Capítulo 18

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Tudo já está acertado com Emma, ela está encarregada de fazer a solicitação da minha transferência, se eu fizer ele não vai me dar e vai ser uma enrolação da porra.

Sabe aquela sensação de frio na barriga que você sente quando vai perder a virgindade com o cara que você sempre desejou? Eu estou assim hoje, vou ter que ter muita força para vir embora quando tudo acabar e já estou sofrendo por antecedência mas é o certo a se fazer.

Estou em meu quarto quando escuto meu celular apitar olho e vejo uma mensagem de Cris.

Mensagem on...

Cris: Estou na frente do campus te esperando gata!

Lisa: Você está louco? Podem te vê!

Cris: Estou com um carro novo e com o vidro todo preto, não se preocupe.

Lisa: Ok, já estou saindo.

Mensagem off...

Respiro fundo tomando coragem para enfrentar esse dia, sei que não será fácil mas necessário, aliás, meu mantra ultimamente está sendo esse “respirar” para me acalmar.

Estou descendo as escadas dos dormitórios e já avisto um carro piscando os faróis já sei que é ele, vou em sua direção e percebo que tem vários alunos olhando curiosos para saber quem é o dono daquele carrão. Assim que entro já sou agarrada e beijada.

— Estava morrendo de saudades dessa boca gostosa. Ele fala ainda me beijando.

— Você beijou ela ontem esqueceu? Respondo rindo.

— Nunca é o suficiente pra mim.

Hoje ele está mais grude, mais pegajoso, não no sentido ruim da coisa, talvez porque no fundo ele saiba que hoje será nossa última vez juntos, meu coração chega a doer.

Controlo meu choro enquanto vejo ele arrancando com o carro.

— Vamos pra onde? Tento quebrar o silêncio que rodeia o ambiente.

— Toni só volta amanhã, então temos a casa livre hoje. Reviro os olhos e ele percebe porquê me olha na hora.

— Lisa... Você que não quer ir para o flet, aqui é o lugar mais descente que achei para te trazer não vou te levar para qualquer lugar.

— Tanto faz! É só o que me dou o trabalho de responder.

Na verdade eu queria um lugar só nosso, não queria precisar me esconder. O flet é o lugar onde ele levava as marmitas dele, lugar que a mulher dele sabe que existe, lugar que inclusive eu fui uma das marmitas. A casa do Toni é top, temos privacidade mas a mulher dele sabe também, me sinto vigiada, mas hoje isso tudo vai acabar.

Como sempre ele fica quieto, ele estaciona o carro na garagem e entramos na casa de mãos dadas, me puxando pela mão em direção ao quarto de hóspede Cris faz o caminho de cabeça baixa e pensativo.

— Saí da universidade agora, então vou tomar um banho rápido tá bom?
Eu assinto com a cabeça. Enquanto ele toma seu banho eu resolvo me deitar um pouco e acabo me perdendo em meus pensamentos, percebo que Cris está demorando muito no banho então resolvo ir até ele.

Ele está de costa pra mim com as mãos apoiadas na parede, cabeça baixa deixando a água quente cair sobre seu pescoço. Vou tirando toda minha roupa devagar sem que ele me ouça e entro dentro do box o abraçando por trás ele continua por um tempo na mesma posição imóvel, depois ele se vira ficando de frente pra mim e nesse momento consigo ver seus olhos vermelhos, ele estava chorando.

Dou um beijo em cada lado de seus olhos mostrando que eu sei o que ele está sentindo, eu poderia pedir a ele para largar tudo para ficar comigo, mas não vou, essa decisão tem que vir dele, sei que é difícil pra ele tomar essa decisão mas é difícil pra mim também. Acaricio seus cabelos sem tirar meus olhos dos seus quando ele diz:

— Você vai me largar neh? Você já decidiu! Ele agora é que acaricia meu cabelo.

— Não sou eu que tomei essa decisão Cris. A minha escolha já foi feita no dia que entrei naquela sala e te vi pela primeira vez. Minha voz sai calma e chorosa ao mesmo tempo.

— Me dá mais um tempo?

— Você sabe que não posso!

Ele me beija suavemente, diferente dos beijos que ele é acostumado. Suas mãos deslizam pelo meu corpo todo como se tivesse memorizando cada detalhe dele, se afastando de mim ele pega a toalha e me enrola, me tirando dali e me levando para a cama.

Ele tenta fazer o trabalho dele, mesmo estando calmo ele é um dominador nato mas hoje não, hoje eu quero está no comando.

