Na manhã do dia seguinte, na terça-feira, Maya estacionou o carro em frente a borracharia se sentindo um pouco tensa.
Olhou para trás rapidamente e viu as meninas entretidas com um livrinho infantil sobre animais de fazenda que haviam trago.
Aquela visita não iria ser como planejara, mas talvez não fosse tão ruim assim.
- Ok. Mudanças nem sempre são sinal de fracasso, Maya. - ela sussurrou para si mesma respirando fundo e então tratou de colocar um sorriso no rosto. - Vamos indo, meninas?
- Simm. - Mabel respondeu no automático sem nem mesmo olhá-la.
- Onde a gente tá?
Maya tirou o cinto de segurança e pegou o celular, guardando-o no bolso da calça.
- Estamos numa borracharia. Preciso ter uma conversa importante com uma pessoa então se comportem e não saiam do meu lado, entendido? - ela falou seriamente.
Elas concordaram e Maya saiu do carro, indo até a porta de trás para ajudá-las a sair dos assentos.
- Ma, tô com fome-- papai! - Mabel gritou de repente ao sair do carro no colo de Maya - Ma, é o meu papai!
- Eu sei, amor.
Um homem alto, de quarenta anos no máximo, olhou na direção delas de sobrancelhas franzidas enquanto segurava um pano sujo e limpava as mãos.
Maya, por alguma razão, quis revirar os olhos para a expressão dele. Mas apenas se aproximou segurando a mão de Mavi firmemente após deixarem o carro.
- Papai!
- Mabel. - ele disse em um tom surpreso, embora não demonstrasse muito com suas expressões fechadas na direção de Maya.
- Papai, eu senti saudade!
- Ah, eu também senti, pitiquinha.
Foi inevitável deixar Mabel ir para o colo dele, pois ela se jogou na sua direção com tanta intensidade que Maya não pode fazer nada a não ser deixar aquele homem - que tinha olhos verdes surpreendentemente bonitos e gentis - pegá-la.
- Papai está com as mãos sujas, querida. - ele disse, porém a abraçou assim mesmo dando uma risadinha de olhos fechados.
- Bom dia, senhor.
Ele deixou de brincar com Mabel e a encarou perdendo o sorriso que dava para a filha.
Seja educada, Maya. Não fique pensando no fato de ele ter tido relações com uma menor de idade. - ela quase pode ouvir a voz de Serena dizendo na sua mente.
- Bom dia. Quem é você? E por que está com a minha filha?
- A gente tá morando junta! - Mabel respondeu no lugar dela com dificuldade em tirar o cabelo que voava no rosto.
Maya sentiu o olhar de Mavi em si, e por isso olhou para ela e sorriu para mostrar que estava tudo bem antes de voltar a encarar o homem a sua frente.
- Meu nome é Maya Bianchi. Sou a mãe adotiva da sua filha. - ela agradeceu mentalmente por não ter gaguejado.
- Ah. - foi tudo que ele disse.
Mabel começou a tagarelar com ele, e Maya não pode se impedir de sorrir ao vê-la tão animada. Até mesmo se enciumou um pouco por não ser a razão de tal sentimento.
- Vim aqui trocar algumas palavras com o senhor. - ela ergueu a voz outra vez e ele a olhou - Será que podemos conversar por alguns minutos?
- Hm... É claro. - ele a encarou de cima abaixo por uns momentos. Encarou Mavi e então olhou para Amabel com uma expressão mais suave - Vamos lá dentro.
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O Poder do Amor
ChickLitSe fosse para resumir Maya Bianchi em uma palavra, esta seria "tradicional''. Tradicional e pés no chão, era assim que ela era. Depois de alcançar seus objetivos acadêmicos e se tornar uma das pessoas mais bem sucedidas nas áreas profissionais nas...