parte do tempo.
Continua...
......
Passando pra avisar que tá acabando...
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Como conquistar Catalina Scott / Vol. 2
RomanceCatalina Scott não é a branca de neve, que come maçãs envenenadas e precisa que um príncipe encantado a salve. Mas quando sua madrasta a expulsa de casa logo após a morte do seu pai, alegando ter herdado tudo do marido, Catalina se vê obrigada a ir...