Capítulo especial II

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Brian...


Estou desembarcando do avião com Samantha, minha namorada. Estávamos vindo para o aniversário de 15 anos da mascote da família Victória, mas não se enganem com ela só por ela ser a mais nova, aquela ali é virada no samurai, seu rostinho lindo, cabelos pretos do papai, olhos claros e sardas no rosto da mãe escondem seu lado cruel e perverso quando mechem com as pessoas que ela ama.

Eu terminei minha faculdade de administração esse ano e resolvi voltar para casa, ainda não contei para Sam e nem para mamãe. Sam acha que vou voltar para o Canadá e mamãe acha que vou voltar para Pensilvânia, mas eu tô querendo mesmo é ficar com meu pai na Flórida, trabalhar com ele e com tio Mat.

Eu conheci Sam fazendo trilha, era um dia raro de sol em Vancouver, eu estava de folga do meu estágio e não tinha faculdade, então resolvi fazer uma trilha com o pessoal da universidade, estávamos descendo o morro por dentro de uma mata fechada e quando chegamos no final fomos recompensados por um mar lindo, com uma vista linda. Dava pra ver no final do horizonte uma montanha e a neve nela, era lindo de se admirar.

Sentei na areia vidrado no por do sol e fui chamado a atenção por uma risada gostosa, olhei para o lado e vi uma loira dos olhos azuis vermelha de tanto rir com alguma coisa que as amigas haviam dito, uma das amigas dela percebeu meu olhar para ela e a catucou fazendo ela me olhar, dei um tchauzinho pra ela que ficou envergonhada.

Naquele dia eu pedi o número do telefone dela e liguei no outro dia, desde então não nos desgrudamos mais e isso já faz 1 ano. Eu não contei nada para Lisa e nem para o meu pai queria fazer surpresa, mais aí o tempo foi passando e as crises de ciúmes dela foi esfriando aquilo que eu sentia por ela lá no começo.

Pego minha mala e a mala de Sam e partimos para a área que marcamos com meu pai e ele está lá me esperando, que saudade eu estava daquele cara! Meu pai é meu porto seguro, meu alicerce, minha base, meu melhor amigo, tudo eu conto pra ele... Quer dizer, quase tudo! Dou um abraço nele bem forte e fico assim por alguns segundos.

— Que saudade pai!!!

— Eu que estava com saudade meu garoto, tá bonitão hein! Meu pai fala bagunçando meu cabelo.

— Pai, essa é Samantha minha namorada e Samantha esse é o senhor Smith, minha base. Apresento os dois.
Meu pai abraça Sam apertado e diz que ela é linda.

— Pai espero que o senhor não se incomode dela ficar uns dias lá em casa, não avisei antes por que queria fazer surpresa.

— Que isso filho, Sam será muito bem recebida lá em casa.

O caminho até em casa foi de muita conversa, papai foi contando as peripécias de Vic e falou também sobre o hangar, falou da loucura que a casa está nos últimos dias por causa da festa, mas não tocou no nome de Kate e eu estava ansioso para reencontra-la.

Kate é meu calcanhar de Aquiles, meu ponto fraco. Ela é delicada, meiga, sentimental, frágil e apesar de ser mais velha que Vic é totalmente o oposto dela.

No ensino médio eu sempre protegi ela como eu pude, não deixava os meninos se aproximarem e nem as meninas fazerem mal a ela, tinha muita menina invejosa na escola naquela época, mais eu só fiquei na mesma escola com ela um ano, no outro eu já fui para a universidade.

Eu e Kate éramos grudados, fazíamos tudo juntos e eu até quis morar com meu pai só para ficar mais perto dela, mamãe quase morreu. Mas tudo mudou duas semanas antes de eu viajar para o Canadá, Kate estava em seu quarto e do nada entrou no meu desesperada, ela usava um baby Doll rosa curto e aquilo me deixou excitado, perguntei o que estava acontecendo e ela disse que tinha uma borboleta em seu quarto eu rir na hora.
— Quem tem medo de borboleta?

Ela fechou a cara brava e disse que tinha pavor de qualquer inseto e se tratando de Kate nada me surpreendia, realmente ela tinha medo de tudo até de gato!

Fui no quarto dela tentar tirar a bendita borboleta, mas a bendita havia sumido, Kate ficou tão desesperada que pegou seu cobertor e disse que ia dormir na sala, lógico que eu não deixei, deitei com ela na cama e fiquei até ela dormir, só que esse foi meu erro, ali percebi que aquela era a melhor sensação do mundo, tê-la em meus braços, ter sua respiração perto da minha, seu corpo quente, seu perfume suave... Uma pontada no meu peito me tomou e ali descobri que eu estava apaixonado por uma criança que era minha meia irmã e eu já tinha 19... Fiquei tão louco que saí na hora do quarto dela, me tranquei no meu e decidi me afastar, foi quando comecei a ficar com Trina e com muitas outras meninas até eu viajar...

Daquele dia pra cá tudo mudou realmente, eu sempre vinha passar minhas férias com meu pai e Kate sempre arrumava um jeito de não ficar em casa, as vezes estava na casa do pai, as vezes na casa da vó, das amigas, inventava viagens, em 3 anos de faculdade se eu vi a Kate duas vezes foi muito, isso por quê uma vez foi aniversário do meu pai e eu arrumei uma folga e cheguei de surpresa e a outra foi em um natal que tia Lisa não deixou ela ir pra lugar nenhum, mas ela sempre se manteve longe.

Chegamos em casa e assim que entramos na cozinha vi ela lá, de short branco e mini blusa, cabelo preso e linda, linda, linda... Fico hipnotizado só de olha-la, cumprimento todo mundo e vou falar com ela.

Chamo sua atenção e meio sem jeito ela fala comigo, reparo a tatuagem em seu pescoço, uma borboleta, fico com vontade de rir, mais por algum motivo desconhecido por mim ela gesticula para que eu não toque no assunto, não conversamos muito, foi mais troca de olhares e energia do que palavras até Sam dá sinal de vida, porra! Na hora Kate muda, trata bem a Sam mais arranja um desculpa e sai da cozinha.

Fico conversando com Lisa sobre a festa, pergunto a ela se ela ficou chateada por eu trazer Sam sem avisar e ela diz que está tudo bem, que eu só preciso ser silêncioso e ter cuidado porque temos duas menores na casa, entendi o recado dela.

Sam tinha ido no banheiro e como Kate estava demorando demais para quem foi buscar só um celular eu resolvo ir atrás dela, mas as coisas não saíram como eu imaginava, ela estava chorando, ela disse que era alergia, mas eu não acreditei, conheço Kate muito bem!

Depois de uma discussão que nem sei direito como começou eu quase cometo a loucura de beija-la, mas mais uma vez fui salvo por Sam.

Meu amante InfielOnde histórias criam vida. Descubra agora