044 - POV AIKA

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— Por que minha visita não é junto com a da Rachel? - pergunto enquanto sigo a enfermeira loira, eu tenho que decorar o nome dessas mulheres.

— Isso foi um pedido dos senhores Kaulitz, é só isso que eu posso dizer. - ela diz.

— Senhores Kaulitz. - desdenho. — Eu sou mais velha que eles pelo amor de Deus.

A sigo por um longo corredor até ela parar em frente a uma porta.

— Venho buscá-la em uma hora. - ela diz e eu reviro os olhos.

Entro na sala totalmente branca com apenas um sofá marrom e uma mesa. Mas quem está aqui não é meus pais, ou até mesmo meus irmãos, e sim Bill Kaulitz.

— Você? - pergunto

— Por que a surpresa? - ele diz sem se levantar do sofá.

— Bom, de acordo com suas próprias palavras. Você não gosta de mim? - me sento na mesa o encarando

— De início eu não gostava mesmo de você. - ele dá de ombros. — Por causa de toda aquela história com o Tom e achei que você seria a causa do término deles. Mas agora, você é indiferente.

— UAU, Senhoras e senhores Bill Kaulitz sabe como elevar os sentimentos de uma garota. - digo rindo.

— Como se isso fosse mudar alguma coisa entre nós dois. - ele diz cruzando as pernas. — Todos sabemos que você gosta de mulher, Aika.

Ele fala isso e eu fico em silêncio encarando-o. De umas semanas para cá, Bill e eu andamos nos provocando bastante, mas pra mim nunca passou do título de amizade, até que faz três dias que eu sonho todas as noites com ele.

Nessa madrugada, acordei por volta das 4h da manhã para tomar um banho gelado. Sonhei que estávamos em um show aqui mesmo em Londres e Bill pedia para me encontrar a sós no camarim dele. Acabou que fizemos sexo oral e eu acordei NA HORA que Bill estava me chupando e eu estava prestes a gozar, que frustração. Precisei ir pro chuveiro me tocar até gozar de verdade e o pior de tudo, gozei chamando seu nome. Essa clínica vai me deixar maluca.

— Por mais que você seja irresponsável, gostamos de você. - ele me tira do transe e só consigo ouvir o final de sua frase.

— Quem é irresponsável? - perguntando fechando a cara.

— Você. Já cansamos de te levar pra casa carregada de bêbada ou drogada e no dia seguinte você nem agradecia. Principalmente eu, que em quase todas as vezes fico de guarda a madrugada toda vendo se você vai passar mal ou não.

— Tom sempre me disse que era ele comigo de madrugada. - digo confusa.

— Claro que ele disse, eu pedi que ele te dissesse isso. Eu sei que você também não gosta de mim e provavelmente surtaria se me visse dormindo no sofá do seu quarto de madrugada. Então como você enchia a cara pra vagamente lembrar de algo no dia seguinte, eu ficava com você até ter certeza que você ia ficar bem.

— Na última noite... - começo dizendo. — Na última noite, antes da Rachel ir para o México que eu fiquei quase dois dias apagadas, eu lembro do Tom.... de você eu acho, me ajudando a vomitar e a tomar banho. - digo em um fio de voz, quase não acreditando que todas as vezes que eu passava mal de madrugada, era ele que me ajudava.

— Sim Aika, era eu... Você pode achar que eu nunca gostei de você, mas você se tornou parte do grupo e todos gostamos de você. - ele diz dando de ombros.

— Quem teve a ideia de nos colocar aqui? - pergunto me referindo à clínica.

— De início foi eu, Tom estava relutante por causa da Rachel mas sabíamos que se não fizéssemos algo, iria acontecer algo grave. Como a clínica é dos nossos tios-avôs, ligamos para eles e perguntamos se vocês poderiam vir para cá. - ele diz se levantando.

— Por que? - é a única coisa que consigo perguntar.

— Porquê estávamos preocupados, com você, com a Rachel. Não queremos perder vocês duas, as duas são importantes para mim. Até mesmo você. - ele diz chegando mais perto.

— Bill... - digo tirando uma mecha de cabelo do seu olho. — Você sabe do meu gosto sexual...

— Eu sei, e eu respeito isso Aika. Não vou te forçar a nada, eu sendo seu amigo e poder te ajudar sempre que eu posso, é uma ótima posição. - ele diz dando um sorriso triste.

Meu coração começa a acelerar, eu me sinto confusa, não posso gostar dele. Sempre gostei de mulher, desde quando era pequena a minha atração sexual sempre foi pelo sexo feminino. Mas me sinto diferente ao lado dele, aqui, estando frente à frente com ele, a sós nessa sala minúscula e ele admitindo mesmo que em palavras ocultas que gosta de mim, a única coisa que eu sinto é desejo... desejo por ele, desejo para beijar ele, então.... É isso que eu faço, o puxo pelo pescoço e o beijo e bom... ele retribui.

My boyfriend | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora