028 - POV RACHEL

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— O que você está fazendo aqui? - pergunto saindo de trás de Paul e ficando de frente para Tom.

— Precisamos conversar. - ele diz com a cara fechada. — Somente nós dois.

— Desculpa te decepcionar mas isso não vai rolar. - digo dando um passo para trás e tentando fechar a porta.

— Rachel. - ele coloca o pé para me impedir de fechar. — Não vou sair daqui enquanto não conversamos, eu preciso ouvir da sua boca que não quer mais nada comigo.

Respiro fundo e olho para Paul que está com a sobrancelha franzida pensando porque estou considerando conversar com ele depois de tudo.

— Eu te mando mensagem assim que acabar aqui, tudo bem? - pergunto pra Paul mas ele apenas assente e sai. — Pode entrar. - digo ao Tom.

Ele se dirige a sala e sigo em seu encalço. Ele senta na poltrona ao lado da tv e eu sento um pouco distante, no sofá.

— Bom... o que você tem pra me falar? - pergunto fria.

— Estou há mais de um mês tentando falar com você pode telefone. - ele diz e dou uma risada curta.

— Eu sei e eu acho que você percebeu que eu te ignorei todas as vezes que me mandou mensagem ou me ligou. - dou de ombros. — Vou ser bem sincera com você Tom, por mais que tenha acontecido tudo isso, eu ainda nutro algum sentimento por você, o respeito. Eu não quero mais nada com você, eu me iludi achando que você iria mudar ou que você iria largar essa sua vidinha de todo dia estar com seu pau dentro de uma, mas eu me enganei. - digo pegando um cigarro e acendendo e ele me olha surpreso, eu não sou mais a mesma Rachel de um mês atrás.

Se segue um longo silêncio pelo sala, ele disse que queria ouvir da minha boca e eu falei. O que mais ele quer de mim?

— Você sabe que eu não estou com a Aika né? Aliás ela também gosta de mulher.

— Acho que isso agora é indiferente pra mim - dou de ombros. — Eu não me importo com essa Aika, aliás ela parece ser uma garota bem legal. O que importava para mim era você, um dia antes de você viajar você veio aqui na minha casa e me disse várias palavrinhas bonitas. Me disse que não iria terminar comigo e que iríamos superar isso junto, então... o que mudou Tom?

— Não mudou nada - ele diz olhando pro chão. — Eu fui mente fraca.

— Bom, não foi isso que pareceu quando você me ignorou por quase duas semanas seguidas. Não foi isso que pareceu quando SEU IRMÃO disse que deveríamos dar um tempo e que você tava se entupindo de bebida antes e depois do show, não foi isso que pareceu quando eu tive que ouvir o Bill me dizendo que você disse que não somos do mesmo mundo. Bom, agora parece que somos. - digo dando último trago no cigarro.

— Eu fiquei confuso sim, mas em relação aos seus sentimentos e não aos meus. - ele diz — Eu não queria que nada disse acontecesse dessa forma, eu me afastei para não te machucar.

— Acho que você não fez um bom trabalho Kaulitz, eu estou quebrada e eu não quero ser concertada.

— Eu sei que te magoei nesse processo e acabei me machucando também, mas eu vim aqui pra olhar nos seus olhos e pedir mais uma chance. Só mais uma chance e se não dermos certos agora, você pode me chutar pra fora da sua vida. Eu não deveria ter me afastado, não deveria ter feito tudo isso e eu peço perdão, eu não voltei para Alemanha atoa, eu vim buscar minha mulher.

Respiro fundo o encarando, eu não quero ceder, não quero cair no seu papinho lindo como cai há um mês atrás. Tom mexe comigo de um jeito que ninguém jamais conseguiu e não sei se estou preparada para ver ele implorando para ficar comigo.

My boyfriend | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora