Capítulo LXI

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Ainda era bem cedo quando Maya acordou na manhã seguinte.

Sentindo algumas leves dores no corpo, ela se espreguiçou ainda deitada, e suspirou, abrindo um sorriso ao lembrar de ontem. E quando virou para o lado, flagrou Khan, seu marido, despertando aos poucos, esfregando os olhos de um jeito masculino e atraente.

Quando seus olhares se encontraram, Maya não resistiu a manter o contato por mais tempo e acabou cobrindo o rosto com as mãos ao lembrar do que tinham feito ontem; de quantas vezes haviam feito.

Khan deu uma risadinha baixa e sonolenta e a puxou para perto de si sem muito esforço, a abraçando por trás e dando um beijo no seu ombro.

– Bom dia, esposa. Como passou a noite?

Sorrindo, Maya tirou as mãos do rosto e respondeu com timidez:

– Bem... Muito bem... E você, marido?

Nem parecia a mesma pessoa de horas atrás.

Se erguendo um pouco, Khan foi subindo os beijos pelo seu pescoço até virá-la de frente para si de vez, ficando por cima dela.

– Bem... Satisfeito. – respondeu, dando atenção ao outro lado, entre seu ombro e pescoço. Até descer mais e mais. – Mas por alguma razão sinto que preciso de mais.

Feliz em atender seu pedido, Maya o empurrou para o lado rindo e montou na sua cintura, jogando os cabelos para trás.

Horas e horas se passaram até que eles finalmente decidiram sair daquela cama.

Khan tomou o controle da cozinha e fez algo simples para almoçarem, e então saíram para irem buscar suas meninas pois estavam morrendo de saudades.

Chegando na mansão de Serena, Maya pode ouvir os gritinhos das duas vindo do parquinho do outro lado da casa. E assim que saiu do carro foi correndo até lá para ver suas pitiquinhas.

– MAMÃE! – as duas gritaram em uníssono ao vê-la. Mavi estava no escorrego e Mabel estava escalando a casinha, como se estivesse perseguindo a irmã.

– Oi, meus amores! Chegamos!

– Esperem, fiquem onde estão. – Khan falou erguendo a mão e tirando o celular do bolso.

Maya se derreteu ao ver as duas abrirem sorrisões para a câmera do celular. E riu quando elas começaram a questionar sobre a quantidade de fotos que Khan estava tirando.

– Tirei mais de vinte! – ele riu sem se abalar pelas reclamações, e guardou o celular no bolso – O que acha de fazermos um álbum?

Maya concordou prontamente, e capturou Mavi quando a mesma desceu pelo escorregador.

Não havia nenhum sinal de Anton ou de Serena por perto, muito menos de Paulo. E por isso Maya resolveu ir procurar sua irmã.

Porém sua busca não durou muito tempo pois a primogenita logo apareceu, saindo dos fundos da casa com um semblante em branco, monótono apesar de estar com um pequeno sorriso.

Serena tinha a pele um pouco mais clara do que a de Maya, assim como Angélica. Haviam puxado o pai, diferente dela que tinha várias características físicas da mãe, até mesmo os olhos levemente puxados. E por causa disso, ela quase deixou de notar a leve palidez que dominava seu rosto.

Maya, que tinha pensado em brincar chamando-a de Mona Lisa, se calou ao ver a expressão de ternura — e saudade?! — que sua irmã passou a mostrar de repente para a sua família, deixando transparecer até mesmo um pouco de pesar.

– O que aconteceu, Serena? – ela logo perguntou mesmo já sabendo que ela não diria muito.

– Como assim? Por que tá perguntando isso?

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