Empurro ele sobre a cama o fazendo me olhar meio desconfiado, sem desviar meus olhos dos dele começo beijar seu pescoço descendo bem devagar, eu beijava, lambia, e dava pequenas mordidas arrancando dele vários gemidos, sei que ele está fazendo uma força enorme para não me agarrar e tomar o controle, mas ele sabe que hoje eu quero isso.

Meus beijos chegam ao seu abdômen, amo esses gominhos, amo esse cheiro, amo sentir o calor do seu corpo, deslizo minha língua por cada gominhos e termino com beijos suaves. Desço mais um pouquinho chegando na sua virilha e nesse momento sua respiração fica mais ofegante e vejo seus pelos se arrepiarem, ele joga sua cabeça para trás e solta um “ puta que pariu”! Dou um leve sorriso.

Cara a cara com seu membro ereto, minha boca começa a salivar, dou uma leve olhada para ele vendo sua reação e sei que ele está louco que eu o abocanhe. Caio de boca naquele membro que tenho a certeza absoluta que foi feito para mim, chupo toda sua extensão, sugo a cabecinha, dou várias lambidas, massageio suas bolas e nesse momento ele já está segurando meu cabelo com tanta força que sei que ele está em seu limite.

Abandono seu membro e me posiciono sentando de frente para ele com as pernas entrelaçadas ao redor de sua cintura, sinto quando seu membro desliza por minha vagina me fazendo soltar um miado baixinho. Enquanto Cris varia seus beijos entre minha boca, meu pescoço e meus seios eu rebolo bem gostoso no seu pau.
Eu estava tão excitada que minhas unhas estão sobre suas costas, sei que amanhã ela estaria toda marcada mas não me importo e acho que nesse momento nem ele está se importando. E é nesse movimento de vai e vem, rebolada que gozamos juntos, não ouve tempo para mais preliminares nosso desejo de estar dentro um do outro era mais forte.

Ele ainda permanece um tempo dentro de mim me beijando e me acariciando, me encarando ele diz:

— Transamos sem camisinha e se não me engano essa não é a primeira vez. Sua pergunta não é com um ar de desespero mas sim de cautela.

— Não se preocupe, eu uso um implante anticoncepcional.

Ele sai de dentro de mim deitando ao meu lado me puxando para ficar com a cabeça em seu peito.

— Que horas são? Pergunto preocupada com o horário para ele ir embora.

Era sempre assim, a gente se encontrava por aproximadamente 2 horas e ele tinha que ir embora, não podia ficar muito tempo se não a esposa dele começava a ligar.

— Não vamos nos preocupar com as horas hoje. Me deu um beijo na testa.

— Mas ela... Não termino de falar, ele não deixa

— Shiiii... Desliguei o celular.

Sei que ela uma hora ou outra vai bater aqui, ela vai tentar falar com ele e não vai conseguir, vai deduzir que estamos juntos e irá no flat e depois virá aqui, mas até lá eu vou aproveitar.

Nos amamos mais duas vezes, uma no banheiro e outra na cozinha quando estávamos procurando alguma coisa para comer. Depois de mais um banho resolvemos descansar só um pouquinho, mas minha cabeça está a mil para descansar, quando senti que Cris estava em um sono profundo levantei devagar e fui até meu celular vê as horas, eram 3 da manhã, me assustei com o horário chegamos aqui eram 19 horas.

Tomei um banho rápido, me arrumei e sai do quarto bem devagar para não acorda-lo, chamei um Uber e fui para o campus. Meu trajeto todo foi chorando, essa era última vez que nos veríamos e isso estava doendo pra caralho, querendo ou não ele escolheu ela, eu sei que ele gosta de mim mas não é o suficiente, não pra mim!

Chego no meu dormitório, Emma e Anny já estão me esperando, elas sabiam o horário que eu iria para o aeroporto, minhas coisas estavam arrumadas há duas semanas porque eu sabia que esse momento iria chegar.

Assim que entro no quarto já corro para os braços delas e choro, choro e choro igual criança e elas choram comigo. Depois de muito choro limpamos os olhos.

— Chegou a hora! Eu digo.

— Tem certeza disso? Diz Anny.

— Absoluta! E não esquece Emma, pega minha transferência e não diga para ninguém para qual universidade eu fui. Vida nova!! Digo tentando passar uma confiança.

— Pode ficar tranquila, amanhã mesmo estarei lhe enviando tudo e nos vemos nas férias. Nos abraçamos e partimos para o aeroporto.

Seriam mais ou menos 5 horas de vôo, tempo o suficiente para chorar muito e tentar deixar nesse vôo tudo que está me entristecendo, eu vou me reerguer eu sei que vou, eu preciso!!

Meu amante InfielOnde histórias criam vida. Descubra agora